Alan Sanches justifica vitória de Jerônimo contra ACM Neto: "Não é só voto, é emoção"

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Luiz Felipe Fernandez

Política

07 de dezembro de 2022 às 11h34

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Foto: Vagner Souza /Salvador FM

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Deputado estadual há 12 anos na Bahia, Alan Sanches (União) tem a seu favor a experiência em diferentes eleições nos últimos anos. Ventilado como um dos possíveis líderes da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em 2023, o parlamentar analisou a vitória do governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) contra o seu aliado ACM Neto (União).

Mesmo enaltecendo o ex-prefeito de Salvador e elogiando o seu "currículo" em comparação ao adversário petista no pleito, Alan Sanches reconhece o mérito dos adversários em conseguir conectar à sua figura ao do presidente Lula (PT) e nacionalizar o debate eleitoral.

"O efeito Lula, na Bahia e no Nordeste, mostrou muita força. O governo do estado se apegou muito nisso, Jerônimo a gente sabe que não era muito conhecido, mas conseguiu 'linkar' o nome de Lula ao dele e conseguiu essa vitória expressiva", pontuou Alan Sanches em entrevista ao programa Fora do Plenário, da rádio Salvador FM, na noite desta terça-feira (7).

O próprio desconhecimento dos eleitores acerca de Jerônimo é o que faz o parlamentar discordar dos que colocam a derrota na conta da escolha de ACM Neto pela empresária Ana Coelho para a vice.

"Eu poderia falar como todos falam, que a vice era desconhecida, mas o governador que foi eleito também era. Poderia ter sido Zé Ronaldo, mas hoje é muito mais fácil falar sobre isso [...] se você for me perguntar, eu digo com a pureza da alma, foi o efeito Lula", complementa.

A migração do MDB para a base petista também foi um fator importante na avaliação de Sanches. No entanto, ele acredita que o fator emocional pode ter contado muito mais do que a própria força e tamanho do partido.

"Com o MDB conseguiram um fato não de densidade eleitoral, mas mexeu muito com o psicológico, e tudo isso influencia a eleição. Eleição não é só voto, é muita emoção, um momento curto e que mexe com a emoção das pessoas", descreve o deputado, lembrando polêmicas bem exploradas pela campanha petista, como a autodeclaração racial de Neto.

"Uma boa propaganda, boa comunicação, são momentos que o outro lado pegou muito bem, como o lance de pardo e não pardo, detalhes pequenos que não mexeriam com a política, mas acabam mexendo", conclui.

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