Movimento SOS Buracão ocupa Plenário da Câmara e discursa contra construção de prédios na praia

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Diogo Costa

Política

18 de setembro de 2023 às 15h39

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Foto: Reprodução/YouTube

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Moradores da Rua Barro Vermelho, localizada no bairro do Rio Vermelho, e que integram o movimento SOS Buracão ocuparam o Plenário Cosme de Farias, da Câmara de Salvador, na tarde desta segunda-feira (18), em protesto contra a construção de prédios no trecho da rua que dá acesso à praia do Buracão, conhecido ponto turístico da capital.

Em tempo previsto para a Tribuna Popular, Luiz Antônio de Souza, representante do movimento S.O.S Buracão, discursou aos vereadores presente, manifestando o posicionamento contrário do movimento sobre a construção de três edifícios na localidade que ameaçam com sombreamento a praia. 

"S.O.S é o código universal de socorro, utilizado para alertar uma situação de perigo e pedido de auxílio imediato. É muito utilizado em cenário de guerra e naufrágio. Enfim, é um pedido de socorro, um alerta de perigo. Assim, utilizamos essa tribuna popular da Câmara Municipal de Salvador para a exposição de assuntos de interesse público mas, considerando desde já, que a nossa cidade corre perigo", inicia o discurso, "o pedido de socorro do Buracão junta-se aos tantos outros dessa cidade", completou. 

O representante do movimento afirmou que os moradores do bairro estão sendo afugentados da região, diante de ameaças do modelos de urbanização que estão sendo implementados na cidade. Ele alegou que as novas construções estão "confiscando o sol", provocando desvalorização dos imóveis da região. Conforme dados apresentados pelo representante do movimento, a praia está em trecho coordenado pela prefeitura-bairro do Rio Vermelho, que cobre uma área que contabiliza um número de moradores equivalente ao município de Feira de Santana, local de lazer de muitos dos moradores da região e turistas da cidade. 

"A quem interessa esse modelo de desenvolvimento. A que projeto de cidade é esse?" questionou. Na profitófolis, cidade do lucro, condição a que foi levada Salvador, a localização é uma mercadoria, e o que estamos assistindo é uma disputa de localização, onde o cidadão não é levado em consideração, muito menos bens e serviços, ecossistêmicos são simplesmente desconsiderados. Esses benefícios são fundamentais para a sociedade gerados pelos ecossistemas em termos de manutenção, recuperação e melhoria das condições ambientais refletindo diretamente na qualidade de vida das pessoas".

Assista à sessão: 

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