O excesso de pré-candidaturas da causa animal na eleição deste ano na capital baiana não intimida a vereadora Marcelle Moraes (União Brasil).
Além dela, foram lançados os nomes da ex-legisladora Ana Rita Tavares (MDB) e das tucanas Patruska Barreiro e Carol dos Animais, ex-mulher e aposta do seu irmão, o ex-deputado estadual Marcell Moraes (PSDB), com quem está rompida há dois anos.
"Não existe disputa da minha parte, porque a gente só disputa aquilo que está no nosso patamar. Aquilo que não é equivalente ao nosso trabalho, não existe disputa", disparou a ex-secretária municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-Estar e Proteção Animal, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Embora não estime um crescimento no número de votos este ano – ela caiu de 15.727 pelo PV, em 2016, para 8.673, quatro anos depois, já no DEM, atual UB –, a edil diz acreditar que "resultado de eleição é trabalho feito".
"Eu não sei dizer se terei mais votos. Eu não fico tentando medir muito isso. Eu acredito que o meu voto vai ser equivalente ao meu trabalho. Então, se eu trabalhei muito, e eu tenho convicção e certeza disso, porque uma coisa que eu fiz foi trabalhar. Nunca antes em Salvador houve tanta política pública para bicho, e isso você pode olhar e pesquisar, e se você me disser quem fez mais, eu duvido. Salvador hoje é pioneira na causa animal do Brasil. Não existe nenhuma outra capital com tanta política pública. Então, eu me honro e me orgulho de ter feito parte dessa história e de ter transformado a realidade dessa cidade", exaltou.
Sobre a relação conturbada com o seu irmão, a vereadora preferiu apenas comentar o descumprimento de uma medida protetiva concedida a ela pela Justiça, durante a inauguração do Hospital Municipal Veterinário, no último dia 25 de março.
"Essa é uma situação um pouco delicada, que eu evito até falar, porque é uma questão familiar. O que eu preciso dizer é que políticas públicas para as mulheres precisam ser respeitadas. Nosso espaço precisa ser respeitado. Tudo o que a gente clama quando a gente pede uma medida protetiva é respeito. Então, é isso o que eu gostaria. Não só para mim, mas para tantas outras mulheres que também têm medidas protetivas e que muitas vezes não têm isso respeitado. Eu acho que a lei precisa ser cumprida e, quando uma mulher solicita uma medida protetiva, é apenas por cuidado consigo mesma, por querer que o seu espaço, que o seu momento e que a sua vida sejam respeitados e que você não precise viver sob riscos ou situações constrangedoras", declarou.
Marcelle explicou ainda em detalhes o funcionamento da unidade pública para atendimento animal, seu grande projeto enquanto titular da Secis.
Confira a entrevista na íntegra:
