Caso Marielle: Duda Sanches diz que Brazão 'envergonha' o União Brasil e não crê em ataques a Bruno Reis

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Evilásio Júnior

Blog do Vila

26 de março de 2024 às 06h00

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Segundo vice-líder do União Brasil na Câmara de Salvador, Duda Sanches não acredita que o partido sairá arranhado com a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ). O congressista foi detido no último domingo (24), acusado pela Polícia Federal de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

Além do parlamentar – que na época do crime era colega da socialista no Legislativo da capital fluminense –, foram detidos o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Estado, Rivaldo Barbosa.

Na avaliação de Duda, o fato de a direção ter expulsado seu filiado horas após a operação da PF mostra isenção da sigla. 

"Veja que a operação foi executada em um dia atípico, às 5h da manhã de um domingo, e mesmo todos os dirigentes do nosso partido estando provavelmente em suas bases ou então em momento de descanso, de pronto a expulsão dele foi emitida, o que mostra que no União Brasil não há espaço para que um cidadão com esse tipo de atitude possa permanecer nos seus quadros. Pela primeira vez eu vejo uma expulsão tão rápida de alguém dentro de um partido. A gente não tem como defender o indefensável. Então, o União Brasil já tomou essa decisão, o que mostra o posicionamento do nosso partido diante de uma atitude desastrosa, uma atitude que nos envergonha a esse ponto de termos tido um cidadão de baixíssimo quilate como esse em nossos quadros", disse o vereador, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM

De acordo com Sanches, justamente pela celeridade do UB em expulsar Brazão, o prefeito Bruno Reis também não será atacado pela oposição por ter sido correligionário do acusado de mandar matar Marielle.

"Duvido muito que qualquer candidato que aí já se colocou agiria de forma tão covarde, visto que, é bem verdade, o Brazão constava nos nossos quadros, mas não há que se culpar o partido, os eleitores que ele tinha, as pessoas que já confiaram nele e não sabiam que ele tinha esse lado tão obscuro. Não se pode imputar a ninguém que aceitou ele de boa fé nos seus quadros", opinou o vereador.

Na sessão desta segunda-feira (25), os vereadores que se manifestaram sobre o caso em plenário – Roberta Caires (PP), Luiz Carlos Suíca (PT), Marta Rodrigues (PT), Arnando Lessa (PT) e Silvio Humberto (PSB) – não mencionaram a filiação partidária do deputado preso. Laina Crisóstomo (PSOL) não esteve presente.

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