O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se manifestou, na manhã desta terça-feira (12), sobre o caso Binho Galinha (Patriota) - o parlamentar foi alvo da operação "El Patron", da Polícia Federal (PF), na semana passada, após ser apontado como líder de grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana, centro-norte da Bahia.
O parlamentar foi acusado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Durante os mandados de prisão preventiva cumpridos pela PF, a esposa - Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos - e o filho dele - João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, de 18 - acabaram sendo presos.
Por ter uma filha ainda pequena, a mulher de Binho Galinha teve a prisão convertida para domiciliar. João Guilherme, por sua vez, teve a preventiva mantida e foi encaminhado para o presídio em Salvador. Por ter direito ao foro privilegiado, Binho Galinha não foi preso durante a ação.
Durante agenda na manhã de hoje, quando entregou viaturas e escudos balísticos para a Polícia Civil, Jerônimo declarou que uma provável punição ao parlamentar deve ficar restrita à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
“O que se trata das posições da Assembleia é da Assembleia. Não vou ficar de cá interferindo, querendo que faça isso ou aquilo. Não farei isso. Serei solidário com as decisões corretas do presidente Adolfo [Menezes] com os deputados”, disse Jerônimo ao Bahia Notícias.
“O deputado Binho Galinha tem acompanhado as nossas votações na Assembleia. Não vejo problema na relação entre governo e um deputado. Não vou entrar na vida pessoal de qualquer um que seja. Também não posse interferir em informações que não tenho”, completou o governador.
