Conhecido no mundo político por se destacar como uma das mais proeminentes lideranças de direita e antipetista na última década, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), tem incomodado aliados ao rejeitar fazer uma "oposição dura" ao governo Lula (PT).
De acordo com informações do jornal Tribuna da Bahia, o ex-deputado não pretende se aliar ao atual governo, mas entende que seria uma estratégia errada se colocar em uma posição de enfrentamento à gestão petista em Brasília.
Parlamentares do União Brasil também mostram incômodo com movimentos recentes do presidente da sigla, Luciano Bivar, e com o senador Davi Alcolumbre, que sonha em retornar à presidência do Senado com apoio do governo, além de negociar cargos com Lula, mesmo contra a sua bancada.
Outros correligionários questionam a posição de "adesismo" da legenda, confirmando a sua posição no Centrão, caminhando junto ao governo em exercício - independente de quem seja o seu representante.
Para o ex-senador José Agripino, Bivar aproveitou o desaparecimento de ACM Neto dos holofotes com a derrota ao Governo da Bahia, para negociar cargos com o Planalto sem o seu aval.
“A maioria do União Brasil é centrista e não vai fazer parte de forma aderente ao governo. A participação nos três ministérios não determina que o partido esteja na base do Lula”, pontuou Agripino.
