Empossada como ministra, Tebet diz sobre convite de Lula: "Não quer apenas os iguais"

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Luiz Felipe Fernandez

Política

05 de janeiro de 2023 às 11h32

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Em seu discurso na cerimônia de posse como ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) contou nesta quarta-feira (4) detalhes do convite feio a ela pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tebet, candidatada à presidência que aderiu à frente ampla no segundo turno em apoio a Lula, foi uma das personagens importantes na reta final da campanha, se consolidando como uma liderança feminina e com um perfil mais ao centro. Nos debates, ela teve participação importante, sendo uma das candidatas mais combativas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a emedebista, ela ficou surpresa quando descobriu qual pasta tinha sido convidada a comandar. O convite foi entregue em um envelope pelo próprio presidente, que pediu a Tebet que só abrisse após o Natal.

"Ele disse para mim 'não abra agora, passe um Natal tranquilo com a família e segunda conversamos. Quando nos encontramos e puxamos o assunto eu falei que fiquei curiosa. Quando abri o envelope estava 'Ministério do Planejamento e Orçamento'", contou a ex-senadora.

As suas posições acerca de políticas públicas voltadas para o campo social e as pautas de "costume", segundo Tebet, são pontos que a aproximam, justamente, das aspirações do governo Lula, e que sua diferença maior seria no que tange à economia.

"Tenho total sinergia com pauta social, de costumes, mas fui parar na pauta econômica [...] Quando abri minha boca para dizer que achava que tinha algum equívoco, mas nesta pauta com Haddad, Alckmin, temos divergências econômicas, ele simplesmente me ignorou como quem diz: 'É isso que eu quero'. Um presidente democrata, que não quer apenas os iguais, mas os diferentes para se somar. É assim que se constrói uma nação soberana, igual e justo para todos", relembrou.

Emocionada, Tebet lembrou a sua participação na luta pela redemocratização nos anos 1980, até o momento que culminou na ligação do primeiro presidente pós-Ditadura Militar, José Sarney, para avisá-la que adiou a sua viagem para comparecer à sua posse.

"Gratidão a Deus por viver esse momento: ao presidente Lula, pela confiança absoluta em entregar a mim uma das pastas mais importantes do seu governo, do nosso governo, do PT  da frente ampla democrática do Brasil. O Ministério do Planejamento trata do futuro, mas também do presente. O orçamento brasileiro está presente na vida dos quase 220 milhões de brasileiros e brasileiras. Fala do futuro e do Brasil que queremos ser", refletiu a nova ministra.

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