Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar preferiu não estimar o número de municípios que a sigla pretende vencer nas eleições deste ano. Embora seja a legenda com o maior número de prefeituras na base de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues – 116 –, o discurso do parlamentar é de "união".
"O nosso partido não vai atropelar absolutamente ninguém. Em 2024, os partidos aliados do governador Jerônimo vão ter uma maioria bem substancial, talvez a maior de toda a história da Bahia. Quando fecharem as urnas, eu creio que os partidos aliados do governador vão fazer uma quantidade de prefeitos que nunca foi feita", apostou o congressista, em entrevista ao Portal Salvador FM.
Para tanto, Otto revela fazer pesquisas internas constantantemente para avaliar a viabilidade das candidaturas. A partir dos levantamentos, os postulantes são convencidos a disputar ou abrir mão da cabeça de chapa em cidades onde outras siglas do grupo estiverem em melhores condições de vitória.
"Porque o pior sujeito da política é o cara que é vintém, como eu sou, e pensa que é milhão. Então, quando eu vejo que o cara não tem condição de concorrer, eu chamo ele: 'ó, faça uma composição, converse, veja se você pode entrar numa vice, se você pode ser candidato a vereador'. Então, hoje só vai cego para a política quem não quer fazer uma pesquisa da opinião. Nós temos o nosso instituto, dentro do PSD, e eu faço avaliações permanentes. Sei quem tem condição de viabilidade, sei também quem não tem", disse o senador. "Claro que durante o páreo ele pode se perder e não ganhar as eleições. Mas ele sai com possibilidade de ser virtual vencedor. Se tem um candidato que é do PCdoB, que é do PSB, que é do Partido dos Trabalhadores, que é do Avante, que é do Podemos, que é do Solidariedade, e está melhor do que você, eu chamo: 'vem cá, faça uma composição, converse, veja o que você pode fazer, porque não adianta você estar gastando energia numa campanha política que você sabe que vai ser um fracasso", completou.
O dirigente disse ainda que dá "plantãozinho" na sede da agremiação para conversar com seus correligionários sobre todo o cenário eleitoral. Em relação a Salvador, o senador reafirmou que o PSD não vai pleitear a vice de Geraldo Júnior (MDB) e opinou que, em seu entendimento, a pessoa indicada "deveria sair da esquerda".