O ex-gerente de projetos da secret&aacute;ria-executiva do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/mec" target="_blank">Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC)</a>, Luciano de Freitas Musse, foi destitu&iacute;do pela <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/cgu" target="_blank">Controladoria-Geral da Uni&atilde;o (CGU)</a> devido ao seu envolvimento <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/97114,ex-ministro-e-pastores-ligados-a-bolsonaro-sao-alvos-da-pf-por-desvios-no-mec">no esc&acirc;ndalo de pastores suspeitos de operar um balc&atilde;o de neg&oacute;cios na pasta</a>, durante a titularidade de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/milton%20ribeiro" target="_blank">Milton Ribeiro</a>.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a CGU concluiu o processo administrativo disciplinar que investigou a participa&ccedil;&atilde;o de Musse na atua&ccedil;&atilde;o dos pastores evang&eacute;licos, Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia, na libera&ccedil;&atilde;o de recursos do MEC para prefeitos.

Segundo a CGU, o servidor fazia parte da equipe dos pastores que cobravam propina de representantes de munic&iacute;pios para liberar verbas do MEC. Mesmo n&atilde;o sendo servidores, os pastores assessoravam o ministro Milton Ribeiro e intermediavam suas reuni&otilde;es com os prefeitos. Na &eacute;poca do esc&acirc;ndalo, Musse ocupava o cargo de gerente de projetos ligado &agrave; secretaria-executiva do MEC.

Apesar de ter sido exonerado do cargo em mar&ccedil;o de 2022, Musse n&atilde;o estava impedido de ocupar outra fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica. No entanto, ap&oacute;s ouvir testemunhas, incluindo gestores municipais que teriam sido solicitados a pagar propina, a CGU decidiu pela sua destitui&ccedil;&atilde;o e proibi&ccedil;&atilde;o de assumir cargo p&uacute;blico por oito anos.

O senador e l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou ap&oacute;s protocolar requerimento para criar a Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, que mant&eacute;m conversas com senadores como o baiano Otto Alencar (PSD) para a instaura&ccedil;&atilde;o definitiva da investiga&ccedil;&atilde;o. A declara&ccedil;&atilde;o foi feita pelo senador ap&oacute;s protocolar o pedido para abertura da CPI na tarde desta ter&ccedil;a-feira (28).

&ldquo;Ap&oacute;s a leitura do requerimento, o despacho avan&ccedil;a para que partidos fa&ccedil;am as indica&ccedil;&otilde;es. A previs&atilde;o &eacute; que a CPI possa ser instaurada na &uacute;ltima semana de julho ou primeira semana de agosto. Tenho conversado com o senador Otto Alencar sobre o assunto, al&eacute;m de outros senadores. E vamos esperar a composi&ccedil;&atilde;o da CPI&rdquo;, declarou Randolfe.

O pedido de abertura da Comiss&atilde;o ter&aacute; prosseguimento caso tenha o aval do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), respons&aacute;vel por analisar o requerimento e determinar a instala&ccedil;&atilde;o.

Ainda em coletiva, o senador afirmou que o requerimento tem 31 assinaturas, quatro a mais que o necess&aacute;rio para o pedido de abertura da CPI. No entanto, o l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o acredita que o n&uacute;mero pode ficar ainda maior nos pr&oacute;ximos dias.

O ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarc&iacute;sio de Freitas (Republicanos), afirmou que colocaria &quot;a cara no fogo&quot; pelo presidente. A fala foi dita em resposta &agrave; jornalista C&aacute;tia Seabra, da Folha de S. Paulo, durante o programa &#39;Roda Viva&#39;, da TV Cultura, nesta segunda-feira (27).

&ldquo;N&atilde;o acredito que ele [Bolsonaro] tenha qualquer interfer&ecirc;ncia, qualquer v&iacute;nculo, qualquer liga&ccedil;&atilde;o com esse problema do MEC&rdquo;, declarou Freitas.

A express&atilde;o havia sido usada pelo pr&oacute;prio presidente Bolsonaro (PL) em mar&ccedil;o deste ano em alus&atilde;o a Milton Ribeiro, ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, preso no &acirc;mbito da Opera&ccedil;&atilde;o &#39;Acesso Pago&#39;, na &uacute;ltima quarta-feira (22).

Ap&oacute;s a pris&atilde;o, por&eacute;m, o presidente disse que &ldquo;exagerou&rdquo; quando fez a declara&ccedil;&atilde;o sobre o dirigente do MEC e que a investiga&ccedil;&atilde;o da PF n&atilde;o &eacute; sobre corrup&ccedil;&atilde;o, mas sobre &ldquo;tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia&rdquo;, o que, segundo ele, seria comum.

A Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) para investigar a atua&ccedil;&atilde;o do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Milton Ribeiro e de pastores lobistas no Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o foi protocolada na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (28), no Senado Federal. O l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o na Casa, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), reuniu assinaturas de 30 parlamentares e deu entrada na CPI.

Apesar das articula&ccedil;&otilde;es de deputados governistas e do filho do presidente, senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL), o Inqu&eacute;rito foi protocolado. At&eacute; o in&iacute;cio da semana passada, 23 parlamentares haviam confirmado apoio &agrave; Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito, mas a ades&atilde;o aumentou ap&oacute;s a pris&atilde;o do ex-chefe da pasta.

Passaram a apoiar a investiga&ccedil;&atilde;o os senadores Eduardo Braga (MDB), Soraya Thronicke (UB),&nbsp; Rafael Ten&oacute;rio (MDB), suplente de Renan Calheiros (MDB), Giordano (MDB), parlamentar que assumiu o lugar de Major Ol&iacute;mpio, e Marcelo Castro (MDB), presidente da Comiss&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o no Senado, Izalci Lucas (PSDB) e Conf&uacute;cio Moura (MDB) tamb&eacute;m subscreveram o documento.

Apesar de protocolada, a CPI ser&aacute; submetida &agrave; avalia&ccedil;&atilde;o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que deve dar uma resposta &agrave; solicita&ccedil;&atilde;o, ainda nesta semana.

Apesar de, na &uacute;ltima quarta-feira (22), a Pol&iacute;cia Federal ter alegado que n&atilde;o tinha recursos para transferir o ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Milton Ribeiro, o &oacute;rg&atilde;o disp&otilde;e de tr&ecirc;s jatos da Embraer.

As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal &ldquo;O Estado de S.Paulo&rdquo;. H&aacute; uma ordem judicial para que o ex-ministro fosse transferido de Santos (SP), onde reside, at&eacute; Bras&iacute;lia. No entanto, a PF manteve o ex-ministro em S&atilde;o Paulo, ap&oacute;s a alega&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

O descumprimento da ordem judicial chegou a ser citado pelo delegado Bruno Calandrini, respons&aacute;vel por presidir o inqu&eacute;rito.

De acordo com o levantamento, feito em bases p&uacute;blicas de monitoramento de voos no pa&iacute;s, apenas um dos jatos da PF teve registro de voo na quarta. N&atilde;o h&aacute; registro de uso das outras duas aeronaves na data.

No dia da pris&atilde;o do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o Milton Ribeiro, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o (FNDE), Marcelo da Ponte, teve um dia cheio de reuni&otilde;es com deputados do Centr&atilde;o, em agendas que ocorreram tanto no minist&eacute;rio quanto na presid&ecirc;ncia do &oacute;rg&atilde;o. A pris&atilde;o de Ribeiro foi realizada pela Pol&iacute;cia Federal, na &uacute;ltima quarta-feira (22). As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da coluna de Guilherme Amado, para o portal Metr&oacute;poles.

O FNDE est&aacute; no centro do esquema de corrup&ccedil;&atilde;o investigado no MEC. A a&ccedil;&atilde;o envolve o ex-ministro de Bolsonaro e pastores. Agora, cabe ao FNDE transferir recursos financeiros e prestar assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica aos estados, munic&iacute;pios e ao Distrito Federal. Para 2022, a previs&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria do FNDE &eacute; de R$ 64 bilh&otilde;es.

Na quarta-feira (22), na parte da tarde, Marcelo da Ponte se reuniu com pol&iacute;ticos do PP, Pros, PSD e Uni&atilde;o Brasil. As informa&ccedil;&otilde;es constam na agenda oficial do presidente do fundo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ser&aacute; investigado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal ap&oacute;s uma poss&iacute;vel interfer&ecirc;ncia nas investiga&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal sobre o esquema de corrup&ccedil;&atilde;o no MEC. O &oacute;rg&atilde;o solicitou que o juiz federal Renato Borelli, da 15&ordf; Vara Federal de Bras&iacute;lia, determinasse o envio do caso para o Supremo Tribunal Federal, em raz&atilde;o do foro privilegiado de Bolsonaro. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da coluna de Rodrigo Rangel, para o Metr&oacute;poles.

Com isso, o inqu&eacute;rito volta para a relatoria da ministra C&aacute;rmen L&uacute;cia, que havia enviado o caso para a primeira inst&acirc;ncia, ap&oacute;s o ex-ministro Milton Ribeiro pedir demiss&atilde;o do MEC, em meio ao esc&acirc;ndalo envolvendo cobran&ccedil;a de propina por pastores ligados a ele.

No pedido acolhido pelo juiz, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico detalha as raz&otilde;es para investiga&ccedil;&atilde;o do presidente. Nos autos, h&aacute; elementos que embasam essa suspeita.

Na decis&atilde;o, tomada na &uacute;ltima quinta-feira (23), Borelli n&atilde;o menciona qual &eacute; a autoridade com foro no STF envolvida no caso, mas destaca trechos de uma conversa de Milton Ribeiro com familiares, interceptada pela Pol&iacute;cia Federal.

O requerimento de instala&ccedil;&atilde;o da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) obteve o n&uacute;mero m&iacute;nimo de assinaturas necess&aacute;rias para a abertura das investiga&ccedil;&otilde;es. A vota&ccedil;&atilde;o aconteceu nesta quinta-feira (23).

O &uacute;ltimo signat&aacute;rio do requerimento &eacute; o senador Giordano (MDB-SP). A CPI &eacute; encabe&ccedil;ada pelo l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A investiga&ccedil;&atilde;o tem como objetivo analisar as supostas fraudes envolvendo a pasta durante a gest&atilde;o do ex-ministro Milton Ribeiro.

Ele foi preso nesta quarta-feira (22) pela Pol&iacute;cia Federal, acusado de tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia, advocacia administrativa, prevarica&ccedil;&atilde;o e corrup&ccedil;&atilde;o passiva. A oposi&ccedil;&atilde;o viu a pris&atilde;o como um momento oportuno para tirar a CPI do papel.

Desde mar&ccedil;o, o senador Giordano vinha tentando conseguir as 27 assinaturas m&iacute;nimas necess&aacute;rias para que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decida sobre a instala&ccedil;&atilde;o do colegiado.&nbsp;

Den&uacute;ncias apontaram os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura como mandantes do esquema que aponta para a exist&ecirc;ncia de um balc&atilde;o de neg&oacute;cios para a distribui&ccedil;&atilde;o de recursos para a educa&ccedil;&atilde;o. Eles tamb&eacute;m foram presos na opera&ccedil;&atilde;o desta quarta-feira (22).

O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1&ordf; Regi&atilde;o (TRF-1), deferiu liminar e cassou a pris&atilde;o preventiva do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o Milton Ribeiro e dos outros quatro presos na opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal de quarta-feira (22), que apura irregularidades na libera&ccedil;&atilde;o de verbas da pasta. S&atilde;o eles: Gilmar Santos; Arilton Moura; Helder Diego da Silva Bartolomeu; Luciano de Freitas Musse.

A decis&atilde;o atende a um habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ministro. Mais cedo, o desembargador plantonista Morais da Rocha tinha rejeitado o mesmo pedido, alegando que a defesa n&atilde;o tinha apresentado os documentos que evidenciavam constrangimento ilegal na pris&atilde;o.

Na nova decis&atilde;o, o desembargador Ney Bello afirma que a determina&ccedil;&atilde;o deve ser encaminhada, com urg&ecirc;ncia, &agrave; 15&ordf; Vara Federal de Bras&iacute;lia, que decretou as pris&otilde;es, &quot;para imediato cumprimento e expedi&ccedil;&atilde;o dos alvar&aacute;s de soltura&quot;. A decis&atilde;o vale at&eacute; que o habeas corpus seja julgado pelo colegiado da 3&ordf; Turma do TRF-1.

O desembargador argumentou que Milton Ribeiro n&atilde;o integra mais o governo e que os fatos investigados n&atilde;o s&atilde;o atuais, portanto, para ele, n&atilde;o se justifica a pris&atilde;o.

&quot;Por derradeiro, verifico que al&eacute;m de ora paciente n&atilde;o integrar mais os quadros da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Federal, h&aacute; aus&ecirc;ncia de contemporaneidade entre os fatos investigados &ndash; &#39;libera&ccedil;&atilde;o de verbas oficiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o e do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o direcionadas ao atendimento de interesses privados&#39; &ndash; supostamente cometidos no come&ccedil;o deste ano, raz&atilde;o pela qual entendo ser despicienda a pris&atilde;o cautelar combatida&quot;, diz.

&quot;Da mesma forma, as decis&otilde;es que foram tomadas e os atos adjetivados de il&iacute;citos h&aacute; meses atr&aacute;s, n&atilde;o estando o paciente na possibilidade de continuar os praticando, n&atilde;o geram contemporaneidade e nem a utilidade a fundar um decreto de pris&atilde;o preventiva. Como o pr&oacute;prio nome j&aacute; indica, a pris&atilde;o preventiva serve para prevenir, n&atilde;o para punir; serve para proteger e n&atilde;o para retribuir o mal porventura feito&quot;, afirma o desembargador.

Segundo Ney Bello, &quot;deve prevalecer a regra geral relativa &agrave; priva&ccedil;&atilde;o da liberdade pessoal com finalidade processual, segundo a qual o alcance do resultado se d&aacute; com o menor dano poss&iacute;vel aos direitos individuais, sobretudo quando h&aacute; expressa refer&ecirc;ncia a in&uacute;meras outras medidas de natureza cautelar, que podem ser decretadas pelo ju&iacute;zo da causa e em proveito das investiga&ccedil;&otilde;es&quot;.

O magistrado aponta que a investiga&ccedil;&atilde;o deve prosseguir e j&aacute; est&aacute; avan&ccedil;ada. &quot;Os argumentos contidos na indigitada decis&atilde;o, verifico que a busca e apreens&atilde;o j&aacute; foi realizada, as quebras de sigilos j&aacute; foram deferidas e n&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o o bastante para a manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o, sem a demonstra&ccedil;&atilde;o concreta de onde haveria risco para as investiga&ccedil;&otilde;es&quot;.

Pris&atilde;o

O ex-ministro foi preso na manh&atilde; de quarta-feira (22), no pr&eacute;dio em que mora, em Santos (SP). Ele &eacute; investigado por corrup&ccedil;&atilde;o passiva, prevarica&ccedil;&atilde;o, advocacia administrativa e tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia por suposto envolvimento em um esquema para libera&ccedil;&atilde;o de verbas do MEC, com favorecimento de pastores.

O ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Milton Ribeiro, dever&aacute; ser transferido para a Superintend&ecirc;ncia da Pol&iacute;cia Federal (PF) em Bras&iacute;lia ap&oacute;s ter a pris&atilde;o decretada hoje (22) pelo juiz Renato Borelli, da 15&ordf; Vara Federal do Distrito Federal.&nbsp;

Amanh&atilde; (23), Milton Ribeiro vai passar por uma audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia, que est&aacute; prevista para as 14h.&nbsp;

Ribeiro mora em Santos (SP) e foi um dos alvos da Opera&ccedil;&atilde;o Acesso Pago, que investiga o suposto &ldquo;tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia e corrup&ccedil;&atilde;o para a libera&ccedil;&atilde;o de recursos p&uacute;blicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o (FNDE)&rdquo;, vinculado ao Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC).

Mais cedo, a defesa do ex-ministro divulgou uma nota em que diz que &quot;inexiste raz&atilde;o para a pris&atilde;o preventiva editada&quot; e que a &quot;cust&oacute;dia &eacute; injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecess&aacute;ria&quot;.

O advogado Daniel Bialski, que foi contratado para fazer a defesa de Ribeiro, informou em nota que pretende entrar com um pedido de habeas corpus &quot;visando o reconhecimento da coa&ccedil;&atilde;o ilegal imposta, especialmente porque os fatos s&atilde;o pret&eacute;ritos e sem &nbsp;contemporaneidade.&quot;

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou nesta quarta-feira (22), que falta somente uma assinatura para que seja instaurada uma Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI), para investigar supostas corrup&ccedil;&otilde;es no Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o. Em suas redes sociais, Rodrigues comemorou a assinatura do senador Eduardo Braga (MDB).

&ldquo;URGENTE! O Senador Eduardo Braga acaba de assinar o requerimento de abertura da #CPIdoMEC. Agora falta apenas UMA assinatura para que a CPI seja aberta!&rdquo;, escreveu Randolfe.

S&atilde;o necess&aacute;rias 27 assinaturas para que a investiga&ccedil;&atilde;o seja iniciada. O senador ainda disse que ir&aacute; insistir na CPI do MEC ap&oacute;s a pris&atilde;o preventiva do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o Milton Ribeiro, por esquema de corrup&ccedil;&atilde;o envolvendo pastores e a libera&ccedil;&atilde;o de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o (FNDE).

Pr&eacute;-candidato ao Governo da Bahia, Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) comentou nesta quarta-feira (22) a pris&atilde;o do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, suspeito de envolvimento no esc&acirc;ndalo de repasses de verbas do FNDE para munic&iacute;pios.

Em post no Twitter, o ex-secret&aacute;rio de Educa&ccedil;&atilde;o do estado lembrou os antecessores de Milton na pasta, como Abraham Weintraub, tamb&eacute;m alvo da PF, e de Carlos Decotelli, que nem chegou a assumir o cargo por mentir no curr&iacute;culo.&nbsp;

Segundo Jer&ocirc;nimo, essa &eacute; a postura de Bolsonaro diante da educa&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, e acusou tamb&eacute;m o ex-prefeito ACM Neto, o seu principal advers&aacute;rio na briga pelo Pal&aacute;cio de Ondina, de se esconder do &quot;debate nacional&quot;.

&quot;Essa &eacute; a forma que o atual presidente trata a educa&ccedil;&atilde;o, mas o ex-prefeito de Salvador, por medo ou vergonha, mais uma vez se omite do debate nacional. Para ele, tanto faz quem vai ser o pr&oacute;ximo presidente? Eu tenho lado, tenho muito orgulho de fazer parte do time de&nbsp; 
@LulaOficial&quot;, declarou Jer&ocirc;nimo, que afirmou aguardar que o caso seja devidamente apurado.

Deputada federal pela Bahia, L&iacute;dice da Mata (PSB) afirmou que o govenro Bolsonaro j&aacute; deve estar em prepara&ccedil;&atilde;o para criar uma cortina de fuma&ccedil;a, em decorr&ecirc;ncia da pris&atilde;o do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Milton Ribeiro.&nbsp;

&quot;&Eacute; preciso que a investiga&ccedil;&atilde;o tenha a sua continuidade garantida e que o presidente n&atilde;o fa&ccedil;a mudan&ccedil;as na PF. &Eacute; certo que hoje haver&aacute; uma cortina de fuma&ccedil;a vinda do Pal&aacute;cio do Planalto para tentar desviar a aten&ccedil;&atilde;o da opini&atilde;o p&uacute;blica sobre o assunto&quot;, afirmou.&nbsp;

L&iacute;dice disse que a investiga&ccedil;&atilde;o aponta ainda &quot;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/97122,bolsonaro-ja-disse-que-botava-a-cara-no-fogo-por-ribeiro-preso-hoje-pela-pf" target="_blank">ind&iacute;cios de crimes na libera&ccedil;&atilde;o de verbas</a>&quot;. &quot;O mais grave disso tudo &eacute; que h&aacute; &aacute;udios e provas de que o ex-ministro Milton Ribeiro negociava com prefeitos a libera&ccedil;&atilde;o de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo e tudo por determina&ccedil;&atilde;o do presidente da Rep&uacute;blica&quot;.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou nesta quarta-feira (22) sobre a pris&atilde;o do ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Milton Ribeiro, alvo da Pol&iacute;cia Federal (PF) por envolvimento em esquema de repasse de verbas da pasta.

Segundo o chefe do Executivo, a pris&atilde;o de Milton &eacute; um &#39;sinal&#39; de que a PF tem autonomia para fazer o seu trabalho e que ele n&atilde;o interfere na atua&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o, e qualquer erro cometido &eacute; de responsabilidade do ex-ministro.

&ldquo;O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, &eacute; aquela quest&atilde;o que ele estava, estaria com a conversa meio informal demais com algumas pessoas de confian&ccedil;a dele. E da&iacute; houve den&uacute;ncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo. E o que aconteceu? N&oacute;s afastamos ele. Se tem pris&atilde;o, &eacute; Pol&iacute;cia Federal. &Eacute; sinal que a Pol&iacute;cia Federal est&aacute; agindo&quot;, declarou Bolsonaro em entrevista &agrave; r&aacute;dio Itatiaia (SP).

Ele garantiu que o governo est&aacute; disposto a ajudar com a PF e que n&atilde;o apoia casos de corrup&ccedil;&atilde;o. Bolsonaro tamb&eacute;m prometeu que se for comprovada a culpa de Milton Ribeiro, ele ir&aacute; &quot;pagar&quot; pelo crime.

Ao menos outros dois pastores apontamos como lobistas no MEC s&atilde;o alvos de mandados da PF. Eles comandavam o gabinete paralelo que coordenava o repasse de recursos para o FNDE dos munic&iacute;pios. Em troca, pediam propinas para libera&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Lamento, a imprensa vai dizer que est&aacute; ligado a mim, etc., paci&ecirc;ncia. Se tiver algo de errado, ele vai responder. Se for inocente, sem problemas. Se for culpado, vai pagar. O governo colabora com a investiga&ccedil;&atilde;o. A gente n&atilde;o compactua com nada disso. Agora, n&atilde;o sei qual a profundidade dessa investiga&ccedil;&atilde;o. No meu entender, n&atilde;o &eacute; aquela org&acirc;nica, porque n&oacute;s temos os compliances nos minist&eacute;rios. E qualquer contrato, qualquer neg&oacute;cio, n&atilde;o passa&rdquo;, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (22), questionado sobre a ordem de pris&atilde;o contra seu ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o Milton Ribeiro, que o ex-ministro &eacute; quem deve <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/97117,ex-ministro-milton-ribeiro-e-preso-pela-pf" target="_blank">responder por eventuais irregularidades &agrave; frente do MEC</a>.

&quot;Isso aqui, se tem pris&atilde;o, &eacute; Pol&iacute;cia Federal, &eacute; sinal de que a Pol&iacute;cia Federal est&aacute; agindo. Ele responda pelos atos dele. Pe&ccedil;o a Deus que n&atilde;o tenha problema nenhum. Mas, se tem algum problema, a PF est&aacute; agindo, est&aacute; investigando, &eacute; um sinal que eu n&atilde;o interfiro na PF, porque isso a&iacute; vai respingar em mim, obviamente&quot;, afirmou Bolsonaro em entrevista &agrave; r&aacute;dio Itatiaia.

A Pol&iacute;cia Federal deflagrou uma opera&ccedil;&atilde;o nesta manh&atilde; para prender Ribeiro. N&atilde;o havia confirma&ccedil;&atilde;o se ele foi encontrado at&eacute; a &uacute;ltima atualiza&ccedil;&atilde;o desta reportagem.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) j&aacute; afirmou, em mar&ccedil;o deste ano, que &quot;bota a cara o fogo&quot; em defesa do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/97117,ex-ministro-milton-ribeiro-e-preso-pela-pf" target="_blank">ent&atilde;o ministro Milton Ribeiro</a>, da Educa&ccedil;&atilde;o, preso nesta quarta-feira (22) em opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal. A declara&ccedil;&atilde;o foi dada quando surgiram not&iacute;cias sobre cobran&ccedil;a de propinas por pastores para liberar recursos da &aacute;rea para munic&iacute;pios.

&quot;Coisa rara de eu falar aqui. Eu boto minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton. Est&atilde;o fazendo uma covardia com ele&quot;, disse Bolsonaro em uma transmiss&atilde;o ao vivo nas redes sociais no dia 24 de mar&ccedil;o de 2022.

Um dia antes de Bolsonaro, tamb&eacute;m o vice-presidente, Hamilton Mour&atilde;o, exaltou Milton Ribeiro e mostrou confian&ccedil;a nele. 
 
&quot;Ele (Milton) &eacute; uma pessoa honesta. Ele tem honestidade e prop&oacute;sito. Ele &eacute; uma pessoa extremamente educada, cautelosa nas coisas. Ent&atilde;o, eu acho que tem que esclarecer melhor essa situa&ccedil;&atilde;o a&iacute; para chegar a uma conclus&atilde;o do que realmente ocorreu&quot;, disse Mour&atilde;o em entrevista no Pal&aacute;cio do Planalto na &eacute;poca.

O ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, foi preso na manh&atilde; desta quarta-feira (22), pela Pol&iacute;cia Federal, durante cumprimento de fase da opera&ccedil;&atilde;o &quot;Acesso Pago&quot;.&nbsp;

Ele &eacute; alvo da investiga&ccedil;&atilde;o contra o esquema paralelo de libera&ccedil;&atilde;o de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o (FNDE), vinculado ao MEC. Pastores ligados ao presidente Bolsonaro chefiavam o gabinete paralelo que negociava o repasse dos valores aos munic&iacute;pios.

No mandado de pris&atilde;o preventiva expedido contra o ministra s&atilde;o citados crimes de corrup&ccedil;&atilde;o passiva, prevarica&ccedil;&atilde;o, advocacia administrativa e tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli enviou, nesta ter&ccedil;a-feira (13), uma den&uacute;ncia contra o ex-ministro da Educa&ccedil;&atilde;o Milton Ribeiro. A den&uacute;ncia &eacute; referente a uma declara&ccedil;&atilde;o do ex-titular da pasta ao jornal Estado de S. Paulo, em 2020, ligando homossexuais a &ldquo;fam&iacute;lias desajustadas&rdquo;. Ribeiro tamb&eacute;m afirmou que h&aacute; adolescentes &ldquo;optando por ser gay&rdquo;.

A decis&atilde;o do magistrado acatou pedido da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR).

Na decis&atilde;o, Toffoli ressalta que, &ldquo;ao agir conforme narrado nesta peti&ccedil;&atilde;o, com materialidade e autoria incontestes, o denunciado Milton Ribeiro incorreu na pr&aacute;tica do crime previsto no art. 20, &sect; 2&deg;, da Lei n&ordm; 7.716/1989&rdquo;.&nbsp;

A den&uacute;ncia contra o ex-ministro foi apresentada pelo ent&atilde;o vice-procurador-geral da Rep&uacute;blica, Humberto Jacques de Medeiros.

Na semana passada, o PGR enviou ao STF um parecer apontando que o processo deveria seguir na 1&ordf; inst&acirc;ncia da Justi&ccedil;a Federal, visto que Ribeiro n&atilde;o estava mais no comando do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, portanto, sem direito a foro privilegiado.

Milton Ribeiro deixou o cargo de ministro da Educa&ccedil;&atilde;o em mar&ccedil;o deste ano, ap&oacute;s o esc&acirc;ndalo do &ldquo;gabinete paralelo&rdquo; do MEC, supostamente comandado por dois pastores evang&eacute;licos sem cargo oficial no governo.

O pastor presbiteriano Milton Ribeiro obteve a sua autoriza&ccedil;&atilde;o para porte de arma de fogo em dezembro de 2020, somente cinco meses ap&oacute;s ser oficializado no cargo de Ministro da Educa&ccedil;&atilde;o do governo Bolsonaro.

Nesta ter&ccedil;a-feira (26), o ex-ministro, que deixou o cargo ap&oacute;s esc&acirc;ndalo da participa&ccedil;&atilde;o de pastores no repasse de verbas da pasta, se envolveu em um incidente com uma arma, prestes a embarcar em um aeroporto de Bras&iacute;lia.

O caso &eacute; apurado pela Pol&iacute;cia Federal.

Ao tentar retirar o pente da pistola, segundo Milton Ribeiro, ele disparou acidentalmente a arma e atingiu um vidro de uma bancada no local. Os estilha&ccedil;os feriram uma funcion&aacute;ria do balc&atilde;o da GOL.

Indicado com a refer&ecirc;ncia do presidente Jair Bolsonaro (PL) &agrave; sua religiosidade, Milton Ribeiro tem registrada em seu nome uma pistola Glock calibre 9mm, com licen&ccedil;a v&aacute;lida at&eacute; 2025.

De acordo com informa&ccedil;&otilde;es do UOL, documentos mostram que a PF&nbsp;deferiu o seu requerimento, protocolado pela internet, em apenas duas semanas. O prazo m&eacute;dio para este servi&ccedil;o &eacute; de 31 a 60 dias.

Exonerado do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o do governo Bolsonaro ap&oacute;s o esc&acirc;ndalo na participa&ccedil;&atilde;o de pastores no repasse de verbas da pasta, Milton Ribeiro afirmou ter disparado acidentalmente uma arma de fogo no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Bras&iacute;lia.

A defesa do ex-ministro alega que a arma foi disparada por volta das 17h, enquanto ele estava no balc&atilde;o da Latam, e uma funcion&aacute;ria da Gol teria sido atingida pelos estilha&ccedil;os, mas sem ferimentos.&nbsp;

Milton Ribeiro diz que o acidente ocorreu enquanto tentava separar a arma do carregador, ambos dentro de uma pasta que carregava consigo. Segundo o ex-ministro, por medo de expor a arma no balc&atilde;o, ele tentou desmunici&aacute;-la sem tir&aacute;-la da mochila.

Devido ao pouco espa&ccedil;o para o manuseio, a arma acabou sendo disparada.

O advogado Luiz Carlos Neto, que defende Milton Ribeiro, informou que a Pol&iacute;cia Federal j&aacute; devolveu a arma a ele. O ex-chefe do MEC viajava de Bras&iacute;lia para S&atilde;o Paulo, pois est&aacute; em processo de mudan&ccedil;a de casa ap&oacute;s deixar o apartamento funcional com a entrega do cargo.

A defesa justifica o disparo acidental do ex-ministro como provocado por &quot;cuidado excessivo&quot; para n&atilde;o exibir a arma em p&uacute;blico.

Leia na &iacute;ntegra:

&quot;A arma j&aacute; foi devolvida pelo delegado da Pol&iacute;cia Federal ao ex-ministro Milton Ribeiro porque prevaleceu o entendimento de que tudo n&atilde;o passou de um acidente provocado por um cuidado excessivo de n&atilde;o tirar a arma de dentro do bolso em p&uacute;blico, a fim de n&atilde;o expor nem constranger as pessoas presentes &mdash;e tamb&eacute;m devido ao zelo de n&atilde;o circular com sua arma carregada.

Trata-se de um incidente passado, que n&atilde;o afetou ningu&eacute;m e que ocorreu enquanto ele deixava seu apartamento funcional, em Bras&iacute;lia, durante processo de mudan&ccedil;a para S&atilde;o Paulo.&quot;

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