Caso Guilherme: porteiro é interrogado pela Polícia Civil

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Polícia

26 de novembro de 2015 às 15h23

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A Polícia Civil interrogará nesta quinta-feira (26), o segundo porteiro que trabalha no edifício Morena Rosa, em Brotas, local onde o menino Guilherme Oliveira Yokoshiro, 5 anos, caiu do 6º andar e morreu na madrugada do dia 24. O menino estava sozinho enquanto o pai, o engenheiro Rafael Yokoshiro, 30, tinha saído de casa – a mãe, a enfermeira Carla Verena Oliveira, 33, estava trabalhando. 

A intenção da delegada Maria Dail Sá Barreto, titular da 6ª Delegacia (Galés), é saber se Rafael tinha deixado a criança sozinha outras vezes. No dia do episódio, Rafael passou quase duas horas fora de casa. Ele saiu às 1h42 e retornou às 3h40. Durante o enterro de Guilherme, um tio disse que o engenheiro saiu de casa para uma emergência médica. 

Segundo a delegada, dois porteiros trabalham à noite no edifício: “O porteiro do dia do fato disse que tinha a impressão de ter visto Rafael sair do prédio naquele horário outras vezes. Por isso que vamos ouvir o segundo porteiro para saber se os relatos batem”, disse a delegada Maria Dail, que já solicitou a escala de plantão da mãe de Guilherme e as imagens das últimas 72 horas do prédio: “A intenção é apenas cruzar as informações”, completou. 

Nesta quarta-feira (25), Rafael compareceu a 6° DP, mas não prestou depoimento, já que, segundo a delegada, ele chorava muito, além de tremer: “Ele estava acompanhado de uma prima advogada. Não teve condições de falar nada e por isso o depoimento dele foi adiado”, disse, acrescentando ainda que Rafael será ouvido na próxima segunda-feira (30). 

Maria Dail disse ainda que a mãe de Guilherme contou que o pai era muito apegado ao filho e que não entende por que Rafael não levou Guilherme com ele: “Ela disse que o pai levava o filho para todos os lugares para não deixá-lo só. O filho ia com ele para a academia e o curso de inglês e por isso mãe não entende porque ele não levou junto o filho ao médico”, contou.

(Foto: Reprodução)

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