O Boletim InfoGripe da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado&nbsp;hoje&nbsp;(24), confirma a tend&ecirc;ncia de queda dos casos de S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria Aguda Grave (SRAG) no pa&iacute;s verificada nas &uacute;ltimas semanas. De acordo com a Fiocruz, desde o in&iacute;cio da pandemia de covid-19, cerca de 99% dos casos da s&iacute;ndrome com identifica&ccedil;&atilde;o laboratorial de v&iacute;rus respirat&oacute;rio d&atilde;o positivo para o novo coronav&iacute;rus.

A an&aacute;lise &eacute; feita com base nos dados inseridos no Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o da Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica da Gripe (Sivep-Gripe). No boletim s&atilde;o considerados os dados de at&eacute;&nbsp;20 de setembro.

O relat&oacute;rio aponta que apenas Esp&iacute;rito Santo, Piau&iacute; e Rond&ocirc;nia apresentam sinal de crescimento na tend&ecirc;ncia de longo prazo, que considera as &uacute;ltimas seis semanas, at&eacute; a Semana Epidemiol&oacute;gica 37, que compreende o per&iacute;odo de 12 a&nbsp;18 de setembro.

A tend&ecirc;ncia de queda foi verificada em 12 estados: Amazonas, Cear&aacute;, Goi&aacute;s, Maranh&atilde;o, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Para&iacute;ba, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, S&atilde;o Paulo e Sergipe.

Do total, seis unidades federativas &ndash; Amap&aacute;, Amazonas, Bahia, Pernambuco, Rio&nbsp;de Janeiro&nbsp;e Tocantins &ndash; apresentam sinal de crescimento apenas na tend&ecirc;ncia de curto prazo, que considera as &uacute;ltimas tr&ecirc;s semanas. Apenas o Rio&nbsp;de Janeiro&nbsp;ainda n&atilde;o atingiu valores inferiores aos observados em 2020.

Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ao contr&aacute;rio do que ocorreu em outros pa&iacute;ses, a dissemina&ccedil;&atilde;o da variante Delta no Brasil n&atilde;o levou a um aumento exponencial dos indicadores da epidemia. &ldquo;Mesmo o Rio&nbsp;de Janeiro, principal fonte de preocupa&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos meses, j&aacute; interrompeu essa tend&ecirc;ncia e registrou&nbsp;queda&nbsp;em semanas recentes&rdquo;, disse.

O pesquisador destaca que a variante Delta pode n&atilde;o&nbsp;ter&nbsp;avan&ccedil;ado no pa&iacute;s por causa da proximidade em rela&ccedil;&atilde;o aos picos extremamente altos em mar&ccedil;o e maio, o que pode&nbsp;ter&nbsp;elevado o n&uacute;mero de pessoas ainda com algum n&iacute;vel de imunidade, al&eacute;m do avan&ccedil;o gradual da vacina&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, apesar do cen&aacute;rio positivo, para Gomes n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel garantir ainda que &ldquo;o pior j&aacute; passou&rdquo;.

Idades

Na an&aacute;lise por faixas et&aacute;rias, o boletim indica queda sustentada desde a segunda quinzena&nbsp;de agosto&nbsp;nos casos de SRAG entre crian&ccedil;as e adolescentes, de zero a 19 anos, ap&oacute;s um per&iacute;odo de estabiliza&ccedil;&atilde;o. Apesar da boa perspectiva, a Fiocruz ressalta que as estimativas est&atilde;o em valores pr&oacute;ximos ao registrado no pico&nbsp;de julho&nbsp;de 2020, com 1 mil a 1,2 mil casos por semana.

Nas faixas de 20 a 59 anos, o n&uacute;mero de interna&ccedil;&otilde;es por s&iacute;ndrome retornou ao patamar de baixa verificado em outubro de 2020. Por&eacute;m, a Fiocruz destaca que o n&iacute;vel para aqueles com mais de 60 anos continua alto.

&ldquo;Enquanto a redu&ccedil;&atilde;o expressiva no n&uacute;mero de casos de SRAG na popula&ccedil;&atilde;o adulta &eacute; reflexo do impacto da campanha de vacina&ccedil;&atilde;o escalonada, que permitiu proteger essa popula&ccedil;&atilde;o durante o aumento na transmiss&atilde;o nos meses&nbsp;de abril&nbsp;e maio, a estabiliza&ccedil;&atilde;o em valores relativamente mais altos na popula&ccedil;&atilde;o mais jovem &eacute; reflexo da manuten&ccedil;&atilde;o de transmiss&atilde;o elevada na popula&ccedil;&atilde;o em geral&rdquo;, diz o boletim.

Os indicadores da Fiocruz para a transmiss&atilde;o comunit&aacute;ria do novo coronav&iacute;rus apontam que a maioria das capitais est&atilde;o em macrorregi&otilde;es de sa&uacute;de com n&iacute;vel alto ou superior, &ldquo;embora diminuindo gradativamente&rdquo;.

Das 27 capitais, S&atilde;o Lu&iacute;s est&aacute; com classifica&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de em n&iacute;vel epid&ecirc;mico. Aracaju, Bel&eacute;m, Boa Vista, Cuiab&aacute;, Fortaleza, Jo&atilde;o Pessoa, Macap&aacute;, Macei&oacute;, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Salvador, Teresina e Vit&oacute;ria est&atilde;o em n&iacute;vel alto. J&aacute; Campo Grande, Curitiba, Florian&oacute;polis, Rio&nbsp;de Janeiro&nbsp;e S&atilde;o Paulo est&atilde;o em n&iacute;vel muito alto; e Belo Horizonte, Bras&iacute;lia e Goi&acirc;nia est&atilde;o em n&iacute;vel extremamente alto.

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Fiocruz: síndrome respiratória aguda grave mostra tendência de queda

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