PF investiga vazamento do gabarito do Enem 2016, diz TV

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Brasil

14 de novembro de 2016 às 07h46

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Depois da denúncia de que o tema do Enem 2016 teria vazado antes da prova, a Polícia Federal agora investiga o vazamento do gabarito de uma das provas, segundo reportagem do "Fantástico", da TV Globo, exibida neste domingo (13). O Enem foi realizado nos dias 5 e 6 deste mês.

Segundo o programa, escutas telefônicas que a PF conseguiu mostram que uma quadrilha de Montes Claros, em Minas Gerais, conseguiu as respostas para as provas de cor azul de Ciências Humanas e Ciências da Natureza, que aconteceu no sábado passado. As provas do Enem têm cores (rosa, azul, amarelo, cinza ou branco). As questões são as mesmas, mas a ordem é trocada em cada uma das cores.

Um informante recebeu o gabarito apenas seis minutos depois do fechamento dos portões, mostra a reportagem. Meia hora depois, essas respostas já estavam sendo passadas por ponto eletrônico para o candidato Antônio Diego Lima Rodrigues, que fez a prova em Fortaleza. Em menos de sete minutos, o candidato tinha todas as respostas em mãos. Antônio foi preso em flagrante e também e estava também com o texto da redação pronto, prestes a ser transcrito.

Em Belo Horizonte, a candidata Sofia Azevedo pagaria R$ 100 mil à quadrilha pelas respostas. Ela pagou antecipadamente R$ 10 mil, de entrada, e o restante seria quitado caso ela fosse aprovada na faculdade. Ela foi presa em flagrante, mas já foi solta ao pagar fiança. O advogado da jovem alega que ela foi "aliciada" e que se trata de uma vítima dos fraudadores.

Pelo menos três membros da quadrilha foram presos pela PF em um hotel de Montes Claros, que servia de base para a transmissão das respostas aos candidatos que haviam pago pelo gabarito.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que as fraudes descobertas não colocam em risco o Enem. "“O calendário está mantido. As fraudes são resultado de uma ação de inteligência articulada entre Polícia Federal e Inep. Os responsáveis serão punidos e os candidatos envolvidos na ação fraudulenta, excluídos", diz. De acordo com o delegado que conduziu as investigações, Marcelo Freitas, a quadrilha teria uma atuação em 3 Estados. O pagamento pelo gabarito variava entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. 

Anulação
O esquema denunciado é parecido com o desmontado domingo (6), no dia da prova, quando onze pessoas em oito estados foram presos.  Com o suposto vazamento do tema da redação, o Ministério Público Federal no Ceará chegou a pedir a anulação desta prova específica, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça. 

O ministro da Educação negou na época que o tema da redação tenha vazado e disse que nem ele sabia previamente qual seria.

Fonte: G1

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