Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na manhã desta quarta-feira (20), a promotora do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Rita Tourinho, afirmou que desde 2003 o órgão recebe representações que apontam irregularidades que envolvem alvarás de táxi em Salvador.
Em maio deste ano, o órgão pediu a suspensão das transferências de alvarás até que todos taxistas da cidade sejam recadastrados. “A gente quer saber qual é o quadro real desse sistema. Precisamos saber qual é o cenário real do sistema de táxi. Porque não adianta ficar criando regulamento que não se adequa a realidade. A partir desse credenciamento, se fará um estudo para definir um regulamento. Estamos vivendo uma nova realidade, inclusive com a chegada do Uber”, disse na Rádio Metrópole.
Ainda na oportunidade, a promotora afirmou que não há um controle eficiente da Secretaria de Mobilidade Urbana do município, comandada por Fábio Mota. “O que estou percebendo é que esse controle não existe. Não existe de forma eficiente. Não se pode ir de encontro a realidade. Não adianta criar normas, regras que não sejam cumpridas, somente como uma forma de dar satisfação ao público, quando na verdade isso vai ser de difícil implementação”.
E continua: “nós temos mantido contato constante com o secretário. A gente tem que ter noção do que acontece no serviço, porque por enquanto é um faz de conta. O que está acontecendo no serviço de táxi hoje é um faz de conta”, disse e ressaltou que o problema se arrasta por alguns anos. “É bom que fique bem claro que não é um problema criado neste momento. Hoje não existe controle algum sobre o sistema pelo próprio número de alvarás”.
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