Sinjorba repudia Rede Bahia após polêmica envolvendo racismo

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Bahia

28 de outubro de 2021 às 18h57

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Após acusação de racismo envolvendo a Rede Bahia, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba) repudiou a atitude da emissora. A polêmica surgiu quando o coordenador de esportes, Hildazio Santana, publicou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (28), que sofreu racismo dentro da emissora pelo diretor de jornalismo, Eurico Meira. Segundo o relato, o diretor o demitiu por ter "subtraído", "furtado" uma cafeteira. No entanto, Santana afirmou que apenas retirou o equipamento de uma sala e deslocou para outra dentro da empresa.

 

Confira declaração do Sinjorba na íntegra:

"A diretoria do Sinjorba leu estarrecida o relato do colega Hildazio Santana sobre sua demissão da Rede Bahia. Leu ainda mais estarrecida a nota diminutiva emitida pela empresa nesta quinta (28), após vir a público o fato envolvendo um jornalista, seu chefe e uma máquina de café, que culminou, como sempre, no arrebento da corda na parte mais fraca.

Demitido, Hildazio Santana, ex-coordenador de esportes no Jornalismo da empresa, escreveu em suas redes sociais sobre o motivo de sua demissão. Segundo seu relato, numa noite de trabalho, foi à sala da Diretoria e pegou uma máquina de café, levando-a à outra sala, para ser usada pela equipe de plantão. No dia seguinte, foi chamado pelo ex-chefe, Eurico Meira, diretor de Jornalismo da Rede Bahia e, após ouvir insinuações de que tivesse tido o objetivo de furtar o equipamento, foi desligado por expensas patronal, lógico, depois de ser ameaçado de justa causa.

Se o equipamento continuou nas dependências da empresa e foi usado de maneira pública (situação evidenciada pelas câmeras de segurança), a palavra furto não se aplica. Talvez, por regulamento interno, usar a máquina de café da Diretoria seja proibido. Hildazio teria cometido, então, uma falha de ordem trabalhista. E só. Funcionário da emissora por 20 anos, com sete promoções (como o próprio relatou), é forçar a barra insinuar qualquer coisa além disso. Talvez fosse o caso de a Rede Bahia mostrar o regulamento e suas penalidades.

Ao tempo em que se solidariza com Hildazio, o Sinjorba, à luz do relato, questiona a empresa se tal ocorrido justifica uma demissão, se justifica uma insinuação de tentativa de furto e se a suspeita de ter cometido racismo é a imagem que a Rede quer passar à sociedade baiana.

Negro, pobre, batalhador e vencedor, o jornalista Hildazio Santana poderia ser pauta do programa Conversa Preta, da emissora. Mas, longe das câmeras e da audiência de sábado à noite, foi reduzido pelo julgo típico de ambientes onde cada um deve saber qual é o seu lugar, especialmente se não for branco e rico. Foi mandado ao Departamento Pessoal. Por pouco não foi levado à polícia. Na Rede Bahia, tomar café na máquina da sala do chefe é proibido".

 

 

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