Sem acordo entre o governo e os bancos, os juros da d&iacute;vida do rotativo do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/cartao%20de%20credito">cart&atilde;o de cr&eacute;dito</a> e da fatura parcelada passam a ser limitados a 100% da d&iacute;vida a partir desta ter&ccedil;a-feira (2). Institu&iacute;do pela lei do Programa Desenrola, sancionada em outubro, o teto foi regulamentado no fim de dezembro pelo Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).

A Lei do Desenrola havia estabelecido 90 dias para que as negocia&ccedil;&otilde;es entre o governo, o Banco Central, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras, o Congresso Nacional e o Banco Central chegassem a um novo modelo para o rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito. Caso contr&aacute;rio, valeria o modelo em vigor no Reino Unido, que estabelece juros at&eacute; o teto de 100% do total da d&iacute;vida, que n&atilde;o poder&aacute; mais subir depois de dobrar o valor.

Logo ap&oacute;s anunciar a decis&atilde;o do CMN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que, durante esse per&iacute;odo de 90 dias, as institui&ccedil;&otilde;es financeiras n&atilde;o apresentaram nenhuma proposta. &ldquo;Se voc&ecirc;s pensarem no Desenrola, esse era um dos grandes problemas do pa&iacute;s. As pessoas [que renegociaram os d&eacute;bitos no programa] estavam, muitas vezes, com d&iacute;vidas dez vezes superior &agrave; original&rdquo;, disse o ministro. &ldquo;Agora, a d&iacute;vida n&atilde;o poder&aacute; dobrar&rdquo;, comentou o ministro na ocasi&atilde;o.

Simula&ccedil;&atilde;o

Com o teto de juros do rotativo e da fatura parcelada, quem n&atilde;o pagar uma fatura de R$ 100, por exemplo, e empurrar a d&iacute;vida para o rotativo, pagar&aacute; juros e encargos de no m&aacute;ximo R$ 100. Dessa forma, a d&iacute;vida n&atilde;o poder&aacute; ultrapassar R$ 200, independentemente do prazo.

&ldquo;Suponha que uma pessoa contrate uma d&iacute;vida de R$ 1 mil no cart&atilde;o de cr&eacute;dito e n&atilde;o pague. Ela estaria sujeita a quase 450% ou 500% de juros no ano [pelas regras anteriores]&rdquo;, disse Haddad ao anunciar o teto das taxas. &ldquo;Com essa medida, n&atilde;o vai poder exceder 100%.&rdquo;

Segundo os dados mais recentes do Banco Central, em novembro, os juros do rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito estavam, em m&eacute;dia, em 431,6% ao ano. Isso significa que uma pessoa que entre no rotativo em R$ 100 e n&atilde;o quita o d&eacute;bito deve R$ 531,60 ap&oacute;s 12 meses.

Portabilidade

Al&eacute;m de oficializar o teto de juros, o CMN instituiu a portabilidade do saldo devedor do cart&atilde;o de cr&eacute;dito e aumentou a transpar&ecirc;ncia nas faturas, itens que n&atilde;o estavam na lei do Desenrola. Essas exig&ecirc;ncias, no entanto, s&oacute; entrar&atilde;o em vigor em 1&ordm; de julho.

Por meio da portabilidade, a d&iacute;vida com o rotativo e com o parcelamento da fatura poder&aacute; ser transferida para outra institui&ccedil;&atilde;o financeira que oferecer melhores condi&ccedil;&otilde;es de renegocia&ccedil;&atilde;o. A medida tamb&eacute;m vale para os demais instrumentos de pagamento p&oacute;s-pagos, modalidades nas quais os recursos s&atilde;o depositados para pagamento de d&eacute;bitos j&aacute; assumidos.

A proposta da institui&ccedil;&atilde;o financeira deve ser realizada por meio de uma opera&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito consolidada (que reestruture a d&iacute;vida acumulada). Al&eacute;m disso, a portabilidade ter&aacute; de ser feita de forma gratuita.

Caso a institui&ccedil;&atilde;o credora original fa&ccedil;a uma contraproposta ao devedor, a opera&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito consolidada dever&aacute; ter o mesmo prazo do refinanciamento da institui&ccedil;&atilde;o proponente. Segundo o Banco Central (BC), a igualdade de prazos permitir&aacute; a compara&ccedil;&atilde;o dos custos.

Transpar&ecirc;ncia

Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; transpar&ecirc;ncia, a partir de julho, as faturas dos cart&otilde;es de cr&eacute;dito dever&atilde;o trazer uma &aacute;rea de destaque, com as informa&ccedil;&otilde;es essenciais, como valor total da fatura, data de vencimento da fatura do per&iacute;odo vigente e limite total de cr&eacute;dito.

As faturas tamb&eacute;m dever&atilde;o ter uma &aacute;rea em que sejam oferecidas op&ccedil;&otilde;es de pagamento. Nessa &aacute;rea dever&atilde;o estar especificadas apenas as seguintes informa&ccedil;&otilde;es: valor do pagamento m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio; valor dos encargos a ser cobrado no per&iacute;odo seguinte no caso de pagamento m&iacute;nimo; op&ccedil;&otilde;es de financiamento do saldo devedor da fatura, apresentadas na ordem do menor para o maior valor total a pagar; taxas efetivas de juros mensal e anual; e Custo Efetivo Total (CET) das opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito.

Por fim, as faturas ter&atilde;o uma &aacute;rea com informa&ccedil;&otilde;es complementares. Nesse campo, devem estar as informa&ccedil;&otilde;es como lan&ccedil;amentos na conta de pagamento; identifica&ccedil;&atilde;o das opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito contratadas; juros e encargos cobrados no per&iacute;odo vigente; valor total de juros e encargos financeiros cobrados referentes &agrave;s opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito contratadas; identifica&ccedil;&atilde;o das tarifas cobradas; limites individuais para cada tipo de opera&ccedil;&atilde;o, entre outros dados.

Entrou em vigor nesta quarta-feira (13) o novo teto de juros do consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A medida, aprovada em 4 de dezembro pelo Conselho Nacional da Previd&ecirc;ncia Social (CNPS), estabeleceu que o&nbsp;novo limite de juros &eacute; 1,8% ao m&ecirc;s&nbsp;para essas opera&ccedil;&otilde;es. O valor &eacute; 0,04 ponto percentual menor que o antigo limite, de 1,84% ao m&ecirc;s, que vigorava desde outubro. O teto dos juros para o cart&atilde;o de cr&eacute;dito consignado caiu de 2,73% para 2,67% ao m&ecirc;s. As mudan&ccedil;as foram propostas pelo pr&oacute;prio governo.&nbsp;

A justificativa para a redu&ccedil;&atilde;o foi o corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic (juros b&aacute;sicos da economia). No fim de setembro, o Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do Banco Central reduziu os juros b&aacute;sicos de 12,75% para 12,25% ao ano.

Desde agosto, quando come&ccedil;aram os cortes na Selic, o ministro da Previd&ecirc;ncia Social, Carlos Lupi, disse que a pasta deveria acompanhar o movimento e propor&nbsp;redu&ccedil;&otilde;es no teto do consignado&nbsp;&agrave; medida que os juros baixarem. Essas mudan&ccedil;as passam pelo CNPS.

Impasse

O limite dos juros do cr&eacute;dito consignado do INSS foi objeto de discuss&otilde;es no in&iacute;cio do ano. Em mar&ccedil;o, o CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decis&atilde;o op&ocirc;s os minist&eacute;rios da Previd&ecirc;ncia Social e da Fazenda.

Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a medida provocava desequil&iacute;brios nas institui&ccedil;&otilde;es financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o Banco do Brasil e a Caixa tamb&eacute;m deixaram de conceder os empr&eacute;stimos porque o teto de 1,7% ao m&ecirc;s era inferior ao cobrado pelas institui&ccedil;&otilde;es.

A decis&atilde;o coube ao presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de mar&ccedil;o, decidiu pelo teto de 1,97% ao m&ecirc;s. O Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia defendia teto de 1,87% ao m&ecirc;s, equivalente ao cobrado pela Caixa Econ&ocirc;mica Federal antes da suspens&atilde;o do cr&eacute;dito consignado para aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia oum limite de 1,99% ao m&ecirc;s, que permitia ao Banco do Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao m&ecirc;s, retomar a concess&atilde;o de empr&eacute;stimos.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/camara%20dos%20deputados">C&acirc;mara dos Deputados</a> aprovou nesta ter&ccedil;a-feira (5) a proposta que remete ao Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN) a fixa&ccedil;&atilde;o de limites para os juros do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/cartao%20de%20credito">cart&atilde;o de cr&eacute;dito</a> a partir de sugest&atilde;o do mercado. O texto tamb&eacute;m cont&eacute;m as regras do programa de renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/desenrola%20brasil">Desenrola Brasil</a>.

Os deputados aprovaram o substitutivo do relator, deputado Alencar Santana (PT-SP), para o Projeto de Lei 2.685/22, do deputado <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/elmar%20nascimento">Elmar Nascimento (Uni&atilde;o-BA)</a>. Segundo o texto, o CMN dever&aacute; aprovar limites para juros e encargos cobrados no parcelamento da fatura nas modalidades rotativo e parcelado do cart&atilde;o de cr&eacute;dito.&nbsp;

O texto aprovado prev&ecirc; a portabilidade da d&iacute;vida do cart&atilde;o de cr&eacute;dito e de outros d&eacute;bitos relacionados a ele, mesmo os j&aacute; parcelados pelo pr&oacute;prio cart&atilde;o. Assim, o consumidor poder&aacute; buscar ofertas de juros menores para equacionar sua d&iacute;vida.

Tamb&eacute;m foi inclu&iacute;do no projeto o texto da Medida Provis&oacute;ria 1.176/23, que cria o Programa Desenrola Brasil, a fim de incentivar a renegocia&ccedil;&atilde;o de d&iacute;vidas, ofertando garantia para aquelas de pequeno valor (at&eacute; R$ 5 mil).

O Plen&aacute;rio rejeitou todos os destaques e a proposta segue para vota&ccedil;&atilde;o no Senado. &nbsp;

*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia C&acirc;mara de Not&iacute;cias

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> voltou a criticar, nesta sexta-feira (1&ordm;), os <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/juros">juros</a> praticados no pa&iacute;s e o presidente do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/banco%20central">Banco Central (BC)</a>, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/roberto%20campos%20neto">Roberto Campos Neto</a>. Durante cerim&ocirc;nia comemorativa de programas de microcr&eacute;dito produtivo e orientado do Banco do Nordeste (BNB), em Fortaleza, ele avaliou que a taxa de juros segue alta. &ldquo;Vamos continuar brigando.&rdquo;

&ldquo;&Eacute; por isso que n&oacute;s vamos continuar fazendo cr&eacute;dito e vamos fazer cada vez mais. N&atilde;o pense que acho que o juro est&aacute; baixo. O juro ainda est&aacute; alto porque 2,16 ao m&ecirc;s &eacute; muita coisa, d&aacute; quase 30% ao ano, porque &eacute; juro sobre juro. Acho que vamos baixar ainda. Obviamente que n&oacute;s tamb&eacute;m n&atilde;o queremos quebrar o banco, porque o banco tem que dar o lucro. Se quebrar, vai ser muito pior pra n&oacute;s &ndash; al&eacute;m de ficarmos devendo, n&atilde;o temos o banco para emprestar.&rdquo; &nbsp;

&ldquo;A Caixa Econ&ocirc;mica Federal, o Banco do Brasil, o Basa, o BNB e o BNDES s&oacute; t&ecirc;m sentido existir se for para fazer as coisas diferentes do que fazem os bancos privados. Se for para fazer igual, n&atilde;o precisa existir&rdquo;, disse. &ldquo;Temos que ter dinheiro para investir e dinheiro para ser investido a juros baratos. Por isso &eacute; que o cidad&atilde;o do Banco Central precisa saber que ele &eacute; presidente do Banco Central do Brasil e n&atilde;o do Banco Central de um pa&iacute;s que n&atilde;o seja o Brasil e que precisa baixar os juros.&rdquo;

Durante o evento, Lula lembrou que Campos Neto foi indicado ao cargo ainda no governo de Jair Bolsonaro e que o Banco Central atua de forma aut&ocirc;noma. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; mais interfer&ecirc;ncia da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, que podia chamar o presidente do Banco Central e conversar. Esse cidad&atilde;o, se ele conversa com algu&eacute;m, n&atilde;o &eacute; comigo. Ele deve conversar com quem o indicou. E quem o indicou n&atilde;o fez coisas boas nesse pa&iacute;s. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo&rdquo;, concluiu.

Juros m&eacute;dios

Os juros m&eacute;dios dos bancos v&ecirc;m caindo nos &uacute;ltimos meses, segundo dados do BC. Considerando o conjunto dos recursos livres e direcionados para pessoas f&iacute;sicas, o pico dos juros aconteceu em maio: 38,2% ao ano. Para empresa, o pico foi em janeiro: juros a 22,2%. Desde ent&atilde;o, h&aacute; redu&ccedil;&atilde;o nas taxas m&ecirc;s a m&ecirc;s, com flutua&ccedil;&otilde;es, e desacelera&ccedil;&atilde;o no crescimento em 12 meses.

No cr&eacute;dito livre, os bancos t&ecirc;m autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. J&aacute; o cr&eacute;dito direcionado &ndash; com regras definidas pelo governo &ndash; &eacute; destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcr&eacute;dito.

O comportamento dos juros banc&aacute;rios m&eacute;dios ocorre em um momento em que a expectativa do mercado financeiro &eacute; de queda da taxa b&aacute;sica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Definida pelo Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do BC, a Selic &eacute; o principal instrumento usado pela autoridade monet&aacute;ria para alcan&ccedil;ar a meta de infla&ccedil;&atilde;o.

Diante da forte queda da infla&ccedil;&atilde;o, o Copom iniciou, no m&ecirc;s passado, um ciclo de redu&ccedil;&atilde;o da Selic. A &uacute;ltima vez em que o BC tinha diminu&iacute;do a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio &agrave; contra&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica gerada pela pandemia de covid-19.

Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que come&ccedil;ou em mar&ccedil;o de 2021, em meio &agrave; alta dos pre&ccedil;os de alimentos, de energia e de combust&iacute;veis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

At&eacute; o fim do ano, a previs&atilde;o dos analistas &eacute; que a Selic caia para 11,75%. Com isso, a taxa de capta&ccedil;&atilde;o dos bancos (o quanto &eacute; pago pelo cr&eacute;dito) vem recuando. Desde abril, ela est&aacute; em queda e ficou em 11,3% em julho.

A eleva&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica ajuda a controlar a infla&ccedil;&atilde;o porque causa reflexos nos pre&ccedil;os, j&aacute; que juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a, contendo a demanda aquecida.

Rotativo do cart&atilde;o

Entretanto, em julho, o cr&eacute;dito rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito cresceu novamente, indo para 445,7% ao ano. O rotativo &eacute; o cr&eacute;dito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cart&atilde;o e dura 30 dias.

A modalidade &eacute; uma das mais altas do mercado, e o Banco Central j&aacute; estuda o fim do cr&eacute;dito rotativo do cart&atilde;o de cr&eacute;dito.&nbsp;

L&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alan%20sanches" target="_blank">Alan Sanches</a> (UB) afirmou que o grupo n&atilde;o firmar&aacute; nenhum acordo com a bancada de governo para vota&ccedil;&atilde;o do projeto do precat&oacute;rios dos professores at&eacute; que exista consenso entre a gest&atilde;o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jeronimo%20rodrigues" target="_blank">Jer&ocirc;nimo Rodrigues</a> (PT) e os educadores.&nbsp;

&quot;N&atilde;o faremos acordo enquanto n&atilde;o tiver consenso para aprovar o projeto dos precat&oacute;rios. Fui chamado para fazer acordo pela urg&ecirc;ncia, n&atilde;o concordei. S&oacute; vamos para qualquer decis&atilde;o ap&oacute;s consenso entre as associa&ccedil;&otilde;es e o governo&quot;, afirmou. 
&nbsp;

<div style="background: rgb(238, 238, 238); border: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding: 5px 10px; text-align: center;">Leia mais:&nbsp;</div>

<div style="background: rgb(238, 238, 238); border: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding: 5px 10px; text-align: center;">&gt;&nbsp;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/119683,leandro-de-jesus-diz-que-governo-do-estado-promove-calote-ao-nao-pagar-juros-de-precatorio-dos-professores" target="_blank">Leandro de Jesus diz que Governo do Estado promove &ldquo;calote&rdquo; ao n&atilde;o pagar juros de precat&oacute;rio dos professores</a> 
&gt;&nbsp;<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/119674,professores-da-rede-estadual-de-ensino-decidem-pela-paralisacao-das-aulas-saiba-quando" target="_blank">Professores da rede estadual de ensino decidem pela paralisa&ccedil;&atilde;o das aulas; saiba quando</a></div>

 
Os professores pedem as parcelas de 2023 e de 2024 assegurem juros para corre&ccedil;&atilde;o do valor integral, como foi em outros estados (Cear&aacute;, Pernambuco, Maranh&atilde;o, Alagoas, Sergipe e Amazonas).

Tamb&eacute;m integrante da oposi&ccedil;&atilde;o, Manuel Rocha (UB) pediu que a gest&atilde;o Jer&ocirc;nimo pague os juros aos professores. &quot;Tem que fazer o pagamento do que lhe &eacute; de direito. Que os professores receberam o valor referente ao juros de mora e corre&ccedil;&atilde;o. Esse dinheiro que o governo do Estado n&atilde;o quer repassar. N&atilde;o adianta o governo vir dizer que a educa&ccedil;&atilde;o &eacute; importante se na pr&aacute;tica isso n&atilde;o acontece. Os professores precisam de a&ccedil;&atilde;o concreta&quot;.

Com o objetivo de reduzir os lit&iacute;gios entre a administra&ccedil;&atilde;o municipal e empresas, a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/prefeitura%20de%20salvador">Prefeitura de Salvador</a> lan&ccedil;ou, durante posse da nova diretoria da Associa&ccedil;&atilde;o Comercial da Bahia (ACB), na noite desta segunda-feira (17), uma a&ccedil;&atilde;o conjunta in&eacute;dita entre a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e a Procuradoria-Geral do Munic&iacute;pio (PGMS) que pode melhorar o ambiente de neg&oacute;cios na cidade.

O novo programa permite que empresas que estejam em disputas judiciais com o fisco quitem seus d&eacute;bitos, com a exclus&atilde;o de at&eacute; 100% da multa e juros de mora - al&eacute;m da redu&ccedil;&atilde;o e parcelamento de honor&aacute;rios.

Ser&atilde;o consideradas as d&iacute;vidas referentes aos processos fiscais administrativos ou judiciais at&eacute; dezembro de 2022. O prazo para solicitar a ades&atilde;o ser&aacute; de at&eacute; 90 dias ap&oacute;s a publica&ccedil;&atilde;o do decreto no Di&aacute;rio Oficial do Munic&iacute;pio (DOM).

&ldquo;Existem d&iacute;vidas do passado que est&atilde;o l&aacute; em diversas querelas judiciais, que se arrastam h&aacute; muito tempo no Poder Judici&aacute;rio. Agora, (as empresas) v&atilde;o poder fazer a negocia&ccedil;&atilde;o direto com a Prefeitura, fazer a transa&ccedil;&atilde;o com juros zero, multa zero e ainda com a redu&ccedil;&atilde;o dos honor&aacute;rios advocat&iacute;cios. Isso vai permitir que diversas empresas possam se regularizar&rdquo;, afirmou o prefeito Bruno Reis.

Para aderir ao Programa de Composi&ccedil;&atilde;o de Lit&iacute;gios, o contribuinte dever&aacute; requerer por meio de processo administrativo a ser protocolado na sede da Secretaria Municipal da Fazenda, localizada na rua das Vassouras, n&deg; 1, Centro Hist&oacute;rico. A Central de Atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 9h &agrave;s 16h.

O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gabriel%20nunes" target="_blank">Gabriel Nunes</a>, do PSD, defendeu, nesta quarta-feira (5), durante reuni&atilde;o com l&iacute;deres de seis partidos da base governista e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a &quot;necessidade de analisar os juros abusivos do Banco Central&quot;

Deputados e senadores apresentaram a Pacheco um pedido de abertura de um &quot;procedimento de apura&ccedil;&atilde;o&quot; sobre a conduta de Roberto Campos Neto &agrave; frente do Banco Central.

&quot;Estive em uma audi&ecirc;ncia no Senado Federal juntamente com o senador Otto Alencar, nosso l&iacute;der na C&acirc;mara, deputado Ant&ocirc;nio Brito, e uma comitiva composta por senadores e deputados de nove partidos, para discutir a necessidade de analisar os juros abusivos do Banco Central&quot;, declarou Gabriel Nunes.

Segundo o parlamentar baiano, &quot;o governo federal reconhece a import&acirc;ncia de reduzir a infla&ccedil;&atilde;o com urg&ecirc;ncia, para que o pa&iacute;s possa retomar o crescimento, gerar empregos e, consequentemente, ter capacidade de investimento&quot;.

&quot;&Eacute; responsabilidade do Senado Federal analisar e fiscalizar a atua&ccedil;&atilde;o do Banco Central. &Eacute; necess&aacute;rio que a pol&iacute;tica monet&aacute;ria seja avaliada, tendo em mente que nosso objetivo comum &eacute; o desenvolvimento do pa&iacute;s e a melhoria da qualidade de vida de nosso povo&quot;, acrescentou Gabriel.

Os signat&aacute;rios do documento mencionam o artigo 1&ordm; da Lei Complementar n&ordm; 179 de 2021, que estabelece, como objetivos do Banco Central aut&ocirc;nomo, &quot;suavizar as flutua&ccedil;&otilde;es do n&iacute;vel de atividade econ&ocirc;mica e promover o pleno emprego&quot;.

No documento entregue a Pacheco, eles solicitam que o Senado investigue &quot;poss&iacute;veis motiva&ccedil;&otilde;es viciadas e desvio de finalidade, desconectadas de eventos anteriores que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%&quot;, exigindo explica&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas, evid&ecirc;ncias concretas e demonstra&ccedil;&otilde;es da legalidade, motiva&ccedil;&atilde;o, imparcialidade e efic&aacute;cia da pol&iacute;tica adotada.

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> disse, nesta quinta-feira (29), que o Brasil n&atilde;o precisa ter um sistema de metas de infla&ccedil;&atilde;o &ldquo;t&atilde;o r&iacute;gido&rdquo;. O alongamento das metas ser&aacute; um dos temas discutidos na reuni&atilde;o desta quinta-feira do Conselho Monet&aacute;rio Nacional (CMN).

&ldquo;O Brasil n&atilde;o precisa ter uma meta de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/inflacao">infla&ccedil;&atilde;o</a> t&atilde;o r&iacute;gida, como est&atilde;o querendo impor agora, sem alcan&ccedil;ar. A gente tem que ter uma meta que a gente alcan&ccedil;a; alcan&ccedil;ou aquela meta, a gente pode reduzir e fazer mais um degrau, descer mais um degrau. &Eacute; para isso que a pol&iacute;tica monet&aacute;ria tem que ser m&oacute;vel, ela n&atilde;o tem que ser fixa e eterna, ela tem que ter sensibilidade em fun&ccedil;&atilde;o da realidade da economia, das aspira&ccedil;&otilde;es da sociedade&rdquo;, disse Lula em entrevista &agrave; R&aacute;dio Ga&uacute;cha, de Porto Alegre.

Nesta quarta-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o modelo de meta cont&iacute;nua. Atualmente, o Banco Central (BC) persegue uma meta de infla&ccedil;&atilde;o estabelecida a cada ano, com uma margem de toler&acirc;ncia de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. No sistema de meta cont&iacute;nua, usado em v&aacute;rios pa&iacute;ses desenvolvidos, o horizonte pode ser aberto ou obedecer a um prazo maior que um ano, como 18 ou 24 meses.

Para este ano, a meta de infla&ccedil;&atilde;o do Brasil est&aacute; fixada em 3,25% e, para 2024 e 2025, em 3%, todas com a mesma margem de toler&acirc;ncia. Com reuni&otilde;es mensais, o CMN &eacute; formado por Haddad; pela ministra do Planejamento, Simone Tebet; e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Geralmente, as decis&otilde;es ocorrem por consenso, mas, caso haja diverg&ecirc;ncias, s&atilde;o decididas por maioria de voto.

&ldquo;Eu espero que o Haddad e a Simone tenham toda maturidade para tomar a decis&atilde;o que acham que devem tomar&rdquo;, disse Lula.

Cr&iacute;ticas aos juros

O presidente criticou, novamente, a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica de juros da economia, a Selic, em 13,75%. Definida pelo Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom), a Selic est&aacute; em seu maior n&iacute;vel desde janeiro de 2017. Em mar&ccedil;o do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monet&aacute;rio, em meio &agrave; alta dos pre&ccedil;os de alimentos, de energia e de combust&iacute;veis.

A taxa b&aacute;sica &eacute; o principal instrumento usado pelo BC para alcan&ccedil;ar a meta de infla&ccedil;&atilde;o definida pelo CMN. O seu aumento causa reflexos nos pre&ccedil;os, j&aacute; que juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a, contendo a demanda aquecida. Em sentido contr&aacute;rio, quando o Copom diminui a Selic, a tend&ecirc;ncia &eacute; de que o cr&eacute;dito fique mais barato, com incentivo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o e ao consumo, reduzindo o controle sobre a infla&ccedil;&atilde;o e estimulando a atividade econ&ocirc;mica.

Em abril, influenciado pelo aumento dos pre&ccedil;os de rem&eacute;dios, o &Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). O resultado &eacute; inferior &agrave; taxa de mar&ccedil;o, de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.

O presidente Lula reafirmou que, com a infla&ccedil;&atilde;o em baixa, n&atilde;o h&aacute; explica&ccedil;&atilde;o para o atual patamar da Selic. Os efeitos do aperto monet&aacute;rio s&atilde;o sentidos no encarecimento do cr&eacute;dito e na desacelera&ccedil;&atilde;o da economia.

&ldquo;N&oacute;s n&atilde;o temos infla&ccedil;&atilde;o de demanda&rdquo;, argumentou Lula. &ldquo;N&atilde;o tem um setor da economia, a n&atilde;o ser o setor financeiro [a favor], todo mundo [&eacute;] contra esse absurdo dessa taxa de juro, que ningu&eacute;m pode captar dinheiro para investir, a 14%, 15%, 16% de juros as pessoas v&atilde;o quebrar. Ent&atilde;o, &eacute; preciso reduzir a taxa de juros para que ela fique compat&iacute;vel, inclusive com a infla&ccedil;&atilde;o. A infla&ccedil;&atilde;o em 12 meses est&aacute; menos que 5%, por que a taxa de juro tem que estar nesse n&iacute;vel? Qual &eacute; a explica&ccedil;&atilde;o? N&atilde;o existe explica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse.

Lula cobrou a interven&ccedil;&atilde;o do Senado, que aprovou a autonomia do BC e o nome de Campos Neto para a presid&ecirc;ncia do BC, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. &ldquo;O Senado, quando aprovou a autonomia do Banco Central, ele estabeleceu alguns crit&eacute;rios para o Banco Central, um deles &eacute; cuidar da infla&ccedil;&atilde;o e outra &eacute; cuidar do crescimento e cuidar do emprego, e ele [Campos Neto, at&eacute; agora, tem cuidado pouco&rdquo;, criticou o presidente.

&ldquo;N&atilde;o &eacute; o Lula [que faz as cr&iacute;ticas], n&atilde;o &eacute; o presidente, &eacute; o povo brasileiro, s&atilde;o os sindicatos, os empres&aacute;rios da ind&uacute;stria, do com&eacute;rcio, do turismo, do varejo, inclusive os agricultores do Brasil inteiro s&atilde;o contra essa taxa de juros. Ent&atilde;o esse cidad&atilde;o vai ter que pensar e o Senado vai ter que saber como lidar com ele&rdquo;, acrescentou o presidente.

Durante a entrevista &agrave; R&aacute;dio Ga&uacute;cha, o presidente destacou que o novo programa de infraestrutura do governo deve destinar R$ 5,7 bilh&otilde;es para o Rio Grande do Sul em estradas e pontes, al&eacute;m de R$ 2 bilh&otilde;es da iniciativa privada, por meio de parcerias p&uacute;blico-privadas.

Lula lembrou que o governo solicitou aos governadores uma lista de obras priorit&aacute;rias e que, nos pr&oacute;ximos dez dias, o novo plano de investimentos deve ser anunciado. O total para o pa&iacute;s deve chegar a R$ 23 bilh&otilde;es na &aacute;rea de transportes.

&ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel um presidente da Rep&uacute;blica governar sem estar intimamente ligado &agrave; administra&ccedil;&atilde;o do governo do estado&rdquo;, disse. &ldquo;&Eacute; uma coisa que vem de baixo para cima, porque n&atilde;o adianta eu inventar uma obra que eu acho que &eacute; interessante pro Rio Grande do Sul, quem tem que ver qual &eacute; a obra importante &eacute; o governador do estado, s&atilde;o os prefeitos da cidade, e s&atilde;o eles que n&oacute;s precisamos atender&rdquo;, acrescentou.

Apesar de ter sido votado nesta ter&ccedil;a-feira (23) ap&oacute;s meses de debates,&nbsp;76,9% dos entrevistados pelo Instituto Paran&aacute; Pesquisas dizem nunca terem ouvido sobre o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/arcabouco%20fiscal" target="_blank"> arcabou&ccedil;o fiscal.</a> Ainda na abordagem estimulada,&nbsp;17,2% apontou j&aacute; ter ouvido falar no projeto, e apenas&nbsp;5,9% dos participantes afirmou, de fato, conhecerem o projeto.

Juros:

Outra quest&atilde;o de muito debate nacional &eacute; sobre a taxa de juros, alvo de queda de bra&ccedil;o entre o governo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula" target="_blank">Lula (PT), </a>e o presidente do Banco Central,<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/campos%20neto" target="_blank"> Roberto Campos Neto. </a>A taxa atualmente est&aacute; em 13,75%.&nbsp;Na pesquisa estimulada, 31,3% entende a taxa como elevada, o que seria um&nbsp;grande problema para a economia brasileira. J&aacute; para&nbsp;46,2% dos entrevistados,&nbsp;essa taxa atual seria apenas um problema para a&nbsp;economia, enquanto para 8,6% isso n&atilde;o seria nem mesmo um problema.&nbsp;13,9% n&atilde;o sabe&nbsp;ou n&atilde;o respondeu. 71% dos ouvidos pelo Instituto ainda acreditam que a situa&ccedil;&atilde;o da economia deve melhorar nos pr&oacute;ximo meses.

O ministro da Casa Civil, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/rui%20costa">Rui Costa (PT)</a>, demonstrou otimismo com a queda na taxa de juros ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o do<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ipca"> &Iacute;ndice de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA)</a> de fevereiro abaixo do esperado.

Na avalia&ccedil;&atilde;o dele, em entrevista &agrave; CNN Brasil, nesta ter&ccedil;a-feira (11), a redu&ccedil;&atilde;o ocorrer&aacute; devido &agrave; entrada de d&oacute;lar no Brasil com novos investimentos por meio de concess&otilde;es e parcerias p&uacute;blicos privadas que ser&atilde;o estimuladas no plano de investimento que vem sendo elaborado pelo governo.

&quot;Os juros v&atilde;o cair com certeza. E esse otimismo e a entrada de d&oacute;lar no Brasil a partir desses investimentos e de uma nova imagem do Brasil haver&aacute; de contribuir, n&atilde;o tem raz&atilde;o para manter os juros no patamar que est&atilde;o. O maior juro do planeta. Hoje a sinaliza&ccedil;&atilde;o de queda da infla&ccedil;&atilde;o traz esse sentimento e refor&ccedil;a esse sentimento: de que os juros precisam cair&quot;, afirmou.

O IPCA, divulgado ontem, mostra que a infla&ccedil;&atilde;o ficou em 0,71% em mar&ccedil;o. Apesar do avan&ccedil;o, o resultado aponta para uma desacelera&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o ao m&ecirc;s de fevereiro, quando ficou em 0,84%.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/114100,governo-lula-retira-correios-ebc-e-outras-estatais-de-programas-de-privatizacao-confira-lista" target="_blank">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva comentou,</a> nesta quinta-feira (6) sobre a possibilidade de alterar a meta da infla&ccedil;&atilde;o: &#39;Se a meta de infla&ccedil;&atilde;o est&aacute; errada, muda-se a meta&#39;. <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/114064,governo-lula-pede-retirada-de-projeto-de-bolsonaro-que-isenta-militares-de-punicao" target="_blank">O pol&iacute;tico </a>ainda&nbsp;voltou a criticar o atual patamar da taxa de juros, que classificou como &ldquo;incompreens&iacute;vel&rdquo;.

&ldquo;&Eacute; no m&iacute;nimo uma coisa n&atilde;o razo&aacute;vel de ser dita, porque se a meta est&aacute; errada, muda-se a meta.&nbsp;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel a gente imaginar que voc&ecirc; possa estabelecer cr&eacute;dito com taxa de juros acima de 15, 16, 17, 18%. Tem gente pegando juro a 30% no mercado para fazer investimento&nbsp;[&hellip;]. Vamos ter que discutir com muita clareza quando eu voltar da China a quest&atilde;o de uma pol&iacute;tica de cr&eacute;dito para pequena e m&eacute;dia empresa, para cooperativas, para agroneg&oacute;cio, para agricultura familiar. Somente com a circula&ccedil;&atilde;o de dinheiro &eacute; que a gente vai poder retomar o crescimento da economia&rdquo;&nbsp;disse <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/114119,lula-e-convidado-pelo-primeiro-ministro-japones-para-participar-de-cupula-do-g7" target="_blank">Lula</a> no caf&eacute; da manh&atilde; com colunista.

O petista ainda mencionou uma declara&ccedil;&atilde;o do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que, para cumprir a atual meta de infla&ccedil;&atilde;o, a taxa b&aacute;sica de juros deveria ser de 26,5% ao ano, n&atilde;o os 13,75% vigentes.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/113439,lula-escolhe-novos-diretores-do-banco-central">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva </a>voltou a mostrar descontentamento com o atual n&iacute;vel da taxa de juros e disse que ningu&eacute;m aguenta mais ficar a cada 45 dias vendo uma parte do pa&iacute;s defendendo a taxa de juros alta e outra criticando o patamar. Na vis&atilde;o do presidente, &eacute; preciso &ldquo;encontrar caminhos para que a economia brasileira cres&ccedil;a para al&eacute;m daquela normalidade que todo mundo fala&rdquo;. Lula lembrou que durante os seus mandatos na Presid&ecirc;ncia de 2003 a 2010 em toda reuni&atilde;o do Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) tinha algu&eacute;m para fazer cr&iacute;tica ao aumento da taxa de juros, a redu&ccedil;&atilde;o ou para falar bem.

&ldquo;Eu digo todo dia, n&atilde;o tem explica&ccedil;&atilde;o para nenhum ser humano, no planeta Terra, a taxa de juros no Brasil estar a 13,75%. N&atilde;o existe explica&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o, como presidente da Rep&uacute;blica, eu n&atilde;o posso ficar discutindo cada relat&oacute;rio do Copom. N&atilde;o posso. Eles paguem o pre&ccedil;o pelo que est&atilde;o fazendo. A hist&oacute;ria julgar&aacute; cada um de n&oacute;s. A &uacute;nica coisa que eu sei &eacute; que a economia brasileira tem que crescer. N&oacute;s precisamos gerar emprego. O emprego &eacute; a &uacute;nica coisa que garante tranquilidade. Se seu pai trabalha, sua m&atilde;e trabalha, se voc&ecirc; trabalha, todo mundo ganha um pouco, a economia volta a crescer. &Eacute; esse pa&iacute;s que eu quero construir e &eacute; esse pa&iacute;s que vamos construir&rdquo;, afirmou, ap&oacute;s conhecer o submarino Humait&aacute;, durante visita nesta quinta-feira (23) ao Complexo Naval de Itagua&iacute;, na regi&atilde;o metropolitana do Rio de Janeiro, onde est&atilde;o sendo constru&iacute;dos os submarinos do Programa de Submarinos da Marinha (Prosub), considerado estrat&eacute;gico para a defesa nacional.

O presidente disse que ao completar 100 dias de governo ser&aacute; apresentado um novo programa de desenvolvimento para o Brasil. &ldquo;Quando a gente for anunciar o que aconteceu nos 100 dias, n&oacute;s vamos apresentar um outro programa de desenvolvimento desse pa&iacute;s. N&oacute;s temos que fazer estradas, pontes, rodovias, cuidar de saneamento b&aacute;sico, cuidar do tratamento da &aacute;gua, da sa&uacute;de, da educa&ccedil;&atilde;o. Tem tudo para fazer, porque que eu vou ficar brigando com os outros. Eu vou fazer. Fui eleito para fazer eu vou fazer&rdquo;, afirmou.

Para Lula, &eacute; preciso tamb&eacute;m acabar com as grandes diverg&ecirc;ncias que t&ecirc;m dividido o Brasil. Segundo o presidente, o pa&iacute;s passou os &uacute;ltimos quatro anos em &ldquo;uma xinga&ccedil;&atilde;o s&oacute;&rdquo; e &eacute; isso que pretende mudar. &ldquo;&Eacute; preciso reverter este pa&iacute;s. Ent&atilde;o eu vou fazer isso. &Eacute; minha miss&atilde;o, quase uma profiss&atilde;o de f&eacute;, provar que este pa&iacute;s vai voltar a ser um pa&iacute;s em que o povo viva de cabe&ccedil;a erguida, feliz, brincando. Corinthiano brincando com flamenguista, flamenguista brincando com vasca&iacute;no, palmeirense perdendo do Corinthians e ningu&eacute;m achando ruim com ningu&eacute;m. &Eacute; isso que eu desejo, e &eacute; isso que vai acontecer&rdquo;, disse.

Lula disse que n&atilde;o tem como fazer qualquer movimento para substituir o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, do cargo, porque a aprova&ccedil;&atilde;o do nome do ocupante da presid&ecirc;ncia da institui&ccedil;&atilde;o cabe ao Senado. Lula lembrou que nos mandatos anteriores conversava com Henrique Meirelles, que era o presidente do Banco Central, mas que agora, se Campos Neto n&atilde;o quiser, nem precisa falar com ele. 
&ldquo;Se esse cidad&atilde;o quiser, ele nem precisa conversar comigo. Ele s&oacute; tem que cumprir a lei que estabeleceu a autonomia do Banco Central. Ele precisa cuidar da pol&iacute;tica monet&aacute;ria, mas precisa cuidar tamb&eacute;m do emprego, cuidar da infla&ccedil;&atilde;o e da renda do povo. &Eacute; isso que est&aacute; na lei, basta ler a lei&rdquo;, disse, acrescentando que, a seu ver, Campos Neto n&atilde;o est&aacute; cumprindo com a sua miss&atilde;o. 
&ldquo;Todo mundo sabe que ele n&atilde;o est&aacute; fazendo [cuidar da pol&iacute;tica monet&aacute;ria, do emprego e da infla&ccedil;&atilde;o]. Se ele estivesse fazendo, eu n&atilde;o estava reclamando. Eu sou bobo de reclamar de uma coisa boa?&rdquo;, disse.

O presidente foi acompanhado na visita pela embaixadora da Fran&ccedil;a no Brasil, Brigitte Collet; pelas ministras da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o, Luciana Santos, e do Turismo, Daniela Carneiro; pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia, M&aacute;rcio Macedo; pelo ministro-chefe do Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, general Gon&ccedil;alves Dias; pelo presidente da Comiss&atilde;o de Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores e Defesa Nacional do Senado, senador Renan Calheiros; pela secret&aacute;ria-geral das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha; e dos CEO das principais empresas envolvidas no Prosub.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/92322,governo-do-estado-solicita-emprestimo-de-rdollar100-milhoes-a-al-ba-para-nova-rodoviaria.html#!" target="_blank">Baianos est&atilde;o pedindo mais empr&eacute;stimos</a> para conseguir custear o b&aacute;sico: as depesas com a casa, como para fazer uma mudan&ccedil;a, reforma ou compra de novas mob&iacute;lias. S&oacute; no &uacute;ltimo m&ecirc;s, as solicita&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito para esta finalidade representaram 12,7%, enquanto nesse mesmo per&iacute;odo do ano passado ficou em 8,8%, um aumento de 44%.

Os dados foram levantados pela Provu, fintech de solu&ccedil;&otilde;es financeiras, que ainda apontam para um decr&eacute;cimo na&nbsp;busca por dinheiro quando se fala em tentar uma nova oportunidade, empreendendo por conta pr&oacute;pria.&nbsp;Em fevereiro do ano passado, essa categoria foi respons&aacute;vel pela metade das requisi&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito (50,9%), e no &uacute;ltimo m&ecirc;s ficou em 40,9%.

&quot;Apesar de os pedidos voltados para o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/113326,prefeitura-lanca-salvador-lab-para-fomentar-o-empreendedorismo-academico#!" target="_blank">empreendedorismo&nbsp;</a>ca&iacute;rem de 51%&nbsp;para 41% por cento essa segue&nbsp;sendo a maior raz&atilde;o de pedidos no estado. Os pedidos para pagamentos de d&iacute;vidas tiveram uma leve queda no &uacute;ltimo ano, de 21,03% para 20,07%. O que pode&nbsp;dizer que &eacute; relativamente est&aacute;vel&quot;, explicou Cristiane Nunes, Gerente de Pol&iacute;tica de Cr&eacute;dito da Provu, sobre esta leve queda nos pedidos de empr&eacute;stimo para&nbsp;gastos como com o cart&atilde;o de cr&eacute;dito e cheque especial.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula" target="_blank">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a> voltou a criticar a alta taxa de juros da Selic, mantida em 13,75% <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/111630,pacheco-defende-independencia-do-banco-central" target="_blank">pelo Banco Central</a>, em contrapartida &agrave;&nbsp;estagna&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica do pa&iacute;s e propor&ccedil;&atilde;o de desempregados.

Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da BandNews, exibida nesta quinta-feira (2), o petista questionou a raz&atilde;o da taxa se manter em um n&iacute;vel alto mesmo sem o aumento do consumo entre os brasileiros.

Ele se mostrou ainda preocupado com a possibilidade do pa&iacute;s enfrentar uma crise <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/109705,banco-central-alerta-para-golpes-relativos-a-valores-a-receber" target="_blank">na oferta de cr&eacute;ditos nos pr&oacute;ximos meses</a>.

&quot;Qual explica&ccedil;&atilde;o voc&ecirc; tem para um juros de 13,75% em um pa&iacute;s onde a economia n&atilde;o est&aacute; crescendo, muito desemprego, emprego informal, trabalhadores ganhando pessimamente mal&quot;, afirmou Lula, colocando em cheque o poder do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Lula pontuou que n&atilde;o v&ecirc; incompatibilidade em tecer cr&iacute;ticas &agrave; atua&ccedil;&atilde;o do presidente, desde que n&atilde;o dissemine informa&ccedil;&otilde;es mentirosas a seu respeito.

&quot;N&atilde;o posso ser leviano e n&atilde;o dizer coisas verdadeiras, estou dizendo a m&aacute;xima verdade. N&atilde;o existe explica&ccedil;&atilde;o para essa taxa de juros [...] n&atilde;o tem nenhuma raz&atilde;o, &eacute; juros alto, s&oacute; isso&quot;, assegurou.

O &Iacute;ndice Geral de Pre&ccedil;os&ndash;10 (IGP-10), medido pela Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV), teve defla&ccedil;&atilde;o (queda de pre&ccedil;os) de 1,04% em outubro deste ano. O indicador j&aacute; havia apresentado defla&ccedil;&otilde;es em setembro &uacute;ltimo (-0,90%) e em outubro de 2021 (-0,31%). 
 
Apesar da queda de pre&ccedil;os em outubro e setembro, o IGP-10 ainda acumula infla&ccedil;&atilde;o de 6,33% no ano e de 7,44% em 12 meses. Em outubro de 2021, a infla&ccedil;&atilde;o acumulada pelo indicador era de 22,53%. 
 
Causas 
A queda de setembro para outubro foi puxada principalmente pelo leite e combust&iacute;veis. O &Iacute;ndice de Pre&ccedil;os ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma defla&ccedil;&atilde;o de 1,18% em setembro para uma queda de pre&ccedil;os de 1,44% em outubro. 
 
Por outro lado, o &Iacute;ndice de Pre&ccedil;os ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve infla&ccedil;&atilde;o de 0,17% no m&ecirc;s, ante defla&ccedil;&atilde;o de 0,14% de setembro. J&aacute; o &Iacute;ndice Nacional de Custo da Constru&ccedil;&atilde;o (INCC) foi de defla&ccedil;&atilde;o de 0,02% em setembro para infla&ccedil;&atilde;o de 0,01% em outubro. 
 
O IGP-10 &eacute; um indicador nacional e foi calculado com base em pre&ccedil;os coletados entre 11 de setembro e 10 de outubro. 
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O Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom) do Banco Central (BC) come&ccedil;a&nbsp;hoje&nbsp;(20), em Bras&iacute;lia, a&nbsp;sexta&nbsp;reuni&atilde;o do ano para definir a taxa b&aacute;sica de juros, a Selic, e pode manter o aperto monet&aacute;rio com mais um aumento na taxa, mas em menor n&iacute;vel do que nos &uacute;ltimos encontros, quando foi elevada em 0,5 ponto. Amanh&atilde; (21), ao fim do dia, o Copom anunciar&aacute; a decis&atilde;o.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1483318&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1483318&amp;o=node" />

Em&nbsp;comunicado&nbsp;ap&oacute;s a &uacute;ltima reuni&atilde;o, em agosto, o &oacute;rg&atilde;o informou que elevaria a taxa em 0,25 ponto nesse encontro&nbsp;de setembro, diante dos riscos de que a infla&ccedil;&atilde;o fique acima da meta em prazos mais longos. A alta de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa tamb&eacute;m pode for&ccedil;ar o BC a um novo aumento.

Entretanto, o colegiado est&aacute; dividido entre uma eleva&ccedil;&atilde;o&nbsp;para 14% ao ano, ou a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica em 13,75% ao ano, como espera o mercado financeiro. De acordo com o&nbsp;boletim Focus, a&nbsp;expectativa&nbsp;&eacute; que a Selic termine o ano nesse patamar. Al&eacute;m da reuni&atilde;o desta&nbsp;ter&ccedil;a e&nbsp;quarta-feira, o Copom tem mais dois encontros em 2022, em outubro e dezembro.

A queda da infla&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos dois meses tamb&eacute;m refor&ccedil;ou a previs&atilde;o das institui&ccedil;&otilde;es financeiras pela manuten&ccedil;&atilde;o da Selic. Em julho, houve&nbsp;defla&ccedil;&atilde;o&nbsp;de 0,68% e, em agosto,&nbsp;de 0,36%. Com esse &uacute;ltimo resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), o &Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA &ndash; a infla&ccedil;&atilde;o oficial do pa&iacute;s) acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses.

Taxa Selic

A taxa b&aacute;sica de juros &eacute; usada nas negocia&ccedil;&otilde;es de t&iacute;tulos p&uacute;blicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquida&ccedil;&atilde;o e Cust&oacute;dia (Selic) e serve de refer&ecirc;ncia para as demais taxas da economia. Ela &eacute; o principal instrumento do Banco Central para manter a infla&ccedil;&atilde;o sob controle. O BC atua diariamente por meio de opera&ccedil;&otilde;es de mercado aberto &ndash; comprando e vendendo t&iacute;tulos p&uacute;blicos federais &ndash; para manter a taxa de juros pr&oacute;xima do valor definido na reuni&atilde;o.

Quando o Copom aumenta a taxa b&aacute;sica de juros, a finalidade &eacute; conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos pre&ccedil;os porque os juros mais altos encarecem o cr&eacute;dito e estimulam a poupan&ccedil;a. Desse modo, taxas mais altas tamb&eacute;m podem conter a atividade econ&ocirc;mica. Ao reduzir a Selic, a tend&ecirc;ncia &eacute; de que o cr&eacute;dito fique mais barato, com incentivo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o e ao consumo, reduzindo o controle da infla&ccedil;&atilde;o e estimulando a atividade econ&ocirc;mica.

Entretanto, as taxas de juros do cr&eacute;dito n&atilde;o variam na mesma propor&ccedil;&atilde;o da Selic, que &eacute; apenas uma parte do custo do cr&eacute;dito. Os bancos tamb&eacute;m consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimpl&ecirc;ncia, lucro e despesas administrativas.

O Copom re&uacute;ne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, s&atilde;o feitas apresenta&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas sobre a evolu&ccedil;&atilde;o e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta de infla&ccedil;&atilde;o

Para 2022, a meta de infla&ccedil;&atilde;o que deveria ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monet&aacute;rio Nacional, &eacute; de 3,5%, com intervalo de toler&acirc;ncia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior &eacute; 2% e o superior &eacute; 5%. Para 2023 e 2024, as metas s&atilde;o 3,25% e 3%, respectivamente, com o mesmo intervalo de toler&acirc;ncia.

No &uacute;ltimo Relat&oacute;rio de Infla&ccedil;&atilde;o, divulgado no fim&nbsp;de junho&nbsp;pelo Banco Central, a autoridade monet&aacute;ria admitiu, oficialmente, o&nbsp;estouro da meta&nbsp;de infla&ccedil;&atilde;o em 2022.&nbsp;No documento, a estimativa &eacute; que o IPCA atingir&aacute; 8,8% em 2022. O pr&oacute;ximo relat&oacute;rio, j&aacute; com a contabiliza&ccedil;&atilde;o das &uacute;ltimas defla&ccedil;&otilde;es, ser&aacute; divulgado na semana que vem, dia 29.

A&nbsp;proje&ccedil;&atilde;o do mercado&nbsp;&eacute; de uma infla&ccedil;&atilde;o&nbsp;fechando o ano em 6%, de acordo com o&nbsp;boletim Focus&nbsp;de&nbsp;ontem&nbsp;(19). H&aacute; 12&ordf; semanas consecutivas as institui&ccedil;&otilde;es financeiras v&ecirc;m reduzindo a previs&atilde;o.

A caderneta de poupan&ccedil;a, aplica&ccedil;&atilde;o financeira mais tradicional dos brasileiros, continua a enfrentar a fuga de recursos. Em agosto, os brasileiros sacaram R$ 22,02 bilh&otilde;es a mais do que depositaram na poupan&ccedil;a, informou hoje (6) o Banco Central (BC). &Eacute; a maior retirada l&iacute;quida (saques menos dep&oacute;sitos) registrada para um m&ecirc;s desde o in&iacute;cio da s&eacute;rie hist&oacute;rica, em 1995. 
 
Com o desempenho de agosto, a poupan&ccedil;a acumula retirada l&iacute;quida de R$ 85,17 bilh&otilde;es nos oito primeiros meses do ano. Esta &eacute; a maior retirada acumulada para o per&iacute;odo desde o in&iacute;cio da s&eacute;rie hist&oacute;rica, em 1995. 
 
Em 2022, a caderneta registrou capta&ccedil;&atilde;o l&iacute;quida (mais dep&oacute;sitos que saques) apenas em abril, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,51 bilh&otilde;es. Nos demais meses, as retiradas superaram os dep&oacute;sitos, em um cen&aacute;rio de infla&ccedil;&atilde;o e endividamento altos, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic (juros b&aacute;sicos da economia), que tornam outras aplica&ccedil;&otilde;es de renda fixa mais atraentes. 
 
Em 2020, a poupan&ccedil;a tinha registrado capta&ccedil;&atilde;o l&iacute;quida (dep&oacute;sitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilh&otilde;es. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de t&iacute;tulos p&uacute;blicos no in&iacute;cio da pandemia de covid-19 e o pagamento do aux&iacute;lio emergencial, que foi depositado em contas poupan&ccedil;a digitais da Caixa Econ&ocirc;mica Federal. 
 
No ano passado, a poupan&ccedil;a tinha registrado retirada l&iacute;quida de R$ 35,5 bilh&otilde;es. A aplica&ccedil;&atilde;o foi pressionada pelo fim do aux&iacute;lio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada l&iacute;quida &ndash; diferen&ccedil;a entre saques e dep&oacute;sitos &ndash; s&oacute; n&atilde;o foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilh&otilde;es) e em 2016 (R$ 40,7 bilh&otilde;es). Naqueles anos, a forte crise econ&ocirc;mica levou os brasileiros a sacarem recursos da aplica&ccedil;&atilde;o.

Rendimento

At&eacute; recentemente, a poupan&ccedil;a rendia 70% da Taxa Selic (juros b&aacute;sicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplica&ccedil;&atilde;o passou a render o equivalente &agrave; taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros b&aacute;sicos est&atilde;o em 13,75% ao ano. O aumento dos juros, no entanto, foi insuficiente para fazer a poupan&ccedil;a render mais que a infla&ccedil;&atilde;o, provocando a fuga de alguns investidores. 
 
Nos 12 meses terminados em agosto, a aplica&ccedil;&atilde;o rendeu 6,72%, segundo o Banco Central. No mesmo per&iacute;odo, o &Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como pr&eacute;via da infla&ccedil;&atilde;o oficial, atingiu 9,6%. O IPCA cheio de agosto ser&aacute; divulgado no pr&oacute;ximo dia 9 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).

As contas do setor p&uacute;blico consolidado, formado por governo federal, estados, munic&iacute;pios e empresas estatais, registraram d&eacute;ficit prim&aacute;rio de R$ 33 bilh&otilde;es em maio deste ano. As informa&ccedil;&otilde;es, divulgadas hoje (29) pelo Banco Central (BC), mostram que o saldo negativo foi maior que o registrado em maio do ano passado, quando as contas fecharam com d&eacute;ficit de R$ 15,5 bilh&otilde;es.

De acordo com o relat&oacute;rio de Estat&iacute;sticas Fiscais, o resultado &eacute; decorrente de d&eacute;ficit no Governo Central e das empresas estatais, na ordem de R$ 40 bilh&otilde;es e R$ 307 milh&otilde;es, respectivamente. J&aacute; os governos regionais registraram superavit de R$ 7,3 bilh&otilde;es no m&ecirc;s.

O documento informa ainda que, nos 12 meses encerrados em maio, o super&aacute;vit prim&aacute;rio do setor p&uacute;blico consolidado atingiu R$ 119,9 bilh&otilde;es, equivalente a 1,32% do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado prim&aacute;rio &eacute; formado pelas receitas menos as despesas, sem considerar o pagamento de juros da d&iacute;vida p&uacute;blica.

Juros 
Os juros nominais do setor p&uacute;blico consolidado atingiram R$ 33 bilh&otilde;es em maio, frente a R$ 21,9 bilh&otilde;es em maio de 2021. De acordo com o BC, o resultado decorreu, em especial, do aumento da taxa Selic no per&iacute;odo, mais do que compensando a melhora na trajet&oacute;ria das opera&ccedil;&otilde;es de swap cambial (ganho de R$11 bilh&otilde;es em maio de 2021 e de R$26,7 bilh&otilde;es em maio de 2022).

O swap cambial &eacute; a venda de d&oacute;lares no mercado futuro. Os resultados dessas opera&ccedil;&otilde;es s&atilde;o transferidos para o pagamento dos juros da d&iacute;vida p&uacute;blica, como receita, quando h&aacute; ganhos, e como despesa, quando h&aacute; perdas.

No acumulado em 12 meses at&eacute; maio, os juros nominais somam R$ 500,5 bilh&otilde;es (5,51% do PIB), comparativamente a R$ 295,6 bilh&otilde;es (3,7% do PIB) nos 12 meses at&eacute; maio de 2021.

O BC informou ainda que o resultado nominal do setor p&uacute;blico consolidado, que inclui o resultado prim&aacute;rio e os juros nominais, foi deficit&aacute;rio em R$ 66 bilh&otilde;es, em maio de 2022. No acumulado de 12 meses, o d&eacute;ficit nominal alcan&ccedil;ou R$ 380,6 bilh&otilde;es (4,19% do PIB), elevando-se 0,26 ponto percentual em rela&ccedil;&atilde;o ao d&eacute;ficit acumulado at&eacute; abril de 2022.

D&iacute;vida P&uacute;blica 
A D&iacute;vida L&iacute;quida do Setor P&uacute;blico (DLSP), que corresponde ao balan&ccedil;o entre o total de cr&eacute;ditos e d&eacute;bitos dos governos federal, estaduais e municipais, fechou o m&ecirc;s de maio em R$ 5,3 trilh&otilde;es, o que corresponde a 58,8% do PIB, com aumento de 0,5 ponto percentual no m&ecirc;s.

J&aacute; a D&iacute;vida Bruta do Governo Geral (DBGG) &ndash; que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais &ndash; chegou a R$ 7,1 trilh&otilde;es ou 78,2% do PIB em maio de 2022, com redu&ccedil;&atilde;o de 0,8 ponto percentual do PIB no m&ecirc;s.

O &Iacute;ndice de Confian&ccedil;a do Com&eacute;rcio (Icom), da Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV) caiu 2,2 pontos em julho, na compara&ccedil;&atilde;o com junho, e chegou a 95,1 pontos, em uma escala de 0 a 200. A queda veio depois de duas altas consecutivas.

Empres&aacute;rios de quatro dos seis segmentos do com&eacute;rcio pesquisados pela FGV tiveram queda na confian&ccedil;a.

O &Iacute;ndice da Situa&ccedil;&atilde;o Atual, que mede a confian&ccedil;a no presente, caiu 2,9 pontos e chegou a 105,6. J&aacute; o &Iacute;ndice de Expectativas, que mede a percep&ccedil;&atilde;o do empresariado em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro, caiu 2,7 pontos e atingiu 84,8.

Segundo Rodolpho Tobler, economista da FGV, as medidas de est&iacute;mulo recentemente anunciadas pelo governo ainda devem sustentar o n&iacute;vel de demanda atual por mais alguns meses.

A infla&ccedil;&atilde;o e os juros altos, aliados a n&iacute;veis baixos da confian&ccedil;a do consumidor, devem segurar uma retomada mais consistente do setor, argumentou ele.

A perspectiva de alta dos juros no Brasil empurrou o d&oacute;lar para baixo e fez a moeda norte-americana fechar com a maior queda em duas semanas. A bolsa de valores n&atilde;o teve a mesma tranquilidade e caiu pela segunda sess&atilde;o consecutiva, pressionada por a&ccedil;&otilde;es de empresas exportadoras de&nbsp;commodities&nbsp;(bens prim&aacute;rios com cota&ccedil;&atilde;o internacional).

O d&oacute;lar comercial encerrou esta segunda-feira (18) vendido a R$ 4,648, com queda de R$ 0,048 (-1,02%). A cota&ccedil;&atilde;o iniciou as negocia&ccedil;&otilde;es pr&oacute;xima da estabilidade, mas despencou ap&oacute;s a abertura dos neg&oacute;cios no mercado norte-americano, at&eacute; fechar na m&iacute;nima do dia.

Essa foi a maior queda do d&oacute;lar desde 4 de abril. Com o desempenho de hoje, a moeda acumula baixa de 2,37% em abril. Em 2022, a divisa recua 16,64%.

O mercado de a&ccedil;&otilde;es teve um dia mais tenso. O &iacute;ndice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 115.687 pontos, com recuo de 0,43%. O indicador chegou a operar pr&oacute;ximo da estabilidade no meio da tarde, mas perdeu for&ccedil;a perto do fim da sess&atilde;o, pressionado por a&ccedil;&otilde;es de mineradoras e de petroleiras.

Num dia de feriado em diversos pa&iacute;ses da Europa, a desacelera&ccedil;&atilde;o da economia chinesa em mar&ccedil;o afetou os pap&eacute;is de empresas exportadoras de&nbsp;commodities. A imposi&ccedil;&atilde;o de&nbsp;lockdowns&nbsp;no pa&iacute;s asi&aacute;tico para conter os casos de covid-19 refor&ccedil;ou a perspectiva de que a China diminua a demanda por min&eacute;rios e por produtos agr&iacute;colas.

Em rela&ccedil;&atilde;o ao d&oacute;lar, o real teve um dos melhores desempenhos do planeta nesta segunda-feira por causa da perspectiva de que o Banco Central brasileiro suba a taxa Selic (juros b&aacute;sicos da economia) al&eacute;m do previsto. O fato foi refor&ccedil;ado ap&oacute;s o IGP-10 da Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV) subiu 2,48% em abril.

Os dados mostram que a pr&eacute;via dos &iacute;ndices de infla&ccedil;&atilde;o continua alta, for&ccedil;ando a autoridade monet&aacute;ria a manter o aperto nos juros. Taxas mais altas em pa&iacute;ses emergentes, como o Brasil, ajudam a conter a fuga de capitais para economias desenvolvidas, que tamb&eacute;m aumentam juros neste ano.

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