Com perna amputada, paciente renal relata dificuldade para pegar remédios em hospital e faz apelo a deputados

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Vinícius Ribeiro

Salvador

16 de janeiro de 2024 às 06h15

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Foto: Paulinho FP - Salvador FM

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O drama de ter uma das pernas amputada recentemente mudou a vida do ex-conselheiro tutelar Carlos Alberto Holanda Agostino, de 58 anos. O homem, que tinha rotina ativa e também atuava como líder comunitário, sofre com problemas de insuficiência renal há 15 anos.

Além das limitações físicas, o morador da comunidade Nova União Paraíso, no bairro de São Cristóvão, em Salvador, também enfrenta outro obstáculo: a dificuldade de acesso a medicamentos para a doença crônica.

Para garantir o uso dos remédios, ele precisa lutar contra as dificuldades de locomoção ao se deslocar de um lado para outro da cidade até o Hospital Ana Nery, no bairro da Caixa d'Água.   

Em conversa com o Portal Salvador FM, através da série “Força do Povo”, ele chamou a atenção para a necessidade destes medicamentos serem oferecidos em unidades de saúde próximas às residências dos pacientes. 

"Eu tenho que me deslocar de São Cristóvão, onde eu moro, para ir buscar o remédio lá na Caixa d'Água, no Hospital Ana Nery. É complicado, muito complicado. Eu estou chateado com essa situação, porque em todos os estados da região Nordeste os deputados criaram lei para poder facilitar as questões do medicamento para o renal. Deputados da área de saúde, por favor, se manifestem, tomem uma providência, vejam o que podem fazer, não só pelos renais, mas por todas as pessoas que fazem tratamento médico e que estão sofrendo. Eu vejo pessoas que não têm condições à mercê, precisando de prefeitura-bairro, precisando disso, daquilo, daquilo outro, até aparecer um veículo para poder levar a pessoa. É complicado demais, porque quando você termina a diária, você quer ir para casa, você está debilitado", desabafou, emocionado.

Casado e pais de três filhos, o ex-conselheiro tutelar depende do valor da aposentadoria para sobreviver com a família e arcar com as despesas de casa.  

O Portal Salvador FM procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), mas ainda não obteve resposta.

*Com informações no local do repórter Paulinho FP

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