Os senadores de oposição se reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, na quarta-feira (24), para expressar sua preocupação em relação à ordem de busca e apreensão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Na semana passada, o liberal foi alvo de uma fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que visa identificar os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Durante a reunião, o senador Rogério Marinho (PL-RN) contestou a medida de busca realizada contra Jordy, que é o líder da oposição na Câmara dos Deputados. Além de Marinho, os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Márcio Bittar (União-AC) também participaram do encontro.
Os senadores expressaram sua preocupação com a busca e apreensão realizada contra o deputado Carlos Jordy, argumentando que ele é o líder da oposição na Câmara.
Eles enfatizaram a importância de garantir que a Constituição seja cumprida e que ninguém esteja acima da lei, ao mesmo tempo em que destacaram a necessidade de seguir procedimentos adequados durante as investigações.
Além disso, os senadores defenderam a saída de Alexandre de Moraes da relatoria dos processos relacionados às investigações do 8 de janeiro. Eles argumentaram que a imparcialidade e a ausência de nulidades nos processos seriam beneficiadas caso Moraes abrisse mão de conduzir o processo.
Após ser alvo das buscas da PF, Carlos Jordy negou qualquer envolvimento nos atos de 8 de janeiro, afirmando que não há mensagens que o incriminem. Ele também denunciou a busca como uma medida autoritária e sem fundamento, com o objetivo de perseguir, intimidar e criar narrativas políticas.
