Propina em usina no Rio Madeira foi de R$ 80 milhões

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Brasil

13 de abril de 2017 às 16h54

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Propina em usina no Rio Madeira foi de R$ 80 milhões, diz empreiteira

A Odebrecht e a Andrade Gutierrez pagaram cerca de R$ 80 milhões em propinas a diferentes políticos em torno do projeto da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Esta é uma das obras mais citadas nos inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht.

Apesar de ser um empreendimento encampado pelo governo do PT, a maior parte dos pagamentos foi feita a políticos do PMDB, PSDB e PP. As acusações citam o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – condenado e preso em Curitiba -, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Ivo Cassol (PP-RO), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), além de Sandro Mabel, assessor especial do presidente Michel Temer.

A usina foi o primeiro grande projeto da Odebrecht como investidora no setor de energia, em meados dos anos 2000. As pretensões da empresa na época era a de se tornar a maior geradora do País. O modelo de negócio seria o de competir agressivamente nos leilões do governo federal e fazer a obra depois, como fornecedora, onde teria sua maior margem de lucro.

O primeiro tropeço, porém, foi justamente no projeto do Madeira. Além da Usina de Santo Antônio, o governo licitou Jirau, poucos quilômetros distante. Juntas as duas usinas tinham ganhos extraordinários de eficiência na produção de energia.

O leilão de Jirau, contudo, se transformou em uma guerra declarada. O governo Dilma Rousseff teria apoiado outro consórcio, liderado pelo grupo Suez, que ganhou a licitação. Nos relatos dos delatores, a perda de Jirau foi lembrada e até virou uma petição que foi enviada à Procuradoria da República no Paraná. Mas são os pagamentos de propinas a políticos o que mais chama a atenção nas delações – são oito inquéritos no STF contra políticos em função desses pagamentos.

Influência

De acordo com os inquéritos, parte da propina foi paga a políticos que tinham influência sobre Furnas, que durante muito tempo foi comandada politicamente por Cunha. Furnas é a principal sócia de Santo Antônio (40% da sociedade).

Os inquéritos derivados da delação da Odebrecht revelam ainda que Aécio tinha atuação em Furnas, com forte presença em Minas. Além disso, Aécio comandava a Cemig, também sócia de Santo Antônio, quando era o governador de Minas. Para o projeto do Madeira, ele recebeu parcelas de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, segundo delatores.

Pelos relatos, Cunha recebeu R$ 20 milhões. Outros R$ 30 milhões foram divididos igualmente entre o deputado Arlindo Chinaglia (PT), o senador Romero Jucá (PMDB) e Sandro Mabel, ex-deputado do PMDB, segundo os delatores. Eles acusam Lobão de ter recebido R$ 5,5 milhões, com o objetivo de intervir no governo no caso Jirau, e Cassol, então governador de Rondônia, ficou com R$ 2 milhões para facilitar processos administrativos. Outros R$ 20 milhões foram a ex-diretores de Furnas e a Raupp.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, que defende Jucá e Lobão, disse que, com os inquéritos, será possível fazer uma defesa técnica e provar que não houve propinas. Procurados, os outros investigados não responderam. A Odebrecht reafirmou que é de responsabilidade da Justiça a avaliação de relatos feitos pelos delatores, e a Andrade não quis comentar. Furnas informou que é a principal interessada em elucidar os fatos. O Planalto disse que não comenta investigações em andamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

, em Rondônia. Esta é uma das obras mais citadas nos inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht.

Apesar de ser um empreendimento encampado pelo governo do PT, a maior parte dos pagamentos foi feita a políticos do PMDB, PSDB e PP. As acusações citam o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – condenado e preso em Curitiba -, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Edison Lobão (PMDB-MA), Ivo Cassol (PP-RO), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), além de Sandro Mabel, assessor especial do presidente Michel Temer.

A usina foi o primeiro grande projeto da Odebrecht como investidora no setor de energia, em meados dos anos 2000. As pretensões da empresa na época era a de se tornar a maior geradora do País. O modelo de negócio seria o de competir agressivamente nos leilões do governo federal e fazer a obra depois, como fornecedora, onde teria sua maior margem de lucro.

O primeiro tropeço, porém, foi justamente no projeto do Madeira. Além da Usina de Santo Antônio, o governo licitou Jirau, poucos quilômetros distante. Juntas as duas usinas tinham ganhos extraordinários de eficiência na produção de energia.

O leilão de Jirau, contudo, se transformou em uma guerra declarada. O governo Dilma Rousseff teria apoiado outro consórcio, liderado pelo grupo Suez, que ganhou a licitação. Nos relatos dos delatores, a perda de Jirau foi lembrada e até virou uma petição que foi enviada à Procuradoria da República no Paraná. Mas são os pagamentos de propinas a políticos o que mais chama a atenção nas delações – são oito inquéritos no STF contra políticos em função desses pagamentos.

Influência

De acordo com os inquéritos, parte da propina foi paga a políticos que tinham influência sobre Furnas, que durante muito tempo foi comandada politicamente por Cunha. Furnas é a principal sócia de Santo Antônio (40% da sociedade).

Os inquéritos derivados da delação da Odebrecht revelam ainda que Aécio tinha atuação em Furnas, com forte presença em Minas. Além disso, Aécio comandava a Cemig, também sócia de Santo Antônio, quando era o governador de Minas. Para o projeto do Madeira, ele recebeu parcelas de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, segundo delatores.

Pelos relatos, Cunha recebeu R$ 20 milhões. Outros R$ 30 milhões foram divididos igualmente entre o deputado Arlindo Chinaglia (PT), o senador Romero Jucá (PMDB) e Sandro Mabel, ex-deputado do PMDB, segundo os delatores. Eles acusam Lobão de ter recebido R$ 5,5 milhões, com o objetivo de intervir no governo no caso Jirau, e Cassol, então governador de Rondônia, ficou com R$ 2 milhões para facilitar processos administrativos. Outros R$ 20 milhões foram a ex-diretores de Furnas e a Raupp.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, que defende Jucá e Lobão, disse que, com os inquéritos, será possível fazer uma defesa técnica e provar que não houve propinas. Procurados, os outros investigados não responderam. A Odebrecht reafirmou que é de responsabilidade da Justiça a avaliação de relatos feitos pelos delatores, e a Andrade não quis comentar. Furnas informou que é a principal interessada em elucidar os fatos. O Planalto disse que não comenta investigações em andamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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