Uso da bicicleta como meio de transporte contribui para a mobilidade urbana em Salvador

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Brenda Ferreira

Salvador

03 de junho de 2021 às 14h58

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Sustentabilidade e práticas que colaboram com a preservação do meio ambiente e de seus recursos naturais são muito discutidos no cotidiano. Com isso, o uso da bicicleta como meio de transporte sustentável é cada vez mais incentivado, principalmente em Salvador.

Um exemplo de incentivo para esta prática sustentável é o programa da prefeitura, Bike Salvador, que registrou aumento de 141% no número de viagens, comparando o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período em 2019.

Dados da Transalvador mostram que na capital baiana existe cerca de 290 km de rede cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Durante a pandemia, a população tem encontrado as bikes como forma de fugir de aglomerações e manter uma rotina de exercícios saudável, devido aos seus benefícios, além de utilizá-las como meio de transporte.

As principais vias com ciclofaixas são: Av. Paralela, Av. Manoel Dias da Silva, Av. São Cristóvão, Av. Oceânica, Av. Mãe Stella de Oxóssi, Av. 29 de Março, CAB, Av. Jequitaia até Av. Suburbana, Av. Mário Sérgio, Av. Anita Garibaldi, Av. Afrânio Peixoto, Av. Dorival Caymmi, Av. Orlando Gomes, Av. Magalhães Neto, Av. Octávio Mangabeira, Av. Ponto de Aguiar, Av. Heitor Dias.

Comunidade – Além da utilização do veículo para mobilidade urbana, existem grupos de ciclismo criados com o objetivo de aproximar pessoas com o interesse em comum. Normalmente, estes grupos, que não tem um número máximo de pessoas, andam nas principais vias da cidade, em horários específicos. Isto também é uma forma de evitar acidentes com ciclistas em vias urbanas. Mas, você deve estar se perguntando: por que esses grupos andam na mesma pista que os carros e não nas ciclo faixas ou ciclovias?  Existe um limite de velocidade entre 20 e 25 km dentro destas vias e de modo geral, o público que pratica esta modalidade, passa da velocidade permitida, tendo que migrar para a pista de carros. É claro que, existem regras de trânsito para isto. 

Mas, mesmo sendo uma prática esportiva e meio de transporte, é preciso se atentar para algumas práticas de segurança, durante a utilização de bicicleta. Por isso, é importante o uso de equipamentos como: refletor, faixas refletivas, retrovisor, capacete, luva e buzina ou apito.
Quem recomenda e tira algumas dúvidas sobre o segmento de ciclismo e conduta, é Luana Souza, ciclista urbana e membro de um grupo há 17 anos. Confira abaixo a entrevista concedida por ela ao LD Notícias

LD – Como os ciclistas devem andar fora da ciclovia?

Luana - Sempre na direita. Na esquerda só pode andar se tiver acostamento. É importante se atentar também para os horários. É bom evitar horários de pico, sempre prefira andar cedo ou à noite. O que vale é o bom senso.   

LD – Qual a diferença entre andar na ciclo faixa e ciclovia?

Luana – A ciclovia tem um desnível que normalmente é dividida com outra faixa de pedestre.  A ciclo faixa é uma demarcação na pista e não é para pedestre. 

LD – Em sua opinião, qual é o tipo de responsabilidade que o ciclista deve ter com os pedestres dentro da ciclovia?

Luana - Se atentar para a velocidade, não se empolgar, observar as condições climáticas, chuva e areia tem que ter cuidado e os pedestre, porque o tempo de reação é ruim. Uso de fone de ouvido também é ruim, é bom usar equipamentos básicos como luva e capacete. As pessoas não usam luva, mas é importante porque quando cai, a primeira coisa que você costuma fazer é colocar as mãos no chão. As luzes de sinalização: seja visto e não pedalar no contra fluxo. Um impacto de frente é muito maior do que de costas. 

LD – Quantas pessoas no máximo podem andar no grupo?

Não existe limite máximo. Vale o bom senso. Os grupos organizados têm padrinhos, que tem colete diferenciado e ficam reesposáveis por organizar fila, sinalizar os carros e as regras básicas de sinalização de direção. 

LD – principais dificuldades encontradas ao longo do percurso? Qual a preocupação ao longo do trajeto?

Falta de sinalização dos carros, principalmente nas saídas. Sempre tem ponto cego e mesmo usando apito, o motorista não consegue identificar. Falta de manutenção na orla, com desníveis, falta de limpeza, principalmente em locais de praia que por ter areia, a incidência de acidente é maior. E fiscalização. Raramente vemos guardas de bicicleta fazendo rondas. 

Luana Souza alerta ainda que é importante prevalecer “a lei do mais forte protege o mais fraco”, tanto para motoristas com ciclistas e ciclistas com os pedestres.  

Fiscalização e orientação – A Transalvador garante que fiscaliza os ciclistas e motoristas de igual forma, com os agentes de trânsito que ficam na rua e por vídeo monitoramento. 
A Guarda Municipal, em contato com o LD notícias, informou que realiza o trabalho de prevenção e orientação com os ciclistas, principalmente nas ciclovias de Salvador.

De acordo com o diretor da Guarda Civil Municipal, Maurício Lima, o órgão atua principalmente no programa “Salvador Vai de Bike”. “É uma ação que dá todo o suporte com rondas periódicas e fazemos monitoramento também através de câmeras”, disse ao citar locais como Barra e Jardim de Alah.

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