Em mais um capítulo de embate, Congo acusa Aleluia de 'não peitar o executivo'

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João Tramm

Política

28 de abril de 2023 às 15h43

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Foto: Vagner Souza \ Salvador FM

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Foram 14 dias de pautas travadas até que, nesta quarta-feira (26), o colégio de líderes chegou a um acordo que permitiu a realização de votação na Câmara de Salvador. No entanto, não foram todos os vereadores que saíram satisfeitos do plenário. O edil Átila do Congo (Patriota) reclamou do relator Alexandre Aleluia (PL) e da relação do Executivo com a Casa Legislativa.

"Meu colega, Alexandre Aleluia, impediu a proposição de minha emanda. Queria me enrolar. Dizer que a emanda estava incompleta é conversa fiada. A emenda seguiu os conformes. Na verdade, ele não teve coragem de peitar o executivo para dizer que sim seria relator do projeto do prefeito Bruno Reis, mas iria aceitar uma emanda no relatório de um dos vereadores da Casa", esbravejou Congo.

O embate entre os vereadores é mais um episódio que expõe a relação tênue entre os poderes da cidade. Alguns edis, contestam o fato de que, depois de aprovado o projeto de lei, o prefeito Bruno Reis (UB) veta partes importantes e orçamentárias, impedindo que aquilo sancionado seja colocado em prática. Por isso, em gesto de insatisfação a oposição, nesta quarta-feira (26), votou contra todos os vetos analisados em plenário.

O caso, segundo Congo, vai muito além do debate do projeto em si, mas serve para alertar sobre a quebra de regulamento que têm sido feito na Casa. "Eu nem vi essa minha emenda ter sido colocada em análise pelas comissões. Isso é um absurso. Uma quebra do regimento da Casa, estou avisando porque não pode se repetir. É preciso que o presidente da Câmara, Carlos Muniz, se posicione. Imagina se isso vira rotina?", indagou.

Os dois edis estão em rota de coalizão há um tempo. Em sessão anterior, Congo acusou o colega de se aproveitar da pauta dos motociclistas, segundo o patriota, enquanto ele está há sete anos militando na causa, o colega estaria apenas fazendo 'pirotecnia'. Apesar de Aleluia ter admitido ao Portal Salvador FM que os colegas conversaram e pacificaram a relação, surge este pl dos taxistas que coloca ambos, mais uma vez, em discurssão.

Lei dos Taxistas

No caso em tela, a emanda de Congo ampliaria ainda mais a idade da frota de veículos de transporte, como táxis. A proposta aprovada, feita pelo Poder Executivo e de relatoria de Alexandre Aleluia, aumentou de 8 para 10 anos esse tempo permitido, já Congo queria colocar para 12 anos. "Aleluia disse a mim que não votaria contra os taxistas, só que ele fez esse papelão", finalizou.

No entanto, a classe dos taxistas não reclamou do fato da emenda não ter sido posta no relatório, representado na sessão pelo presidente da Associação dos Taxistas (AGT), Denis Paim.

"A categoria está satisfeita sim, fomos beneficiados. Temos hoje mais de 400 taxistas que não podiam circular, já que seus carros tinham mais de oito anos e com o projeto aprovado já conseguimos reverter essa situação. Além disso, nós sabíamos que não ia passar, aceitar o projeto do prefeito Bruno Reis seria mais rápido e era o que precisávamos, até porque a vistoria se inicia agora. Já conseguimos o que queríamos", opinou em entrevista ao Portal Salvador FM.

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