Bolsonaristas incendeiam ônibus e tentam invadir sede da Polícia Federal

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Brasil

13 de dezembro de 2022 às 07h50

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Um grupo de bolsonaristas ateou fogo em carros e ônibus na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, no Distrito Federal, e tentou invadir a sede da Polícia Federal.

O estopim para o ato terrorista foi a prisão do líder indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) que costuma marcar presença nas manifestações, pedindo intervenção militar.

O pedido de prisão temporária pelo prazo de 10 dias foi feito pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, com a justificativa de ameaças de agressão e perseguição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em vídeo divulgado nas redes sociais, uma mulher denuncia uma suposta ação truculenta dos agentes da PF contra o indígena.

"Ele foi levado brutalmente pela PF, na frente dos meus filhos. Peço ajuda de advogados para tirá-lo da cadeia", afirmou a testemunha.

Tsrere foi identificado como uma das lideranças dos protestos antidemocráticos que acontecem em diferentes regiões do país. Parte dos bolsonaristas mais radicais não se conforma com a derrota do presidente Bolsonaro nas urnas. 

Desde o dia 30 de outubro, rodovias são bloqueadas e grupos se instalam na frente de quartéis do Exército, onde pedem um novo golpe militar, liderado por Bolsonaro.

Os atos foram organizados pelas redes sociais. Na região onde fica a delegacia da PF, existem shoppings, hotéis e diversos estabelecimentos comerciais. Vários ônibus e carros foram alvos de vandalismo e chegaram a ser incendiados pelos apoiadores de Bolsonaro.

A Polícia Federal e PM's agiram e utilizaram bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra os extremistas, que arremessavam pedras contra os agentes públicos.

Durante o confronto, um shopping foi fechado com os clientes ainda no local. A segurança do hotel onde o presidente eleito Lula (PT) está hospedado, próximo à sede da PF, precisou ser reforçada. O petista foi diplomado durante a tarde em cerimônia conduzida por Moraes na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Anunciado como ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino (PSB) condenou o que chamou de atos de "violência política" e disse que aqueles insatisfeitos com decisões na esfera judicial devem procurar os meios cabíveis.

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