O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) desistiu de concorrer a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na corrida pelo Palácio Thomé de Souza. O anúncio foi feito durante o programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Com a saída do petista do páreo, seguem na disputa as secretárias estaduais Fábya Reis (Assistência e Desenvolvimento Social), do PT, e Ângela Guimarães (Promoção da Igualdade Racial), do PCdoB, o vereador Sílvio Humberto (PSB) e o ex-legislador da capital Moisés Rocha (PT).
"Eu serei candidato à reeleição e apoiarei o nome de Moisés Rocha, porque não dá para fazer uma disputa nesse espaço com o companheiro. Então, eu apoiarei a candidatura de Moisés Rocha, até porque nossa base quer que a gente vá para a reeleição de vereador", revelou Suíca, que integrava a chamada "bancada do Feijão", que lutava por uma candidatura preta à prefeitura, ao lado de nomes como Vilma Reis e os próprios Moisés e Sívio.
Ao lado de Rocha, Suíca chegou a enfrentar um processo de expulsão do partido, único aos quais estiveram filiados, por supostamente votarem a favor de matérias de interesse de prefeitos adversários, em detrimento às orientações da sigla. Por exemplo, em autorizações de empréstimos para o Município que tinham como contrapartida investimentos na infraestrutura do Curuzu e do Mané Dendê.
"Eu acho que tem revolta e inveja de algumas pessoas. O parlamento, como o nome já diz, é um lugar para parlar, conversar. Eu estou ali para construir, não para falar mal de prefeito. Se tiver um projeto que a gente possa colocar emenda e melhorar o projeto, esse é o nosso papel. Não dá para ser oposição por oposição", defendeu-se, embora admita que "ideologicamente, Bruno Reis e ACM Neto estão muito distantes".
Apesar da insatisfação de correligionários e de enfrentar momentos de pressão pela sua atuação na Câmara, Luiz Carlos Suíca refuta a hipótese de deixar a legenda: "Sou filiado há mais de 30 anos e vou continuar".
Confira a entrevista na íntegra:
