Com nariz de palhaço e apitaço, profissionais de enfermagem cobram pagamento do piso salarial

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Vinícius Ribeiro

Salvador

18 de dezembro de 2023 às 08h47

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Foto: Paulinho FP - Portal Salvador FM

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Um grupo de aproximadamente 150 profissionais de enfermagem promoveu uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (18), na ladeira de acesso ao Hospital Geral do Estado (HGE), na Avenida Vasco da Gama, bairro de Brotas, em Salvador. Os trabalhadores protestam contra o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) por falta de pagamento do piso salarial

No local, os manifestantes fizeram um 'apitaço' e puxaram o coro de "IGH - eu quero o meu dinheiro". Policiais militares acompanharam a manifestação.

Ao justificar o protesto, o diretor de Comunicação do SindiSaúde, Adauto Silva, afirmou ao Portal Salvador FM que não houve outra alternativa diante da falta de diálogo com a empresa. O sindicalista informou à reportagem que ouviu rumores de que ainda hoje os profissionais receberiam o mês de outubro, já corrigido, mas a categoria reivindica os retroativos proporcionais de maio a setembro.     

"Desde maio vem ocorrendo vários atrasos de salário. No mês de junho, o salário saiu apenas no dia 23, na véspera do São João. E isso se tornou rotina. Em setembro, esses trabalhadores tinham o sonho de colocar no bolso de R$ 4 mil a R$ 5 mil do repasse do piso da enfermagem, mas receberam abaixo de R$ 800, alguns até R$ 400", relatou Adauto Silva.

Empresa notificada

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) informou que os repasses foram feitos ao IGH e a empresa já foi notificada. A Sesab também condenou o bloqueio realizado durante o ato dos manifestantes.

"O Instituto de Gestão e Humanização (IGH), assim como todos os demais prestadores da rede direta estadual, receberam os recursos federais para o pagamento do piso de enfermagem. A entidade já tinha sido notificada administrativamente para realizar o pagamento ao quadro de colaboradores da enfermagem. Para além disso, é inoportuno e descabido qualquer bloqueio ao fluxo de entrada de uma unidade hospitalar", diz o posicionamento.

A reportagem também tenta contato com a empresa alvo do protesto.

*Com informações no local do repórter Paulinho FP

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