Monark é demitido do Flow Podcast após apologia ao nazismo

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08 de fevereiro de 2022 às 17h43

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O podcast Flow anunciou, na tarde desta terça-feira (8) a demissão do apresentador Monark, que defendeu a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil em um episódio do projeto.

"Ao longo da nossa história, tratamos de temas sensíveis buscando promover conversas abertas sobre assuntos relevantes para a nossa sociedade, sem preconceitos ou ideias pré-concebidas, pelo que acreditamos e defendemos. Reforçamos nosso comprometimento com a Democracia e Direitos Humanos, portanto, o episódio 545 foi retirado do ar. Comunicamos também a decisão de que, a partir de agora, o youtuber Bruno Aiub, o Monark, está desligado do Estúdios Flow", comunicou a empresa que mantém o podcast.

Entenda o caso

Monark causou polêmica em episódio do Flow Podcast transmitido nesta segunda-feira (7), com a participação dos deputados federais Tábata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (DEM), ao relativizar o nazismo e defender o direito de que o movimento seja representado por um partido político.

Segundo Monark, que comanda o podcast de maior audiência no país, a "direita radical" deveria ter o mesmo espaço da "esquerda radical" dentro do debate político.

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei", opinou Monark, que no momento debatia o assunto com Kataguiri e Tábata.

A deputada prontamente discordou da fala do podcaster e disse que liberdade de expressão esbarra "quando coloca a vida o outro em risco", como no caso dos nazistas, que são contrários à "existência" dos judeus.

"A liberdade de de expressão termina quando coloca a vida do outro em risco. O nazismo é contra a população judaica e isso tudo coloca uma população inteira em risco", criticou.

Monark insiste e diz que é a favor de "liberar tudo" com base no direito à expressão, inclusive se ele for "antijudeu" e não gostar dos "ideais" defendidos pelos judeus.

Tábata rebateu e lembrou que o judaísmo não se limita a ideais e costumes, mas é uma "identidade, religião, raça", e que a sua existência não deveria ser questionada.

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