Grupo Botequim convida sambistas soteropolitanas para roda especial no Dia da Mulher

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06 de março de 2024 às 07h33

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Embora sempre presentes nas tradicionais rodas de samba do Botequim, intérpretes e compositoras femininas estarão em peso no repertório dedicado especialmente ao Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8). Convidadas para tornar a noite ainda mais memorável no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, às 21h, irão abrilhantar o espaço Patrícia Ribeiro, Rafaela Mustafa, Gal do Beco, Maíra Guedes e integrantes do Samba das Cumades.

Os Ingressos estão disponíveis neste link. A representatividade das vozes femininas dentro do gênero musical vai estar em boas mãos com a experiência de nomes como Rafaela Mustafá, pesquisadora dos sambas de roda e chula da Bahia, com foco nas mulheres, que produz junto a mestras sambadeiras do Recôncavo e aos grupos de samba duro junino em Salvador. Já a carioca de coração baiano Gal do Beco vai contribuir com o melhor do samba de raiz, enquanto intérprete de grandes sucessos de compositores nacionais.

Com Clara Elisa no pandeiro e voz, Daniela Natali na clarineta e Ella Beatriz no violão de sete cordas, o Samba das Cumades, grupo formado somente por mulheres, entra em cena para cantar e encantar a partir da sua musicalidade que transborda resistência e união feminina em prol do desejo comum de fazer samba e se fortalecer no mercado local.

As icônicas mulheres do samba também estarão muito bem representadas pela cantora Patrícia Ribeiro, uma das sócias do Batatinha Bar, voltado ao samba e ao choro, onde se apresenta com o Grupo Samba do Liba, que tem o Botequim como um de seus principais referenciais. Por sua vez, Maíra Guedes, sob a influência da MPB, do samba e de músicas de terreiro, escolheu reverenciar o sagrado em seu trabalho mais recente, a partir de canções que versam sobre amor, lutas coletivas e espiritualidade.

“Temos como grandes referências nomes como Clementina de Jesus, Nara Leão, Alcione, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Leci Brandão, a baiana Claudete Macedo, e na nossa roda a ideia é homenagear todas elas com a presença de sambistas contemporâneas de Salvador, que estão fazendo essa movimentação cada vez maior e mais forte dentro do samba local”, comenta Roberto Ribeiro, cavaquinista e um dos fundadores do grupo.
 
Ele realça que tanto as rodas de samba comandadas por mulheres, quanto as mulheres percussionistas estão ganhando cada vez mais destaque dentro do samba brasileiro. “No caso de Salvador, a gente tem figuras importantes liderando grupos, seja só com mulheres ou com homens tocando também”, diz ele. 

A promessa é de uma noite emocionante de reverência à força, alma e à contribuição das mulheres, que deram sentido a esse ritmo que tanto ajuda a entender vivências e a ressignificar experiências. Vale citar a genitora do samba, Tia Ciata - cozinheira, candomblecista e mãe de santo -, e lembrar que foi nas famosas rodas que aconteciam na sua casa que surgiu a primeira composição considerada tipicamente samba, a canção “Pelo Telefone”, um marco do nascimento do ritmo.

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