Dores crônicas já atingem quase metade da população brasileira

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Saúde

28 de setembro de 2023 às 12h08

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Em casa, no trabalho, na faculdade ou numa roda de amigos, tem sido cada vez mais comum ouvir alguém se queixar de dores que não passam com o tempo. Isso não é à toa, já que, segundo um estudo produzido em 2021 por pesquisadores ligados à Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed) e a várias universidades e faculdades no país, as dores crônicas — que duram mais de três meses — estão presentes em 45,5% da população nacional. Quatro anos antes, em 2017, a Sbed apontava uma incidência de 39%.

Muitos casos podem ser decorrentes de doenças crônicas, como o diabetes, e reumáticas, como a fibromialgia, mas não se restringem a elas. “Caiu por terra aquela crença de que só idosos sofrem de dores físicas constantes. A OMS, por exemplo, mostra que 80% da população mundial já teve ou terá dores na coluna”, observa o médico ortopedista Gilvan Landim, membro da Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas da Dor (Sobramid) e diretor do Instituto Landim, clínica da dor localizada em Salvador.

O fato de serem comuns, porém, não deve levar as pessoas a se conformar com essas dores, ressalta Gilvan. “Se o incômodo persistir após três meses, é sinal de que o corpo perdeu o controle do sistema de dor, então, esse incômodo deixa de ser sintoma de alguma doença e passa a configurar o problema em si”, afirma o especialista.

Isso tende a afetar tanto a vida pessoal como a profissional de quem sofre do problema. “Por causa da dor, o indivíduo se vê limitado na hora de fazer suas obrigações e menos disposto a participar de atividades de lazer, o que pode dificultar os relacionamentos interpessoais e até provocar isolamento social”, acrescenta ele.

Tratamento — A dor é um problema multifatorial, ou seja, passa não só por fatores biológicos mas também psicológicos e sociais. Por tal motivo, é importante buscar um especialista no tema, que irá fazer o diagnóstico e recomendar o tratamento mais adequado a cada situação, seja esse conservador ou minimamente invasivo, como os bloqueios ou infiltrações. “Há uma gama de possibilidades, e só um especialista saberá lidar com o paciente da melhor maneira possível, conforme o tipo de dor e a consequente reação ao tratamento indicado”, esclarece Gilvan.

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