Um dos poucos integrantes do PP na Câmara Federal a apoiar a eleição do presidente Lula em 2022, o deputado Mário Negromonte Júnior assume que os conflitos internos são os seus principais desafios no comando do partido na Bahia.
A falta de harmonia da sigla levaram, por exemplo, seu ex-colega de Congresso Ronaldo Carletto a trocar a legenda pelo Avante e levar consigo dezenas de lideranças e prefeitos.
"É natural que aquelas pessoas que ele lidera, prefeitos que ele lidera, vão para o outro partido que ele migrou. Muito embora alguns outros ficam no partido por questão do número, da relação partidária. Enfim, mas eu vejo com naturalidade alguns ficarem e outros saírem. Outros estão entrando no partido também, de outros partidos, e até a janela acabar em abril, muita coisa vai acontecer", afirmou o parlamentar, nesta quinta-feira (18), antes do evento com Lula para implementação do Centro Tecnológico Aeroespacial, no Senai-Cimatec, no bairro de Piatã, em Salvador.
Sobre a aliança do Progressistas com o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, que tem o ex-deputado Cacá Leão (PP) como seu secretário de Governo, Negromonte preferiu não cravar o apoio à reeleição, mas admitiu "dificuldades" em reverter o que está posto.
"Olha, eu tenho uma relação muito boa com o Bruno, até familiar, e a gente se dá superbem. Eu preciso deixar um legado de crescimento também no partido, com todas as dificuldades que existem. Eu acho que, na história política, não teve outro presidente estadual que tenha vivido o que a gente está vivendo aqui. De um lado, o partido querendo fazer uma composição, e outras pessoas querendo fazer outra composição. Então eu tenho que viver com isso, conviver. Tenho procurado conviver, respeitando a todos. E Salvador, daqui a uns dias, como Feira de Santana e outros municípios, a gente vai definir", disse o deputado.
Mário Negromonte Júnior assumiu a presidência do PP na Bahia em maio do ano passado, em substituição ao deputado federal João Leão, pai de Cacá.
