Pela primeira vez sem ocupar oficialmente um cargo público em mais de 30 anos, o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) afirmou que não tem interesse em ocupar um cargo de secretário na gestão de Bruno Reis na Prefeitura de Salvador.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) confirmou nesta segunda-feira (6), em entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da rádio BandNewsFM, que prefere apostar na acirrada disputa pela vaga no conselho do Tribunal de Contas do Município (TCM).
"Prefiro lutar por uma vaga no TCM", revelou Nilo.
"Eu lhe digo de coração, estava torcendo para não ser convidado por Bruno e ele sabe disso, e eu não gostaria de dizer não. Mas não faço política em Salvador, não sei fazer política em Salvador. Quero continuar na vida pública, então quero o apoio dos 20 deputados da oposição", completou o ex-deputado, reforçando que o grupo precisa focar em uma candidatura para ter os votos necessários para entrar na disputa.
Além de conseguir a confiança dos novos aliados que formam o bloco de oposição ao governo de Jeronimo Rodrigues (PT) na AL-BA, Nilo deve enfrentar uma difícil concorrente: a ex-primeira dama da Bahia, Aline Peixoto.
"Eu acho que tenho chance. Você dizer que vai ganhar para esposa do chefe da Casa Civil não é tarefa fácil, mas eu vou lutar", garante.
O cargo poderia ser utilizado como uma recompensa após Nilo romper com a base petista na Bahia e migrar para apoiar a candidatura de ACM Neto (União) ao Governo da Bahia em 2022.
Neste movimento, esperava sair como postulante a vice na chapa, mas viu o balde de água fria ser jogado com o anúncio da empresária Ana Coelho, também indicada pelo partido.
Ele enfrentava resistência de quadros próximos a ACM, como o deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT), com quem teve desavenças pessoais.
