A vereadora Débora Santana recebeu com "surpresa" a notícia de ser escolhida como a nova líder do PDT na Câmara Municipal de Salvador.
Eleita pelo Avante em 2020, com 7.586 votos, ela trocou de legenda às vésperas do fim da janela partidária, encerrada no último dia 6 de abril. Logo depois, recebeu a informação de que iria assumir o comando da bancada, quando ainda estava no hospital, onde tinha acabado de se submeter a uma cirurgia.
Evangélica, a legisladora se diz "bem acolhida", afirma que o ambiente pedetista é "muito bom" e pontua que um dos motivos da escolha foi o fato de ter ligações pessoais com o presidente estadual Félix Mendonça Júnior, padrinho do seu casamento com o jornalista Uziel Bueno.
No entanto, ela nega que tivesse problemas na antiga sigla, mas assume que pesou o fato de a agremiação integrar a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ser oposição ao prefeito Bruno Reis (União Brasil), seu aliado.
"Não houve nenhuma querela interna. Infelizmente, saí por questões de posicionamento e também de cobranças de pessoas que me apoiam, que me pedem para não estar na esquerda, por questões pessoais e religiosas. Sou grata ao Pastor Sargento Isidório, que me deu oportunidade de ser candidata pelo Avante, me acolheu e sempre me ajudou, como também ajudei saindo candidata a deputada federal, a pedido, pois não era a minha pretensão", afirmou a edil, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Embora tenha postulado uma cadeira no Congresso Nacional em 2022 para atender à solicitação de Isidório, Débora admite que pretende concorrer novamente em 2026. "É um grande sonho. Lá é que começa tudo, onde a gente pode mudar muitas coisas, principalmente para a saúde", afirmou, sobre a possibilidade de, em Brasília, estar diretamente ligada à legislação sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em relação a Uziel, ela nega ter interferido na desistência da candidatura do apresentador. "Eu não vetei ninguém, tá? Foi ele mesmo que desistiu e nós, em família, decidimos que seria melhor assim. Nós estamos firmes e temos certeza de que vamos trabalhar e decidir o que for melhor. Não acredito que duas candidaturas pode ser bom. A gente tem essa visão. Mas o futuro e tudo pode mudar. A política é muito dinâmica", disse a vereadora.
Confira a entrevista na íntegra:
