As executivas estadual e municipal do PT se reúnem nesta quarta-feira (20), a partir das 14h, na sede petista em Salvador, no bairro do Rio Vermelho, com o vice-governador e pré-candidato a prefeito Geraldo Júnior (MDB).
O principal ponto de pauta é a campanha eleitoral de outubro, não apenas as discussões sobre a composição das chapas de postulantes à Câmara, mas principalmente a definição de quem o acompanhará na corrida ao Palácio Thomé de Souza.
Os petistas reclamam, em reservado, de demora nas definições para que o bloco, enfim, seja colocado na rua. Vereadores de mandato e aspirantes não sabem sequer as nominatas dos partidos, as áreas e formas de atuação para conquistar eleitores indecisos ou insatisfeitos com o atual comandante da cidade, Bruno Reis.
Sobre a questão da vice, embora o encontro não sirva para determinar o nome – a batuta é do governador Jerônimo Rodrigues –, haverá debate sobre as opções colocadas. Apesar de a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) reiterar diversas vezes que está fora do pleito, o consenso é de que o perfil deve ser semelhante ao da parlamentar: uma pessoa com forte atuação na capital baiana, negra e preferencialmente mulher.
Geraldo já revelou aos seus pares que ele mesmo e o MDB desejam que a escolha seja do PT – tanto por questões simbólicas quanto pragmáticas, afinal é o partido do presidente Lula que domina o Palácio de Ondina há 17 anos. Em busca do "carimbo", tentou-se a presidente da Fundação Nacional de Artes, Maria Marighella, mas ela resiste em deixar o governo federal. Com o apoio do presidente estadual do PT, Éden Valadares, a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, quase emplaca, no entanto, desidratou por motivos político-administrativos, ainda que não esteja descartada. Nos últimos dias, o próprio prefeiturável esboçou trazer de volta a agora tenente coronela Denice Santiago, candidata derrotada em 2020, sob a alcunha de "major", com 228.942 votos.
Caso não haja anuência com o PT, o vereador Sílvio Humberto (PSB) e a titular de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães (PCdoB), são alternativas consideradas. A desvantagem é do socialista, por ser homem, e devido ao fato de a chefe da Sepromi ser aliada de primeira hora de Olívia – de quebra, a indicação compensaria em parte os "tocos" dados por Jerônimo nos comunistas, leia-se eleição no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e retirada da candidatura da própria deputada a fórceps.
