O<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/124291,novo-grupo-de-repatriados-de-gaza-chegara-ao-brasil-nesta-madrugada" target="_blank"> terceiro grupo de brasileiros e seus parentes que estavam na Faixa da Gaza, no Oriente M&eacute;dio</a>, chegaram, &agrave;s 6h53 deste s&aacute;bado (23), a Bras&iacute;lia, no avi&atilde;o KC-30 da For&ccedil;a A&eacute;rea Bras&iacute;lia (FAB). O voo decolou do Cairo, capital do Egito, na tarde desta sexta-feira (22), e durou 13 horas e 56 minutos.&nbsp;

Ao todo, estavam a bordo deste voo 30 pessoas repatriadas pela Opera&ccedil;&atilde;o Voltando em Paz, coordenada pelo governo federal, por meio da atua&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (MRE), do Minist&eacute;rio da Defesa e da FAB. S&atilde;o elas cinco homens, 11 mulheres e 14 crian&ccedil;as, a maioria palestinos, que moravam em Gaza.

Inicialmente, 32 pessoas estavam na lista do MRE para embarcar com destino ao Brasil, por&eacute;m, um dos passageiros desistiu da viagem e um homem idoso sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) antes do embarque e foi encaminhado a um hospital eg&iacute;pcio.

Ao desembarcarem, os 30 repatriados foram acolhidos por servidores dos Minist&eacute;rios das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, do Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social, Fam&iacute;lia e Combate &agrave; Fome para atendimento m&eacute;dico e psicol&oacute;gico, confer&ecirc;ncia de documenta&ccedil;&atilde;o de migra&ccedil;&atilde;o, aplica&ccedil;&atilde;o de vacinas, se necess&aacute;rias, e cadastramento para recebimento de assist&ecirc;ncia social. Funcion&aacute;rios da Ag&ecirc;ncia da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) tamb&eacute;m recepcionaram os repatriados.&nbsp;

O governo federal informou que alguns dos repatriados que chegaram a Bras&iacute;lia partir&atilde;o em novos voos, ainda neste s&aacute;bado, sendo que quatro repatriados seguir&atilde;o para Rio de Janeiro, 23 a S&atilde;o Paulo, em voos da FAB. E os tr&ecirc;s restantes viajar&atilde;o a Vit&oacute;ria (ES), em voo comercial, com passagens adquiridas pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. &nbsp;O objetivo &eacute; que esses passageiros passem o Natal nestes destinos. Alguns deles t&ecirc;m parentes residentes no Brasil ou que vieram em voos anteriores da Opera&ccedil;&atilde;o brasileira.

Desde o in&iacute;cio do conflito, s&atilde;o 1.555 passageiros e 53 pets resgatados em 13 voos que j&aacute; regressaram ao Brasil, vindos tanto de Israel como da Faixa de Gaza.

O segundo grupo de brasileiros repatriados da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/faixa%20de%20gaza">Faixa de Gaza</a> chegar&aacute; ao <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/brasil">Brasil</a> na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/fab">For&ccedil;a A&eacute;rea Brasileira (FAB)</a>, decolou do Cairo, capital do Egito, &agrave;s 19h03 (hora local) e deve pousar &agrave;s 3h20 na Base A&eacute;rea de Bras&iacute;lia.

O grupo &eacute; formado por 48 pessoas. Ontem (9), eles receberam autoriza&ccedil;&atilde;o para cruzar a fronteira de Rafah em dire&ccedil;&atilde;o ao Egito, onde foram recepcionados por diplomatas brasileiros e embarcaram neste domingo (10) para o Brasil.

Segundo o Itamaraty, 24 pessoas que estavam na lista enviada pelo Brasil n&atilde;o tiveram autoriza&ccedil;&atilde;o para cruzar a fronteira.

Desde o in&iacute;cio da guerra entre <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> e o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>, em outubro, o governo brasileiro j&aacute; retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses. No total, a FAB j&aacute; realizou 11 voos de repatria&ccedil;&atilde;o por meio da Opera&ccedil;&atilde;o Voltando em Paz.

O primeiro grupo resgatado chegou ao pa&iacute;s no dia 13 de novembro, tamb&eacute;m em um voo que saiu do Cairo em dire&ccedil;&atilde;o ao Brasil. Na ocasi&atilde;o, desembarcaram em Bras&iacute;lia 22 brasileiros e seus familiares palestinos.

Entidades internacionais de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/ajuda%20humanitaria">ajuda humanit&aacute;ria</a> afirmaram neste domingo (29) que os caminh&otilde;es com rem&eacute;dios e mantimentos liberados por autoridades israelenses para atender a popula&ccedil;&atilde;o civil na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/faixa%20de%20gaza">Faixa de Gaza</a> ocorre em n&uacute;mero insuficiente.

Segundo a organiza&ccedil;&atilde;o M&eacute;dicos Sem Fronteiras (MSF), antes do in&iacute;cio da Guerra entre o Estado de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> e o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>, cerca de 300 a 500 caminh&otilde;es com suprimentos entravam diariamente em Gaza para ajudar a popula&ccedil;&atilde;o. Desde o &uacute;ltimo dia 20, foram autorizados a entrar no enclave apenas 118 caminh&otilde;es.

&ldquo;Uma resposta extremamente inadequada &agrave;s necessidades constantes e crescentes em Gaza&rdquo;, destacou a organiza&ccedil;&atilde;o MSF, em publica&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Antes do dia 7 de outubro, entre 300 e 500 caminh&otilde;es de suprimentos entravam em Gaza todos os dias, em uma regi&atilde;o onde a maioria das pessoas j&aacute; dependia de ajuda humanit&aacute;ria&rdquo;.

De acordo com o presidente internacional da MSF, Christos Christou, a entidade est&aacute; pronta para aumentar a ajuda humanit&aacute;ria a Gaza, com equipes e suprimentos m&eacute;dicos de prontid&atilde;o. &ldquo;Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esfor&ccedil;o para aumentar a ajuda m&eacute;dica ser&aacute; inevitavelmente insuficiente&rdquo;, disse.

&ldquo;Pessoas indefesas est&atilde;o sendo submetidas a bombardeios terr&iacute;veis. As fam&iacute;lias n&atilde;o t&ecirc;m para onde correr ou se esconder enquanto o inferno &eacute; lan&ccedil;ado sobre elas. Precisamos de um cessar-fogo agora&rdquo;, acrescentou.

Armaz&eacute;ns

Ag&ecirc;ncia da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) para Refugiados da Palestina (UNRWA) informou que milhares de pessoas invadiram ontem (28) armaz&eacute;ns e centros de distribui&ccedil;&atilde;o da ag&ecirc;ncia nas &aacute;reas central e Sul da Faixa de Gaza para pegar farinha de trigo e itens b&aacute;sicos de sobreviv&ecirc;ncia, como suprimentos de higiene pessoal.

&ldquo;Este &eacute; um sinal preocupante de que a ordem civil come&ccedil;a a ruir depois de tr&ecirc;s semanas de guerra e de um cerco rigoroso a Gaza. As pessoas est&atilde;o assustadas, frustradas e desesperadas. As tens&otilde;es e o medo s&atilde;o agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunica&ccedil;&atilde;o pela Internet. Eles sentem que est&atilde;o sozinhos, isolados das suas fam&iacute;lias dentro de Gaza e no resto do mundo&rdquo;, disse o diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White.

De acordo com a ag&ecirc;ncia da ONU, o deslocamento em massa de pessoas do Norte da Faixa de Gaza para o Sul faz com que a estrutura da regi&atilde;o Sul entrasse em colapso. H&aacute; fam&iacute;lias que receberam at&eacute; 50 parentes e agora est&atilde;o todos abrigados em uma mesma casa.

&ldquo;Os fornecimentos no mercado est&atilde;o esgotando enquanto a ajuda humanit&aacute;ria que chega &agrave; Faixa de Gaza em caminh&otilde;es provenientes do Egito &eacute; insuficiente. As necessidades das comunidades s&atilde;o imensas, mesmo que apenas para a sobreviv&ecirc;ncia b&aacute;sica, enquanto a ajuda que recebemos &eacute; escassa e inconsistente&rdquo;, destacou White.

Segundo a ag&ecirc;ncia, ontem (28), n&atilde;o houve ingresso de caminh&otilde;es com ajuda humanit&aacute;ria devido ao apag&atilde;o nas comunica&ccedil;&otilde;es: a UNRWA &ndash; principal intermediadora na recep&ccedil;&atilde;o e armazenamento de ajuda na Faixa de Gaza &ndash; n&atilde;o conseguiu estabelecer comunica&ccedil;&atilde;o com os diferentes agentes envolvidos no processo para coordenar a passagem do comboio.

&ldquo;O atual sistema de comboios est&aacute; fadado ao fracasso. Muito poucos caminh&otilde;es, processos lentos, inspe&ccedil;&otilde;es rigorosas, suprimentos que n&atilde;o correspondem aos requisitos da UNRWA e de outras organiza&ccedil;&otilde;es de ajuda e, principalmente, a proibi&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua de combust&iacute;vel, s&atilde;o todos uma receita para um sistema falido&rdquo;, disse White.

&ldquo;Apelamos a uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanit&aacute;rios para a Faixa de Gaza para responder &agrave;s necessidades, especialmente &agrave; medida que as tens&otilde;es e frustra&ccedil;&otilde;es aumentam&rdquo;, acrescentou White.

A UNRWA relatou que parte dos servi&ccedil;os e liga&ccedil;&otilde;es &agrave; Internet foram restaurados hoje.

Um comunicado divulgado pelo porta-voz das for&ccedil;as armadas israelenses neste s&aacute;bado (28) pede que a popula&ccedil;&atilde;o do norte de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/gaza">Gaza</a> e da Cidade de Gaza se desloque imediatamente para o Sul. &quot;Sua janela de agir est&aacute; se fechando. V&atilde;o para o Sul, para sua pr&oacute;pria seguran&ccedil;a&quot;, disse. &nbsp;<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1563332&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1563332&amp;o=node" />

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> continua a expandir a sua opera&ccedil;&atilde;o terrestre em Gaza com infantaria e ve&iacute;culos blindados apoiados por &quot;ataques massivos&quot;, a&eacute;reos e mar&iacute;timos, disse neste s&aacute;bado o porta-voz militar israelense. As for&ccedil;as armadas de Israel realizaram bombardeios em Gaza durante toda a noite de sexta-feira, e, como consequ&ecirc;ncia, centenas de edif&iacute;cios ficaram &quot;completamente destru&iacute;dos&quot;, informou neste s&aacute;bado a Defesa Civil palestina.

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de de Gaza, controlado pelo grupo palestino <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>, anunciou neste s&aacute;bado que chegou a 7.703 o n&uacute;mero de mortos na regi&atilde;o desde o in&iacute;cio da guerra entre o Hamas e Israel, em 7 de outubro.&nbsp;

Segundo Israel, os ataques com ca&ccedil;as levaram &agrave; morte do chefe do comando a&eacute;reo do Hamas, que teria participado no planeamento do ataque de 07 de outubro, que deixou mais&nbsp;de 1 mil mortos e em Israel e deu in&iacute;cio ao conflito.

A Assembleia Geral da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira (27), com 120 votos favor&aacute;veis e 14 contr&aacute;rios, a proposta de resolu&ccedil;&atilde;o sobre o conflito no Oriente M&eacute;dio apresentada pela Jord&acirc;nia e que foi assinada por 39 pa&iacute;ses com assento no colegiado. A proposta aprovada pede uma &ldquo;tr&eacute;gua humanit&aacute;ria imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades&rdquo;.&nbsp;

O documento pede ainda &ldquo;a liberta&ccedil;&atilde;o imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro&rdquo;.&nbsp;

A Organiza&ccedil;&atilde;o N&atilde;o Governamental M&eacute;dicos Sem Fronteiras tamb&eacute;m fez um apelo pelo fim dos conflitos.

&quot;J&aacute; &eacute; tempo de por fim ao derramamento de sangue indiscriminado e os ataques maci&ccedil;os em Gaza. Hoje &eacute; imposs&iacute;vel aos nossos colegas trabalhar em seguran&ccedil;a devido aos ataques generalizados ao sistema de sa&uacute;de, que afetaram hospitais, ambul&acirc;ncias, pessoal m&eacute;dico e os doentes. Os profissionais do MSF que permanecem no norte de Gaza dizem-nos que est&atilde;o exaustos, tanto mental como fisicamente&quot;, afirmou a diretora executiva da organiza&ccedil;&atilde;o, Avril Beno&icirc;t.&nbsp;

*Com informa&ccedil;&atilde;o das ag&ecirc;ncias Reuters, Lusa e RTP

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a> criticou nesta ter&ccedil;a-feira (24) a rea&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> ap&oacute;s o ataque do grupo palestino <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>, que controla a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/faixa%20de%20gaza">Faixa de Gaza</a>.&nbsp;

&ldquo;N&atilde;o &eacute; porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que esse pa&iacute;s tem que matar milh&otilde;es de inocentes&rdquo;, disse, no programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov.&nbsp;

Lula disse que j&aacute; conversou com l&iacute;deres de diversos pa&iacute;ses &ndash; incluindo Israel, Autoridade Palestina, Egito, Ir&atilde;, Turquia, Fran&ccedil;a, R&uacute;ssia e Emirados &Aacute;rabes &ndash; com o objetivo de mediar uma solu&ccedil;&atilde;o para o conflito. Segundo ele, ainda est&atilde;o previstas conversar com l&iacute;deres da China, da &Aacute;frica do Sul e do Catar.&nbsp;

&ldquo;Estou falando com todo mundo pra que a gente consiga tr&ecirc;s coisas. Primeiro, garantir o corredor humanit&aacute;rio para que as pessoas possam receber &aacute;gua, comida, rem&eacute;dio. Garantir que n&atilde;o falte energia el&eacute;trica nos hospitais para que as pessoas possam ser tratadas. E garantir que n&atilde;o se mate mais crian&ccedil;as. N&atilde;o tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais &eacute; crian&ccedil;a, que n&atilde;o est&aacute; na guerra. E crian&ccedil;as dos dois lados, quando n&atilde;o queremos que morra ningu&eacute;m.&rdquo;&nbsp;

&ldquo;Se voc&ecirc; n&atilde;o falar em paz todo dia, todo dia, todo dia, as pessoas esquecem que &eacute; poss&iacute;vel construir a paz. Quando vejo autoridades falarem em guerra, fulano tem que matar cicrano, tem que derrotar, n&atilde;o &eacute; assim que a gente resolve o problema. Numa mesa de negocia&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o morre ningu&eacute;m. Custa mais barato e a gente pode encontrar solu&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso que a gente consiga que l&aacute;, no Oriente M&eacute;dio, Israel fique com o territ&oacute;rio que &eacute; seu e que est&aacute; demarcado pela ONU [Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas] e que os palestinos tenham o direito de ter a sua terra. &Eacute; simples assim e n&atilde;o precisa ningu&eacute;m ficar invadindo a terra de ningu&eacute;m.&rdquo;&nbsp;

Brasileiros

Lula afirmou que h&aacute; brasileiros na Faixa de Gaza &ndash; incluindo mulheres e crian&ccedil;as &ndash; que aguardam numa regi&atilde;o pr&oacute;xima &agrave; fronteira com o Egito para a repatria&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;J&aacute; falei com o presidente do Egito, o meu ministro j&aacute; falou com o ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, o avi&atilde;o presidencial menor j&aacute; est&aacute; no Cairo &agrave; espera dessa gente. Assim que abrir a fronteira, vamos buscar os brasileiros e trazer pra c&aacute;. Porque &eacute; aqui o lugar deles, um pa&iacute;s seguro, que n&atilde;o tem guerra. E a gente pretende dar a eles a cidadania que n&atilde;o conseguiram conquistar morando na Faixa de Gaza, com a trucul&ecirc;ncia e com os bombardeios.&rdquo;&nbsp;

Cr&iacute;ticas &agrave; ONU&nbsp;

&ldquo;Todo dia, a gente v&ecirc; Israel invadir a terra dos palestinos e a ONU n&atilde;o faz nada porque est&aacute; enfraquecida. Esse &eacute; o meu papel, de tentar criar as condi&ccedil;&otilde;es para que a gente possa voltar a sentar &agrave; mesa de negocia&ccedil;&atilde;o. Ainda ontem falei com o [presidente da R&uacute;ssia, Vladimir] Putin sobre a guerra da Ucr&acirc;nia e sobre a guerra do Oriente M&eacute;dio. &Eacute; preciso que as pessoas parem&rdquo;, disse o presidente. &nbsp;

Para Lula, se a ONU &ldquo;tivesse for&ccedil;a&rdquo;, poderia exercer o que chamou de maior interfer&ecirc;ncia no conflito.&nbsp;

H&aacute; 15 dias, o mundo acompanha a escalada da viol&ecirc;ncia na guerra entre Israel e Hamas, no Oriente M&eacute;dio. O conflito teve in&iacute;cio com o mais grave ataque j&aacute; promovido pelo grupo Hamas contra os israelenses, no dia 7 de outubro.

As a&ccedil;&otilde;es, sem precedentes na hist&oacute;ria, foram realizadas por mar, ar e terra, envolvendo ataques ao p&uacute;blico que participava de um festival de m&uacute;sica, invas&atilde;o de comunidades israelenses, sequestro de ref&eacute;ns, deixando centenas de civis israelenses mortos e feridos. Em retalia&ccedil;&atilde;o, Israel desencadeou forte opera&ccedil;&atilde;o de bombardeios &agrave; Faixa de Gaza, &aacute;rea com popula&ccedil;&atilde;o majoritariamente palestina e controlada pelo Hamas.

Este &eacute; o conflito mais grave desde que Israel e o Hamas se enfrentaram por dez dias em 2021. O ataque, que pegou Israel de surpresa, ocorreu um dia ap&oacute;s os 50 anos da Guerra do Yom Kippur, conflito armado entre &aacute;rabes, liderados pelo Egito e a S&iacute;ria, e Israel, em 1973, pela disputa das terras perto do Canal de Suez. &nbsp;

Como foi o 7 de outubro

Eram 6h30 (hor&aacute;rio local) do dia 7 de outubro, um s&aacute;bado, quando o Hamas disparou foguetes, a partir da Faixa de Gaza, para atingir cidades israelenses.

O Hamas informou ter lan&ccedil;ado 5 mil foguetes, conforme not&iacute;cias de ag&ecirc;ncias internacionais.

Em apari&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, o l&iacute;der do bra&ccedil;o armado do Hamas, Mohammed Deif, disse que a &quot;Opera&ccedil;&atilde;o Tempestade Al-Aqsa&quot;, iniciada no dia 7, tem como prop&oacute;sito &ldquo;acabar com a &uacute;ltima ocupa&ccedil;&atilde;o na Terra&quot; e uma resposta ao bloqueio imposto por Israel aos palestinos de Gaza que j&aacute; dura mais de uma d&eacute;cada.&nbsp;

Por&nbsp;&nbsp;terra, homens armados se infiltraram no territ&oacute;rio israelense rompendo a cerca de arame farpado que separa Gaza e Israel.&nbsp;

Sirenes de alerta foram acionadas nas regi&otilde;es sul e central de Israel, al&eacute;m de Jerusal&eacute;m. Imagens mostravam &aacute;reas residenciais atingidas em Tel Aviv, Kfar Aviv e Rehovot.&nbsp;&nbsp;

Um dos primeiros alvos do ataque surpresa foi um festival de m&uacute;sica ao ar livre, que ocorria perto da Faixa de Gaza. Segundo relatos, pessoas, a maioria jovens, correram pelo deserto, estradas, entraram nos carros estacionados ou debaixo de &aacute;rvores para tentar fugir dos tiros. Estima-se que 260 pessoas morreram no local de diferentes nacionalidades, entre elas&nbsp;tr&ecirc;s brasileiros. &nbsp;

Outro alvo do Hamas foram os kibutzim, comunidades israelenses basicamente agr&iacute;colas e geridas de forma coletiva, sendo atualmente a maior parte privatizada. S&atilde;o considerados uma experi&ecirc;ncia &uacute;nica israelense e tiveram papel importante na constru&ccedil;&atilde;o do Estado de Israel.&nbsp;

Um dos invadidos foi o kibutz Kfar Aza, localizado no Sul de Israel e a cerca de dois quil&ocirc;metros da fronteira com Gaza.&nbsp;Conforme a Ag&ecirc;ncia Reuters, soldados israelenses relataram ter avistado dezenas de corpos de civis, entre eles crian&ccedil;as. Muitos moradores foram tomados como ref&eacute;ns pelo Hamas.

Segundo os militares israelenses, homens armados do Hamas incendiaram as casas ou atiraram granadas para obrigar a sa&iacute;da das pessoas.&nbsp;

Durante todo o ataque, centenas, entre homens, mulheres e soldados, foram feitos ref&eacute;ns pelo Hamas. &nbsp;

Ofensivas Israelenses

Diante do ataque, Israel acionou as for&ccedil;as de seguran&ccedil;a e declarou guerra, dando in&iacute;cio &agrave; opera&ccedil;&atilde;o &ldquo;Espadas de Ferro&rdquo;, com bombardeios &agrave; Faixa de Gaza, onde ficam as bases do Hamas. &nbsp;

Em mensagem ao povo israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o grupo &ldquo;pagar&aacute; pre&ccedil;o sem precedentes&rdquo; e prometeu exterminar o grupo que controla Gaza.&nbsp;

&ldquo;O Hamas pensou que iria nos demolir. N&oacute;s &eacute; que vamos demolir o Hamas&rdquo;, disse no dia seguinte ao ataque.&nbsp;

Estimativa de Israel &eacute; que o ataque de 7 de outubro provocou a morte de 1.400 israelenses, principalmente civis.&nbsp;Cerca de 200 pessoas, incluindo crian&ccedil;as e idosos, s&atilde;o mantidas como ref&eacute;ns em Gaza. O governo ainda busca de 100 a 200 israelenses desaparecidos e corpos de mortos no 7 de outubro.

Para Netanyahu, o ataque teve como objetivo atrapalhar as tentativas de estabelecer a paz no Oriente M&eacute;dio.

Desde ent&atilde;o, Israel tem disparado ataques a&eacute;reos di&aacute;rios &agrave; Gaza, estabeleceu bloqueio total &ndash; sem permiss&atilde;o para entrada de &aacute;gua, comida e combust&iacute;vel- e determinou que a popula&ccedil;&atilde;o local, majoritariamente palestina, evacue o norte da regi&atilde;o e se desloque para o sul.

As for&ccedil;as de seguran&ccedil;a se preparam para uma incurs&atilde;o por terra.

&quot;Voc&ecirc;s veem Gaza agora a&nbsp;dist&acirc;ncia, mas logo a ver&atilde;o de dentro. O comando vir&aacute;&quot;, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conforme&nbsp;a Ag&ecirc;ncia Reuters. H&aacute; informa&ccedil;&otilde;es que l&iacute;deres do Hamas foram mortos nos bombardeios.

A<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122383,entrada-de-ajuda-humanitaria-e-autorizada-na-faixa-de-gaza"> ofensiva israelense</a> tem sido alvo de diverg&ecirc;ncia na comunidade internacional, que pede garantia de prote&ccedil;&atilde;o dos civis em Gaza, atingidos pelo conflito e ataques a&eacute;reos.&nbsp;

Autoridades palestinas autorizaram a entrada na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122372,lula-classifica-ataque-do-hama-como-ato-terrorista-pela-primeira-vez">Faixa de Gaza</a> de 20 caminh&otilde;es com ajuda humanit&aacute;ria. De acordo com a&nbsp;Embaixada dos Estados Unidos em Jerusal&eacute;m,&nbsp; a passagem foi autorizada &agrave;s 10h, em Bras&iacute;lia 4h. Ap&oacute;s a passagem dos 20 ve&iacute;culos, o corredor voltou a ser fechado.

&quot;N&atilde;o sabemos quanto tempo a fronteira permanecer&aacute; aberta para a sa&iacute;da de cidad&atilde;os estrangeiros de Gaza&quot;, escreveu em comunicado, acrescentando que os cidad&atilde;os dos Estados Unidos que tentarem entrar no Egito por Rafah devem encontrar um ambiente &quot;ca&oacute;tico e desordenado&quot;.

Ap&oacute;s o ataque massivo do grupo terrorista Hamas contra Israel no &uacute;ltimo dia 7, que matou centenas de pessoas, o pa&iacute;s imp&ocirc;s um bloqueio total ao territ&oacute;rio palestino, interrompendo a entrada de &aacute;gua, comida, combust&iacute;vel e eletricidade. Desde ent&atilde;o, a situa&ccedil;&atilde;o para os mais de 2,3 milh&otilde;es de palestinos que vivem em Gaza vem se deteriorando rapidamente.

&ldquo;O direito humanit&aacute;rio internacional &eacute; muito claro: voc&ecirc; n&atilde;o pode fazer uma popula&ccedil;&atilde;o inteira passar fome. Voc&ecirc; n&atilde;o pode usar ajuda, comida ou &aacute;gua como um instrumento de guerra para qualquer fim pol&iacute;tico ou militar&rdquo;, afirmou Marwan Jilani, diretor geral da organiza&ccedil;&atilde;o Crescente Vermelho para a Palestina (como &eacute; chamada a Cruz Vermelha em pa&iacute;ses isl&acirc;micos), &agrave; emissora Al Jazeera. 
 
Ag&ecirc;ncias da ONU j&aacute; alertaram que o territ&oacute;rio s&oacute; tem comida para menos de uma semana e que a usina de dessaliniza&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua de Gaza foi desligada, aumentando o risco de mais mortes por falta de &aacute;gua, desidrata&ccedil;&atilde;o e doen&ccedil;as por ingest&atilde;o de &aacute;gua contaminada.

O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) classificou pela primeira vez o ataque do grupo extremista Hamas a Israel como ataque terrorista. &nbsp;Em participa&ccedil;&atilde;o em evento sobre os 20 anos do Bolsa Fam&iacute;lia, ele considerou a ofensiva do grupo como uma a&ccedil;&atilde;o &lsquo;insana&rsquo;.&nbsp;

&nbsp;&ldquo;Hoje quando o programa [Bolsa Fam&iacute;lia] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crian&ccedil;as j&aacute; morreram na Faixa de Gaza. Que n&atilde;o pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas tamb&eacute;m n&atilde;o pediram que Israel reagisse de forma insana e os matasse. Exatamente aqueles que n&atilde;o t&ecirc;m nada a ver com a guerra, que s&oacute; querem viver, brincar, que n&atilde;o tiveram direito de ser crian&ccedil;as&rdquo;, disse.

Ele tamb&eacute;m prestou solidariedade &agrave;s crian&ccedil;as que morreram nos confrontos entre Israel e Palestina. &ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel tanta irracionalidade. N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel tanta insanidade. Que as pessoas fa&ccedil;am uma guerra tendo em conta que as pessoas que est&atilde;o morrendo s&atilde;o mulheres, s&atilde;o pessoas idosas, s&atilde;o crian&ccedil;as que n&atilde;o est&atilde;o tendo sequer o direito de viver. Acho que n&oacute;s precisamos propor algo em nome da vida das nossas crian&ccedil;as. A gente precisa propor paz, a racionalidade de que o amor possa vencer o &oacute;dio, de que a gente n&atilde;o resolve o problema com bala, a gente n&atilde;o resolve um problema com foguete, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122355,lula-fala-sobre-guerra-no-oriente-medio-a-gente-resolve-o-problema-e-com-carinho">a gente resolve o problema com carinho</a>, afeto, dedica&ccedil;&atilde;o e solidariedade&rdquo;, afirmou .

O vereador de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/feira%20de%20santana">Feira de Santana</a> e ex-presidente da Casa, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/fernando%20torres">Fernando Torres (PSD)</a>, fez uma proposta &quot;ousada&quot; ao comentar sobre a guerra entre <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> e <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>, no Oriente M&eacute;dio, durante sess&atilde;o do legislativo municipal, na ter&ccedil;a-feira (17).

J&aacute; pr&oacute;ximo ao final do encontro, o pessedista se colocou a disposi&ccedil;&atilde;o para participar das negocia&ccedil;&otilde;es de resgate dos ref&eacute;ns que est&atilde;o em poder do grupo extremista &aacute;rabe (veja v&iacute;deo abaixo). &ldquo;A negocia&ccedil;&atilde;o entre Israel e o Hamas &eacute; para que liberte as crian&ccedil;as e as mulheres do Hamas, vi ontem uma reportagem, que um dos l&iacute;deres da Igreja Cat&oacute;lica gostaria de ser trocado por uma crian&ccedil;a dessas&quot;, iniciou o parlamentar.&nbsp;

&quot;Gostaria de eu tamb&eacute;m, vereador Fernando Torres, no momento da negocia&ccedil;&atilde;o, se for para ser trocado por alguma crian&ccedil;a que estiver l&aacute; na m&atilde;o do Hamas, eu gostaria de ser uma das pessoas para ir na troca da negocia&ccedil;&atilde;o. Gostaria de deixar registrado em ata essa proposta, que sa&iacute;a daqui para Israel, pode convocar o vereador Fernando Torres para ser trocado por uma crian&ccedil;a&rdquo;, completou o edil.

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O jornalista que trabalhava na ag&ecirc;ncia Reuters, Issam Abdallah, morreu nesta sexta-feira (13)&nbsp;em um bombardeio no sul do L&iacute;bano.&nbsp;Ele estava cobrindo a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122043,saiba-quem-sao-os-envolvidos-no-conflito-entre-israel-e-hamas">guerra entre Israel e o Hamas.&nbsp;&nbsp;</a>

&ldquo;Ficamos profundamente tristes ao saber que o nosso cinegrafista Issam Abdallah foi morto. Estamos buscando urgentemente mais informa&ccedil;&otilde;es, trabalhando com as autoridades da regi&atilde;o e apoiando a fam&iacute;lia e os colegas de Issam&rdquo;, afirmou &agrave; ag&ecirc;ncia.

O jornalista foi atingido enquanto transmitia um bombardeio. O confronto tem como foco a Faixa de Gaza, mas o Ex&eacute;rcito israelense e o grupo liban&ecirc;s Hezbollah, que apoia o Hamas, v&ecirc;m trocando ataques na fronteira onde Abdallah foi atingido. Al&eacute;m dele, ao longo do conflito, dois profissionais da Al-Jazeera e outro da ag&ecirc;ncia AFP tamb&eacute;m foram atingidos.&nbsp;

Cerca de 175 israelenses que estavam em pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina embarcaram nesta sexta (13), no Aeroporto Internacional de S&atilde;o Paulo, em Guarulhos, rumo a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel" target="_blank"> Israel para se somar ao Ex&eacute;rcito na guerra contra o Hamas</a>.

Os israelenses, majoritariamente adultos de 20 a 30 anos, estavam no Brasil ou em outras na&ccedil;&otilde;es da vizinhan&ccedil;a. Havia entre os israelenses reservistas do Ex&eacute;rcito, param&eacute;dicos, que regressam para ajudar na infraestrutura de sa&uacute;de isralense, e outros volunt&aacute;rios.

Em Israel, todo cidad&atilde;o maior de 18 anos deve servir ao Ex&eacute;rcito se for judeu, druso ou circassiano -homens servem 32 meses, e mulheres, dois anos. Assim, o pa&iacute;s tem um enorme contingente de reservistas, que s&atilde;o todos aqueles que fizeram o servi&ccedil;o obrigat&oacute;rio. Tel Aviv tem afirmado que convocou 300 mil deles para voltarem a se somar &agrave;s fileiras.

Os brasileiros que est&atilde;o abrigados em uma escola cat&oacute;lica na cidade de Gaza temem ter que deixar o local antes mesmo da abertura de um corredor humanit&aacute;rio. Uma das brasileiras que est&aacute; na escola disse &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil nesta sexta-feira (13) que eles foram informados de que o lugar n&atilde;o &eacute; mais seguro e que ter&atilde;o de seguir para o sul da Faixa de Gaza a qualquer momento. O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil ainda n&atilde;o confirmou a informa&ccedil;&atilde;o. &nbsp;

Desesperada, a brasileira Shaed Albanna, de 18 anos, contou que h&aacute; cerca de 30 pessoas nessa escola. Dez s&atilde;o brasileiros que desejam repatria&ccedil;&atilde;o. Eles fazem parte do grupo de 22 pessoas que pediram evacua&ccedil;&atilde;o (dez crian&ccedil;as, sete mulheres e cinco homens). De acordo com o Itamaraty, dos 22, doze aguardam socorro fora da escola, na cidade de Khan Younes, sul de Gaza.

Shaed nasceu no Brasil e foi &agrave; Gaza com a irm&atilde;, de 13 anos, para visitar a m&atilde;e que estava doente e faleceu de c&acirc;ncer. Elas est&atilde;o ainda acompanhadas pela av&oacute;. &ldquo;A escola n&atilde;o &eacute; mais um lugar seguro. Os israelenses est&atilde;o entrando pelo pa&iacute;s, todo mundo est&aacute; saindo fugindo. Eu n&atilde;o quero morrer&rdquo;, relatou, chorando. &nbsp;

Israel informou aos agentes das Na&ccedil;&otilde;es Unidas que a regi&atilde;o norte da Faixa de Gaza, onde vivem 1,1 milh&atilde;o de pessoas, deve ser evacuada em 24 horas. A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) apelou para a ordem seja revista porque n&atilde;o h&aacute; tempo h&aacute;bil para retirar todo mundo e teme a escalada da crise humanit&aacute;ria.

&ldquo;Como &eacute; que 1,1 milh&otilde;es de pessoas poder&atilde;o atravessar uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas? Estreme&ccedil;o ao pensar quais seriam as consequ&ecirc;ncias humanit&aacute;rias da ordem de evacua&ccedil;&atilde;o&rdquo;, afirmou Martin Griffiths, Subsecret&aacute;rio-Geral da ONU para Assuntos Humanit&aacute;rios e Coordenador de Ajuda de Emerg&ecirc;ncia.&nbsp;

Nessa quinta-feira (12), o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122087,lula-conversa-com-presidente-de-israel-e-pede-corredor-humanitario" target="_blank"> presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva conversou com o presidente de Israel, Issac Herzog</a>, e apelou para que seja aberto um corredor humanit&aacute;rio que permite &agrave;s pessoas sa&iacute;rem da Faixa de Gaza.&nbsp;

O<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula" target="_blank"> presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a> conversou por telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog, nesta quinta-feira (12). Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou ter agradecido o apoio para a opera&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122065,governo-manda-aviao-presidencial-para-buscar-brasileiros-em-gaza" target="_blank">retirada dos brasileiros de Israel</a>, al&eacute;m de ter reiterado a condena&ccedil;&atilde;o brasileira aos<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel" target="_blank"> ataques promovidos pelo grupo Hamas, que o presidente classificou como atos terroristas</a>.&nbsp;

&quot;Agradeci o apoio para a opera&ccedil;&atilde;o de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso pa&iacute;s. Reafirmei a condena&ccedil;&atilde;o brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das v&iacute;timas&quot;, disse.

Lula tamb&eacute;m pediu ao chefe de Estado israelense para que n&atilde;o deixe faltar &aacute;gua, luz e rem&eacute;dios em hospitais, e fez um apelo pela abertura de um corredor humanit&aacute;rio que permita &agrave;s pessoas sa&iacute;rem da Faixa de Gaza, a zona mais cr&iacute;tica da Palestina, que tem sofrido com bombardeios e cerco militar.

&quot;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel que os inocentes sejam v&iacute;timas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanit&aacute;rio para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham seguran&ccedil;a. E que o Brasil est&aacute; &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o para tentar encontrar um caminho para a paz&quot;, escreveu.

Em Israel, o sistema de governo &eacute; parlamentarista. O presidente &eacute; o chefe de Estado, eleito pelo Parlamento do pa&iacute;s. O Poder Executivo &eacute; exercido pelo primeiro-ministro, o chefe de governo, escolhido entre o partido ou coaliz&atilde;o que obtenha a maioria das cadeiras no Legislativo. Atualmente, esse cargo &eacute; ocupado por Benjamin Netanyahu

A viol&ecirc;ncia em Israel e na Palestina chegou ao sexto dia nesta quinta, com a continuidade de intensos bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milh&otilde;es de palestinos. Autoridades locais j&aacute; contabilizam 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos. H&aacute; pelo menos 180 mil desabrigados.

Em Israel, segundo a emissora p&uacute;blica Kan, o n&uacute;mero de mortos havia aumentado para 1,3 mil desde o &uacute;ltimo s&aacute;bado, quando come&ccedil;aram os ataques violentos promovidos pelo grupo isl&acirc;mico Hamas.

O Programa Mundial de Alimentos das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (PMA) tamb&eacute;m alertou nesta quinta que suprimentos essenciais, incluindo comida e &aacute;gua, estavam em um n&iacute;vel perigosamente baixo em Gaza, depois do bloqueio imposto por Israel ao enclave.

O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores &ndash; Itamaraty - &nbsp;confirmou, nesta sexta-feira (13), a morte da brasileira Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, durante<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel" target="_blank"> atentados realizados pelo Hamas no sul de Israel, a partir do dia 7 de outubro</a>. &nbsp;

Afirmou que essa &eacute; a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/121944,brasileiro-desaparecido-em-israel-tem-morte-confirmada-diz-itamaraty" target="_blank">terceira morte de brasileiros confirmada nos atentados ocorridos em Israel</a>. &nbsp;

&ldquo;Ao solidarizar-se com a fam&iacute;lia, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total rep&uacute;dio a todos os atos de viol&ecirc;ncia contra a popula&ccedil;&atilde;o civil&rdquo;, informa nota do Itamaraty.&nbsp;

O governo brasileiro tamb&eacute;m j&aacute; havia confirmado as mortes de Bruna Valeanu, de 24 anos, e de Ranani Nidejelski Glazer.

Um avi&atilde;o da frota a&eacute;rea da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, com capacidade para 40 passageiros,<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122065,governo-manda-aviao-presidencial-para-buscar-brasileiros-em-gaza"> decolou na tarde desta quinta-feira (12), da Base A&eacute;rea de Bras&iacute;lia, com destino ao Egito</a>. A miss&atilde;o &eacute; resgatar um grupo de brasileiros que est&atilde;o na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/faixa%20de%20gaza">Faixa de Gaza</a>, zona que tem sido intensamente bombardeada pelas for&ccedil;as armadas israelenses nos &uacute;ltimos dias, em uma nova escalada da viol&ecirc;ncia no conflito entre <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/palestina">Palestina</a> e <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a>, que j&aacute; dura sete d&eacute;cadas.

Este j&aacute; &eacute; o quarto voo da Opera&ccedil;&atilde;o Voltando em Paz - uma mobiliza&ccedil;&atilde;o do governo federal, por meio da For&ccedil;a A&eacute;rea, para repatriar brasileiros que est&atilde;o regi&atilde;o -, mas o primeiro a tentar buscar brasileiros na &aacute;rea mais cr&iacute;tica do conflito.

De Bras&iacute;lia, o avi&atilde;o seguir&aacute; em dire&ccedil;&atilde;o a Roma, na It&aacute;lia, com escala t&eacute;cnica no Cabo Verde. Da capital italiana, a tripula&ccedil;&atilde;o aguarda autoriza&ccedil;&atilde;o para se deslocar e buscar os brasileiros assim que houver permiss&atilde;o para que o grupo cruze a fronteira entre Gaza e o Egito.

Em entrevista &agrave; TV Brasil, diplomata Paulino Franco de Carvalho Neto, embaixador do Brasil no Egito, afirmou que, at&eacute; o momento, s&atilde;o 22 brasileiros que est&atilde;o em Gaza e manifestaram desejo de sair. O maior desafio, segundo ele, &eacute; conseguir fazer a travessia terrestre pela fronteira com o Egito, o &uacute;nico ponto de passagem para sair de Gaza, que se tornou um enclave completamente cercado e monitorado por Israel, que n&atilde;o permite que a popula&ccedil;&atilde;o saia.

&ldquo;S&atilde;o circunst&acirc;ncias excepcionalmente complexas, para n&atilde;o dizer, dram&aacute;ticas&rdquo;, reconheceu. A travessia deve ser dar pela passagem de Rafah, uma cidade palestina no extremo sul de Gaza, na divisa com o Sinai, no Egito. O problema &eacute; que, de acordo com embaixador, a fronteira est&aacute; fechada porque o posto de controle do lado palestino foi bombardeado tr&ecirc;s vezes essa semana. &quot;N&atilde;o h&aacute; como passar, por enquanto&quot;, admitiu. Outros pa&iacute;ses, como Reino Unido, Fran&ccedil;a e Estados Unidos, tamb&eacute;m est&atilde;o tentando evacuar seus cidad&atilde;os de Gaza pelo Egito.

Segundo o Minist&eacute;rio dos Neg&oacute;cios Estrangeiros do Egito, &ldquo;a passagem fronteiri&ccedil;a de Rafah est&aacute; aberta ao funcionamento e n&atilde;o foi fechada em qualquer fase desde o in&iacute;cio da crise atual, exceto que suas instala&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas no lado palestino foram destru&iacute;das como resultado dos repetidos bombardeamentos israelitas [israelenses], impedindo-o de funcionar normalmente&rdquo;.

O ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, Mauro Vieira, chegou a fazer um apelo ao governo eg&iacute;pcio para facilitar a passagem dos brasileiros. De acordo como embaixador brasileiro no Egito, o governo do pa&iacute;s &aacute;rabe est&aacute; sendo sens&iacute;vel. &ldquo;Isso &eacute; importante ressaltar, que as autoridades eg&iacute;pcias t&ecirc;m sido muito receptivas &agrave;s nossas demandas&rdquo;.

Os ataques do grupo extremista isl&acirc;mico <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a> em uma festa rave no &uacute;ltimo s&aacute;bado (7), em <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a>, deram in&iacute;cio a um novo cap&iacute;tulo sangrento no hist&oacute;rico conflito entre esse grupo e o ex&eacute;rcito israelense. As caracter&iacute;sticas do ataque, com centenas de mortes de civis e outras v&iacute;timas sendo levadas como ref&eacute;ns, levantou a quest&atilde;o sobre a denomina&ccedil;&atilde;o do Hamas como um grupo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/terrorismo">terrorista</a>.

Ve&iacute;culos de imprensa de todo o mundo e algumas na&ccedil;&otilde;es classificam assim o grupo extremista que controla a Faixa de Gaza. Ao lamentar o epis&oacute;dio, o presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva</a>, pelas redes sociais, se referiu ao ataque como terrorista, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/122021,partidos-cobram-que-governo-lula-reconheca-hamas-como-grupo-terrorista">mas n&atilde;o estendeu tal adjetivo ao Hamas</a>. Assim, o presidente segue a linha adotada pelo governo brasileiro.

O Pal&aacute;cio do Itamaraty emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (12), para informar que segue as avalia&ccedil;&otilde;es do Conselho de Seguran&ccedil;a da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) na designa&ccedil;&atilde;o dos grupos considerados terroristas. Pela Carta da ONU, o Conselho de Seguran&ccedil;a &eacute; o &oacute;rg&atilde;o encarregado de zelar pela paz internacional.

&ldquo;O Conselho de Seguran&ccedil;a mant&eacute;m listas de indiv&iacute;duos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam san&ccedil;&otilde;es. Est&atilde;o inclu&iacute;dos o Estado Isl&acirc;mico e a Al-Qaeda, al&eacute;m de grupos menos conhecidos do grande p&uacute;blico&rdquo;, diz um trecho do comunicado.

Na nota, o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores reafirma que, &ldquo;em aplica&ccedil;&atilde;o dos princ&iacute;pios das rela&ccedil;&otilde;es internacionais previstos no Artigo 4&ordm; da Constitui&ccedil;&atilde;o, o Brasil repudia o terrorismo em todas as suas formas e manifesta&ccedil;&otilde;es&rdquo;.

Apesar da defini&ccedil;&atilde;o da ONU, pa&iacute;ses como Estados Unidos, Reino Unido, Canad&aacute;, Austr&aacute;lia, Jap&atilde;o, integrantes Uni&atilde;o Europeia e outras na&ccedil;&otilde;es classificam o Hamas como uma organiza&ccedil;&atilde;o terrorista.

J&aacute; maioria dos pa&iacute;ses-membros da ONU, incluindo pa&iacute;ses europeus como Noruega e Su&iacute;&ccedil;a, al&eacute;m de China, R&uacute;ssia, na&ccedil;&otilde;es latino-americanas, como o pr&oacute;prio Brasil, M&eacute;xico, Col&ocirc;mbia, seguem a defini&ccedil;&atilde;o atual da ONU que n&atilde;o classifica o Hamas como grupo terrorista. A ideia de uma posi&ccedil;&atilde;o mais neutra tamb&eacute;m &eacute; uma forma de manter os pa&iacute;ses como mediadores de conflitos, al&eacute;m de ampliarem a capacidade de prote&ccedil;&atilde;o a seus cidad&atilde;os em &aacute;reas conflagradas.

&ldquo;A pr&aacute;tica brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o pa&iacute;s a contribuir, juntamente com outros pa&iacute;ses ou individualmente, para a resolu&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica dos conflitos e na prote&ccedil;&atilde;o de cidad&atilde;os brasileiros em zonas de conflito &ndash; a exemplo do que ocorreu, em 2007, na Confer&ecirc;ncia de An&aacute;polis, EUA, com rela&ccedil;&atilde;o ao Oriente M&eacute;dio&rdquo;, diz ainda a nota do Itamaraty, para refor&ccedil;ar a posi&ccedil;&atilde;o brasileira atual.

Um grupo de deputados de oposi&ccedil;&atilde;o chegou a pedir, essa semana, que o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores mude a classifica&ccedil;&atilde;o brasileira sobre o Hamas.

A viol&ecirc;ncia em Israel e na Palestina chegou ao sexto dia nesta quinta, com a continuidade de intensos bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milh&otilde;es de palestinos. Autoridades locais j&aacute; contabilizam 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos. H&aacute; pelo menos 180 mil desabrigados.

Em Israel, segundo a emissora p&uacute;blica Kan, o n&uacute;mero de mortos havia aumentado para 1,3 mil desde o &uacute;ltimo s&aacute;bado, quando come&ccedil;aram os ataques violentos promovidos pelo grupo isl&acirc;mico Hamas.

Quem &eacute; o Hamas

O Hamas, nome que significa, em &aacute;rabe, Movimento de Resist&ecirc;ncia Isl&acirc;mica, &eacute; um movimento palestino constitu&iacute;do de uma entidade filantr&oacute;pica, um bra&ccedil;o pol&iacute;tico e um bra&ccedil;o armado. Foi criado em 1987, no contexto da 1&ordf; Intifada, que foi uma das revoltas Palestinas contra a ocupa&ccedil;&atilde;o de Israel.

Em 2006, o Hamas derrotou o Fatah nas elei&ccedil;&otilde;es legislativas para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), conquistando o direito de formar o novo governo. Os dois partidos, no entanto, entraram em conflito. O Hamas expulsou o Fatah da Faixa de Gaza. Em resposta, o Fatah rejeitou o governo de unidade e se manteve &agrave; frente da ANP, que passou a ter uma administra&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica voltada para as &aacute;reas da Cisjord&acirc;nia.

Segundo o cientista pol&iacute;tico Leonardo Paz, o Hamas n&atilde;o reconhece o Estado de Israel e briga pela independ&ecirc;ncia de um Estado Palestino. &ldquo;Israel, por sua vez, diz que o territ&oacute;rio &eacute; seu e n&atilde;o tem como oferecer qualquer tipo de soberania a esse Estado palestino porque n&atilde;o haveria nenhuma garantia de seguran&ccedil;a de que esse Estado n&atilde;o seria um posto avan&ccedil;ado para atacar Israel&rdquo;, acrescenta.

Diplomatas que tem acompanhado de perto a situa&ccedil;&atilde;o de 28 brasileiros que est&atilde;o na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/faixa%20de%20gaza">Faixa de Gaza</a> fizeram um grave alerta sobre a situa&ccedil;&atilde;o deles em meio a guerra entre <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel">Israel</a> o grupo separatista <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/hamas">Hamas</a>.

Segundo eles, o grupo - que conta com uma idosa e 15 crian&ccedil;as - pode morrer de fome caso fracasse a tentativa do governo brasileiro de evacu&aacute;-las do territ&oacute;rio pela fronteira com o Egito.

Conforme a Folha, informa&ccedil;&otilde;es recebidas pelo governo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Lula (PT)</a> apontam que a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; desesperadora. A estimativa &eacute; a de que os estoques de comida de uma Ag&ecirc;ncia ligada a ONU para a Assist&ecirc;ncia aos Refugiados da Palestina&nbsp;v&atilde;o durar apenas mais quatro dias.&nbsp;

Isso porque, em meio ao cen&aacute;rio de conflito, Israel bloqueou todas as entradas ao territ&oacute;rio, e a alimenta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o est&aacute; chegando. Al&eacute;m disso, o pa&iacute;s do Oriente M&eacute;dio j&aacute; avisou que n&atilde;o haver&aacute; luz, comida e nem mesmo &aacute;gua para Gaza enquanto o Hamas mantiver ref&eacute;ns no territ&oacute;rio.

No meio deste cen&aacute;rio, o garoto Bader Monir Bader, de apenas 11 anos, gravou um v&iacute;deo (veja abaixo) afirmando querer voltar para o Brasil, temendo pela seguran&ccedil;a dele e dos familiares na Faixa de Gaza.

&quot;Nessa escola eu me senti com muita seguran&ccedil;a, porque aqui a gente n&atilde;o pode morrer. Aqui, o ch&atilde;o &eacute; limpo. Tudo &eacute; limpo. Muito obrigado, Brasil&quot;, diz o jovem.

&nbsp;

<blockquote class="twitter-tweet">
Garoto de 11 anos grava v&iacute;deo pedindo para deixar Faixa de Gaza: &#39;a gente pode morrer&#39; <a href="https://t.co/N6KrYP9yAT">pic.twitter.com/N6KrYP9yAT</a>
&mdash; Portal Salvador FM (@PortalSsaFM) <a href="https://twitter.com/PortalSsaFM/status/1712549378010001886?ref_src=twsrc%5Etfw">October 12, 2023</a></blockquote>
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&nbsp;

O <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/israel" target="_blank">ataque realizado pelo grupo palestino Hamas contra Israel </a>no &uacute;ltimo s&aacute;bado (7), deixando milhares de mortos, deu in&iacute;cio a mais um cap&iacute;tulo de um conflito que se arrasta h&aacute; d&eacute;cadas. Imediatamente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra aos agressores, mobilizando o ex&eacute;rcito do pa&iacute;s para uma resposta.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/121923,hamas-ameaca-executar-refens-israelenses-se-israel-mantiver-ataques" target="_blank">tens&atilde;o entre Israel e Palestina</a>, que se estende h&aacute; mais de 70 anos, envolve geopol&iacute;tica, terras e religi&atilde;o, tendo em vista que a regi&atilde;o &eacute; sagrada para o juda&iacute;smo e para o islamismo, assim como tamb&eacute;m &eacute; para o cristianismo. As ra&iacute;zes do conflito remontam &agrave; d&eacute;cada de 1940, no p&oacute;s-guerra, quando o fluxo migrat&oacute;rio de judeus alterou a composi&ccedil;&atilde;o demogr&aacute;fica na regi&atilde;o, gerando atritos entre a nova popula&ccedil;&atilde;o e os &aacute;rabes-palestinos.

Com o fim do mandato brit&acirc;nico sobre a Palestina, coube &agrave; Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) buscar uma solu&ccedil;&atilde;o. Em 1947, foi proposta a cria&ccedil;&atilde;o de dois estados, mas os &aacute;rabes rejeitaram o acordo, alegando que ficariam com as terras com menos recursos naturais. Ainda assim, os judeus celebraram a cria&ccedil;&atilde;o do Estado de Israel em 1948. De l&aacute; para c&aacute;, em meio a violentos conflitos, Israel foi ampliando suas fronteiras. Por sua vez, os palestinos que vivem na regi&atilde;o est&atilde;o divididos em dois territ&oacute;rios que n&atilde;o t&ecirc;m, entre si, conex&atilde;o por terra: a Faixa de Gaza e a Cisjord&acirc;nia.

Segundo o cientista pol&iacute;tico Leonardo Paz, professor de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais e pesquisador do N&uacute;cleo de Prospec&ccedil;&atilde;o e Intelig&ecirc;ncia Internacional da Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (NPII/FGV), foi na Guerra dos Seis Dias, ocorrida entre 5 e 10 de junho de 1967, que Israel tomou alguns territ&oacute;rios, expandindo seu tamanho original. &Agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil, ele falou sobre os envolvidos nos conflitos e avaliou que a situa&ccedil;&atilde;o se agrava pelo fato de Israel deter a soberania do territ&oacute;rio no qual a Faixa de Gaza est&aacute; inserida. Segundo o especialista, a nova onda de viol&ecirc;ncia era esperada. &ldquo;A gente sabia que, eventualmente, podia acontecer outra vez&rdquo;.

Ele v&ecirc; um impasse. &ldquo;Acho que essa a&ccedil;&atilde;o do Hamas foi sem precedentes. Imagino que a gente vai assistir, nas pr&oacute;ximas semanas, a uma mobiliza&ccedil;&atilde;o forte das For&ccedil;as Armadas de Israel para ocupar Gaza e tentar primeiro resgatar os ref&eacute;ns e, na sequ&ecirc;ncia, dar uma resposta muito dura em rela&ccedil;&atilde;o ao Hamas&quot;.

Veja quem s&atilde;o os principais envolvidos no conflito:&nbsp;

Israel

O Estado de Israel foi fundado em 14 de maio de 1948. As na&ccedil;&otilde;es &aacute;rabes vizinhas invadiram o rec&eacute;m-criado pa&iacute;s no dia seguinte, em apoio aos &aacute;rabes-palestinos. Desde ent&atilde;o, Israel travou v&aacute;rias guerras, vindo a ocupar territ&oacute;rios e ampliando seus dom&iacute;nios. O pa&iacute;s faz fronteira com o L&iacute;bano ao norte, com a S&iacute;ria a nordeste, com a Jord&acirc;nia e a Cisjord&acirc;nia a leste, com o Egito ao sudoeste e com o Golfo de Aqaba, no Mar Vermelho, ao sul. Em Jerusal&eacute;m, palco de passagens b&iacute;blicas sagradas para judeus, crist&atilde;os e mu&ccedil;ulmanos, est&atilde;o localizados o complexo do Monte do Templo compreende o Domo da Rocha, o hist&oacute;rico Muro das Lamenta&ccedil;&otilde;es, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. O centro financeiro de Israel &eacute; Tel Aviv, conhecido por suas praias e pela arquitetura. L&iacute;der do partido de direita Likud, Benjamin Netanyahu &eacute; o primeiro-ministro de Israel desde 2022. J&aacute; tendo ocupado o cargo outras duas vezes, ele &eacute; o pol&iacute;tico que mais ficou a frente do governo na hist&oacute;ria israelense.

Palestina

A Palestina reivindica soberania sobre os territ&oacute;rios da Cisjord&acirc;nia e da Faixa de Gaza e tamb&eacute;m considera Jerusal&eacute;m como sua capital. Seu centro administrativo est&aacute; na cidade de Ramallah, na Cisjord&acirc;nia. Sua independ&ecirc;ncia foi declarada em 15 de novembro de 1988 pela Organiza&ccedil;&atilde;o para a Liberta&ccedil;&atilde;o da Palestina (OLP). Entretanto, a maioria das &aacute;reas reivindicadas pelos palestinos est&aacute; ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Embora a ONU e mais de cem pa&iacute;ses, incluindo o Brasil, tenham reconhecido oficialmente a declara&ccedil;&atilde;o de independ&ecirc;ncia de 1988, pot&ecirc;ncias europeias e os Estados Unidos est&atilde;o entre aqueles que recusam &agrave; Palestina a qualifica&ccedil;&atilde;o de Estado.

OLP

A Organiza&ccedil;&atilde;o para a Liberta&ccedil;&atilde;o da Palestina &eacute; uma entidade multipartid&aacute;ria e originalmente paramilitar. Criada pela Liga &Aacute;rabe em outubro de 1964, foi apresentada como &uacute;nica representante leg&iacute;tima do povo palestino. Sua meta era a liberta&ccedil;&atilde;o da Palestina atrav&eacute;s da luta armada. A OLP foi considerada por diversos pa&iacute;ses ocidentais, entre os quais os Estados Unidos, como uma organiza&ccedil;&atilde;o terrorista. Em 1988, a OLP passou a apoiar oficialmente uma solu&ccedil;&atilde;o alinhada com a proposta da ONU em 1947, com dois Estados - Israel e Palestina - vivendo lado a lado. Em 1993, o ent&atilde;o presidente da OLP, Yasser Arafat, reconheceu o Estado de Israel numa carta oficial ao primeiro-ministro daquele pa&iacute;s, Yitzhak Rabin. Em resposta &agrave; iniciativa de Arafat, Israel reconheceu a OLP como representante leg&iacute;tima do povo palestino. Arafat foi presidente do Comit&ecirc; Executivo da OLP de 1969 at&eacute; a sua morte, em 2004.

ANP

Em 1993, foi firmado o Acordo de Oslo, por meio do qual Israel e a OLP pactuaram a cria&ccedil;&atilde;o da Autoridade Nacional Palestina (ANP), um governo aut&ocirc;nomo provis&oacute;rio que administraria territ&oacute;rios palestinos enquanto as negocia&ccedil;&otilde;es se desenrolassem para resolver quest&otilde;es importantes pendentes sobre o conflito. Atualmente, a &aacute;rea A da Cisjord&acirc;nia est&aacute; sob seguran&ccedil;a e controle civil da ANP. A &aacute;rea B est&aacute; sob controle militar de Israel e controle civil da ANP. Uma terceira &aacute;rea - C - concentra assentamentos israelenses. O atual presidente da Autoridade Nacional Palestina &eacute; Mahmoud Abbas.&nbsp;

Fatah

O Fatah &eacute; a maior das for&ccedil;as pol&iacute;ticas dentro da OLP. Apresenta-se como um grupo nacionalista e laico. Foi criado em 1959, tendo Yasser Arafat como um de seus fundadores. &Eacute; considerado mais moderado que o Hamas e tem maior presen&ccedil;a na Cisjord&acirc;nia.

Hamas

O Hamas, nome que significa, em &aacute;rabe, Movimento de Resist&ecirc;ncia Isl&acirc;mica, &eacute; um movimento palestino constitu&iacute;do de uma entidade filantr&oacute;pica, um bra&ccedil;o pol&iacute;tico e um bra&ccedil;o armado. Criado em 1987, ele &eacute; considerado hoje como organiza&ccedil;&atilde;o terrorista por v&aacute;rios pa&iacute;ses, como Estados Unidos, Uni&atilde;o Europeia, Jap&atilde;o, Israel e Canad&aacute;. A Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) e alguns pa&iacute;ses membros, como o Brasil, n&atilde;o usam a mesma denomina&ccedil;&atilde;o.

Em 2006, o Hamas derrotou o Fatah nas elei&ccedil;&otilde;es legislativas para a ANP, conquistando o direito de formar o novo governo. Os dois partidos, no entanto, entraram em conflito. O Hamas expulsou o Fatah da Faixa de Gaza. Em resposta, o Fatah rejeitou o governo de unidade e se manteve &agrave; frente da ANP, que passou a ter uma administra&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica voltada para as &aacute;reas da Cisjord&acirc;nia.

Segundo o cientista pol&iacute;tico Leonardo Paz, o Hamas n&atilde;o reconhece o Estado de Israel e briga pela independ&ecirc;ncia de um Estado Palestino. &quot;Israel, por sua vez, diz que o territ&oacute;rio &eacute; seu e n&atilde;o tem como oferecer qualquer tipo de soberania a esse Estado palestino porque n&atilde;o haveria nenhuma garantia de seguran&ccedil;a de que esse Estado n&atilde;o seria um posto avan&ccedil;ado para atacar Israel&rdquo;, acrescenta.

Hezbollah

Aliado do Hamas, o Hezbollah surgiu durante a Guerra Civil do L&iacute;bano, entre 1980 e 1990. &Eacute; uma organiza&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e paramilitar. No mundo isl&acirc;mico, &eacute; visto como um movimento de resist&ecirc;ncia leg&iacute;timo. No mundo ocidental, por&eacute;m, &eacute; tido como organiza&ccedil;&atilde;o terrorista por diversos pa&iacute;ses. A entidade ganhou popularidade no mundo mu&ccedil;ulmano xiita, por ter levado Israel a desocupar o sul do L&iacute;bano, em maio de 2000. Em 2019, a organiza&ccedil;&atilde;o constituiu-se em um dos principais movimentos de combate &agrave; presen&ccedil;a israelense no Oriente M&eacute;dio, utilizando ataques de guerrilha.

O deputado federal Marcel Van Hattem (Partido Novo) solicitou ao Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, que o governo brasileiro reconhe&ccedil;a o grupo Hamas como terrorista. O requerimento contou com a assinatura de mais 42 deputados de partidos de oposi&ccedil;&atilde;o.

Eles afirmam que a posi&ccedil;&atilde;o neutra do Brasil diante da guerra entre o Hamas e Israel n&atilde;o condiz com a seriedade das a&ccedil;&otilde;es realizadas pelos extremistas isl&acirc;micos. &ldquo;Isso refor&ccedil;a a necessidade de o Estado brasileiro tomar uma posi&ccedil;&atilde;o oficial e adotar medidas apropriadas&rdquo;, destacou Van Hattem.

Em entrevista coletiva, o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores condenou os ataques e afirmou que a classifica&ccedil;&atilde;o do Hamas como organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e demais desdobramentos pol&iacute;ticos em rela&ccedil;&atilde;o ao confronto est&atilde;o sendo debatidos com o Conselho de Seguran&ccedil;a da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU).&nbsp;&nbsp;

O Brasil ocupa a presid&ecirc;ncia do Conselho de Seguran&ccedil;a da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) at&eacute; o final deste m&ecirc;s.&nbsp;

&nbsp;

O presidente da Rep&uacute;blica, Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, clamou ao Hamas que liberte as crian&ccedil;as israelenses. O pedido de Lula foi feito em uma carta enviada ao secret&aacute;rio-geral da ONU, Ant&oacute;nio Guterres, e tamb&eacute;m endere&ccedil;ada &agrave; &ldquo;comunidade internacional&rdquo;.&nbsp;

&ldquo;Juntos e com urg&ecirc;ncia, lancemos m&atilde;o de todos os recursos para p&ocirc;r fim &agrave; mais grave viola&ccedil;&atilde;o aos direitos humanos no conflito no Oriente M&eacute;dio. Crian&ccedil;as jamais poderiam ser feitas de ref&eacute;ns, n&atilde;o importa em que lugar do mundo. &Eacute; preciso que o Hamas liberte as crian&ccedil;as israelenses que foram sequestradas de suas fam&iacute;lias. &Eacute; preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crian&ccedil;as palestinas e suas m&atilde;es deixem a Faixa de Gaza atrav&eacute;s da fronteira com o Egito. &Eacute; preciso que haja um m&iacute;nimo de humanidade na insanidade da guerra&rdquo;, escreveu o presidente.

&ldquo;&Eacute; urgente uma interven&ccedil;&atilde;o humanit&aacute;ria internacional. &Eacute; urgente um cessar fogo em defesa das crian&ccedil;as israelenses e palestinas. O Brasil, na presid&ecirc;ncia provis&oacute;ria do Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU, se juntar&aacute; aos esfor&ccedil;os para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuar&aacute; trabalhando pela promo&ccedil;&atilde;o da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo&rdquo;, finaliza o apelo de Lula.

A Declara&ccedil;&atilde;o vem ap&oacute;s o Ex&eacute;rcito de Israel afirmar nesta quarta (11) que h&aacute; brasileiros entre as pessoas que est&atilde;o sendo mantidas ref&eacute;ns pelo grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza. A informa&ccedil;&atilde;o foi anunciada pelo porta-voz do Ex&eacute;rcito, Jonathan Conricus. Segundo ele, h&aacute; tamb&eacute;m ref&eacute;ns da Argentina, Estados Unidos, Fran&ccedil;a, Alemanha, It&aacute;lia e Ucr&acirc;nia, entre outras nacionalidades.

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