Os jogadores brasileiros dos clubes de futebol Shakhtar Donetsk e Dínamo, assim como suas famílias, deixaram o bunker de um hotel em Kiev, capital da Ucrânia, e conseguiram embarcar em um trem com destino à fronteira com a Romênia, no sábado (26).
Imagens de parte do trajeto de carro até a estação foram compartilhadas nas redes sociais de Maria Souza, esposa do zagueiro Marlon, do Shakhtar. "Vai dar tudo certo. Estamos com três crianças, vou ter que desligar, orem bastante pela gente. Nos vemos no Brasil, se Deus quiser", postou, chorando. Em seguida, o meio-campista Marcos Antônio publicou uma foto já dentro do trem, ao lado de outros atletas.
A Embaixada do Brasil em Kiev informou que trens partiam da cidade para locais próximos à fronteira com a Romênia, mas pediu que os brasileiros se dirigissem à estação apenas se considerassem a situação segura. Com o início da falta de mantimentos para se manterem no hotel, eles se deslocaram.
Ainda ontem, o grupo publicou um vídeo fazendo um apelo para conseguir sair do país. Eles alegavam que pegar o trem oferecido pelo Itamaraty não era uma opção segura, além de apontar falta de mantimentos para sobreviverem no local. "A única solução que deram para nós foi esse tal de trem, mas nós estamos em uma área onde, infelizmente, está acontecendo uma guerra. Até chegar ao trem ou ao metrô, a gente teria que andar um quilômetro, mais ou menos, com crianças, idosos. Não teríamos suporte da embaixada para chegar neste local com segurança", diz o volante Maycon, jogador do Shakhtar e ex-Corinthians.
