Die Meister, Die Besten, Les grandes Équipes: aberta temporada de 'transferências' de candidatos

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

29 de fevereiro de 2024 às 06h00

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Na próxima quinta-feira (7) estará aberta oficialmente a janela partidária, que irá durar até o dia 5 de abril, conforme as regras determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito de 2024. Apesar de o prazo ainda não estar em vigência, as movimentações nas legendas são intensas em Salvador, sobretudo entre as aliadas do prefeito e virtual candidato à reeleição Bruno Reis (União Brasil). Em outubro, o grupo pretende aumentar a bancada dos atuais 33 para 35. As principais dificuldades são as limitações impostas pela atual regra eleitoral, já que cada partido ou federação pode lançar no máximo 44 postulantes ao Legislativo. Com a configuração, as apostas recaem sobre a qualificação dos nomes e conquista de cada cadeira a partir de 7 mil ou até mesmo 8 mil votos. A tendência é de extinção das "candidaturas de esquina", que agregam no máximo 500 sufrágios, e fortalecimento das chamadas "rabadas", com expectativas de captar, pelo menos, 2 mil eleitores.


Melancia ou kiwi?


Quase unanimidade entre os postulantes é de que a Federação PT-PCdoB-PV terá o maior obstáculo, ainda mais com um "extravagante kiwi" no balaio. Pevista histórico e integrante da base do prefeito, o vereador André Fraga teima em não ser melancia, mas não quer deixar a sigla, embora tenha convite do PDT bancado pelo próprio Bruno Reis. Além disso, como o grupo possui nomes fortes e sete cadeiras ocupadas atualmente na Câmara, a avaliação dos edis é de que a barreira da oposição só será ultrapassada se o escolhido do Palácio de Ondina, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), "estourar" de votos na majoritária.


Muito gogó e tutu torrado
 

Apesar de alguns integrantes da ala contrária discursarem com exaltações ao escolhido pelo Conselho Político do governo do Estado, na prática, a queixa é geral com Geraldinho e com o próprio governador Jerônimo Rodrigues (PT). A maioria, em reservado, se queixa do excesso de conversas e acenos do postulante emedebista ao Palácio Thomé de Souza, mas com poucas ações práticas. Uma das reclamações é a interminável discussão da escolha da vice, que já expôs as vísceras ao menos com o PCdoB. A promessa de retomada das discussões na Quarta-Feira de Cinzas, por exemplo, evaporou e há quem diga que ficou para a Quaresma. A revelação do aumento de 165% nas despesas do gabinete do vice-governador, então, causou duas dúzias de descontentamentos. A pergunta é onde ele teria gastado R$ 8,65 milhões no ano passado. A ida de helicóptero para Mata de São João, um trajeto de 63 quilômetros, na função de governador em exercício, alertou ainda mais a indicação da direção da biruta. Em relação ao Palácio de Ondina, a polêmica sobre a portaria 190 de suposta "aprovação automática" dos estudantes da rede estadual de ensino silenciou até os defensores mais efusivos do governo. O que se diz é que a eleição mais importante para os petistas é a de Camaçari e que a capital foi colocada em segundo plano até pelo próprio Geddel Vieira Lima. A paciência está se esgotando entre muitos aliados.


Pedágio milionário
 

O prefeito Bruno Reis tem sido cobrado a agilizar a mudança partidária dos vereadores que estão desabrigados ou sob ameça em suas atuais legendas. O controle sobre o DC e o PRD e a pacificação no PP deram algum conforto aos candidatos à reeleição, mas as trocas efetivas ainda são consideradas tímidas. Se alguém colocasse uma praça de pedágio em frente à Câmara ficaria milionário só com as idas e vindas dos legisladores ao Palácio Thomé de Souza.


25.800
 

Com ousada meta de conquistar até nove cadeiras no Legislativo soteropolitano, o União Brasil não conta com a saída de quase nenhum de seus atuais seis membros. Apenas o recém-premiado com a virada de mesa que assegurou sua permanência no comando da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, Paulo Magalhães Júnior, fala aos quatro cantos que cogita migrar para o PRD, a fim de manter seu número de campanha da eleição anterior. Ninguém acredita.
 

Vitaminados inchados
 

Dadas como certas nos corredores da CMS são as transferências de Isnard Araújo (PL), Dr. José Antônio (PTB), Fábio Souza (SD) e Leandro Guerrilha (PP) para o PRD. Já o DC teria o reforço de Toinho Carolino (Podemos), Ricardo Almeida (PSC) e Sabá (PP), mas ainda conta com a entrada de Marcelo Maia (PMN). O municipalista ainda tenta se manter no partido, mas o FPM anda escasso.


Persona non grata
 

O vereador Sidninho (Podemos) aguarda reunião com o prefeito, mas sua situação é tida um caso à parte. Cotado no PL, ele não quer o ônus de se associar à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, cada vez mais implicado juridicamente. Na Federação PSDB-Cidadania, apesar de sua relação com o tucano e chefe do Legislativo Carlos Muniz, é visto como persona non grata entre os detentores de mandato. Há convite do PDT, mas o edil pode ser levado às novas siglas vitaminadas.
 

Bomba no PP
 

Por falar no bolsonarismo, a grande bomba da semana é a iminente saída de Alexandre Aleluia do PL, que está prestes a oficializar o seu apoio ao prefeito Bruno Reis. O destino seria o PP, que pretende manter em seus quadros Maurício Trindade, Roberta Caires, Sandro Bahiense e George Gordinho da Favela. Aliados relatam terem ouvido do próprio Aleluia que ele deixará o partido do capitão reformado. Parte dos progressistas intensificou as conversas com Sabá e Guerrilha a fim de descobrir a rota de fuga.
 

Tchaus e bênçãos
 

Embora a tendência seja ficar onde está, Alberto Braga ainda aguarda sinalização do Palácio Thomé de Souza para saber se realmente permanecerá no Republicanos. Situação idêntica vive Anderson Ninho, que tem sondagens para trocar o PDT. Já Átila do Congo (Patriota) pediu a bênção para montar o PMB na capital e teve a mão beijada pelo prefeito.


Reuniões 'governistas'
 

Pelo lado das agremiações ligadas a Jerônimo, Débora Santana tanto nega vínculo com o governador, quanto não assegura a permanência no Avante. A vereadora espera, sim, uma reunião, mas com o seu líder, o presidente da sigla Ronaldo Carletto. Ainda pedetista, mas com acenos de PV, PSB, Avante, Podemos e MDB, Randerson Leal, esse sim, anseia o aval do chefe do Executivo baiano para trilhar seu novo caminho.
 

Espantalhos no ninho tucano
 

Onde a briga parece mais feia, literalmente, é no ninho tucano. A garantia dada aos vereadores é de que nenhum outro detentor de mandato ingressará no partido. A medida seria uma forma de não ameaçar a reeleição dos atuais integrantes da Câmara, Cris Correia, Daniel Alves, Téo Senna e Carlos Muniz, presidente da Casa. Isso inclui o Cidadania, que perderá seu único representante, Joceval Rodrigues – de malas prontas para o MDB de Geraldinho –, e pertence à Federação com o PSDB. No entanto, alguns "reforços" externos ditos com boa densidade eleitoral são considerados "espantalhos", pois têm deixado os pássaros de penas arrepiadas. Entre eles, Tia Jove, que já é primeira suplente da sigla e ligada à Assembleia de Deus, Carol dos Animais, ex-mulher do ex-deputado Marcell Moraes, e Dudu Magalhães, nada menos do que sobrinho do histórico tucano e ex-congressista Jutahy Magalhães Júnior. Mas o verdadeiro pavor recai sobre outros dois nomes ditos como certos: o coronel Humberto Sturaro, coordenador da Prefeitura-Bairro do Centro Histórico, e Rodrigo "Horroroso" Amaral, ligado ao empresário do setor imobiliário Carlos Suarez, que irá bancar sua empreitada. Ou o PSDB vira bicho-papão e estoura com recorde de vereadores eleitos na capital ou vai implodir tal qual demolição de obra. 

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