Maior partido na Federação com PCdoB e PV, o PT pretende lançar mais de um terço dos candidatos à Câmara Municipal de Salvador que o grupo terá de lançar – 24 dos 44 permitidos pela Lei Eleitoral.
Atualmente, os petistas ocupam quatro cadeiras na Casa (Arnando Lessa, Luiz Carlos Suíca, Marta Rodrigues e Tiago Ferreira), contra dois comunistas (Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira) e um verde (André Fraga), que sequer está alinhado ideologicamente com o time.
De acordo com o líder do PT no Legislativo soteropolitano, Tiago Ferreira, o número corresponde ao critério de "proporcionalidade". "Nós temos quatro mandatos, portanto temos a obrigação de colocar um número maior de candidatos. Isso para nós daria em torno de 24 nomes, no máximo. O PCdoB em torno de 13 ou 14 e o PV entre 7 e 8. Então acho que cada um deve cumprir a sua cota", defendeu o vereador, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM.
Na avaliação de Ferreira, a medida não apertaria o espaço das outras siglas na chapa proporcional. "Digamos que o PCdoB tem dois e quer eleger dois. Ele precisa pelo menos trabalhar para colocar 60 mil votos na urna. O PT precisa colocar quatro. Nós precisamos colocar pelo menos 120 mil votos na urna. O PV quer eleger um, ou seja, precisa colocar pelo menos 30 mil votos na urna. Isso para não ocorrer o que aconteceu com a bancada de deputados estaduais, que a gente diminuiu. Houve uma concentração por parte de um dos partidos e a gente perdeu duas vagas na Assembleia Legislativa. Então, se isso não ocorrer, nós também vamos reduzir o número de candidatos, porque não dá para a gente botar mais votos e eleger vereadores de outro partido que não fez o mesmo esforço. Então, é importante que o esforço seja compartilhado, todos possam apresentar nomes competitivos para botar voto na urna", calculou.
Segundo Marta Rodrigues, a meta do PT este ano é conquistar oito cadeiras na eleição de outubro. Já Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira estimam que o PCdoB fará três vereadores.
