Câncer de mama: 66 mil brasileiras terão diagnóstico confirmado em 2022, aponta Inca

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Bahia

04 de outubro de 2022 às 15h01

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Outubro é o mês de alusão à prevenção do Câncer de Mama. Para 2022, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 66.280 novos casos no Brasil, com 17.825 mortes. A Bahia terá 3.460 novos casos, sendo 1.180 em Salvador. 

Apesar da expressividade dos  números, avanços no diagnóstico e no tratamento reforçam o combate à doença cujas chances de cura são superiores a 90%, se descoberta precocemente. 

“A abordagem personalizada é uma grande conquista da ciência, significa maior eficácia e maior chance de cura. Os tumores têm diversos tipos e cada um se comporta de uma forma. Por isso, a partir da análise individual, com a determinação de tamanho, localização, presença ou não de gânglios axilares e das características anátomo-patológicas e imunohistoquímicas do tumor, é possível estabelecer o melhor tratamento para cada paciente”, explica o mastologista Ezio Novais, ex-presidente da Sociedade Mundial de Mastologia e um dos coordenadores da Mastologia da Clínica AMO, mais uma vez engajada na campanha Outubro Rosa.

“Independentemente da idade, qualquer alteração na mama deve ser investigada. Toda vez que a mulher perceber a presença de um nódulo ou de alterações da pele ou do mamilo, deve procurar imediatamente o mastologista. No entanto, o mais importante é a prevenção através da mamografia”, enumera. O mastologista diz que a idade para início da realização anual do exame (aos 40 anos, conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia) deve ser antecipada em pacientes com histórico pessoal ou familiar. 

Na maioria dos casos, o tumor maligno inicial da mama é assintomático. Assim como outras doenças, a abordagem ideal do câncer de mama é a multidisciplinar, envolvendo médicos de várias especialidades (mastologistas, radiologistas, patologistas, oncologistas clínicos, radio-oncologistas e cirurgiões plásticos) e profissionais de saúde de diversas áreas (fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros).

Tratamento

“Novas técnicas cirúrgicas, o surgimento da oncoplastia (área dedicada à reconstrução e reparação da mama após a cirurgia), novas drogas quimioterápicas e imunoterápicas e novos equipamentos de radioterapia, entre outros avanços, levaram a melhores resultados, com um índice maior de cura. E a maior conquista é, sem dúvida, a possibilidade do tratamento customizado para cada paciente”, enumera a oncologista Mayana Lopes, coordenadora de Oncologia Mamária da AMO. 

Sobre imunoterapia, a médica diz que o tratamento vem sendo usado em vários tipos de câncer e pode ser uma opção no tumor de mama localmente avançado. “Os imunoterápicos são medicamentos que estimulam o sistema imunológico da paciente a reconhecer e destruir as células cancerosas de forma mais eficaz. Podem ser usados em pacientes com tumores grandes ou com linfonodos axilares comprometidos para aumentar a chance de resposta à quimioterapia antes da cirurgia, diminuindo o tumor e elevando as chances de cura”, esclarece a oncologista. 

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama estão os comportamentais/ambientais (obesidade, sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, bebida alcoólica e exposição frequente a radiações ionizantes), e hereditários/genéticos (história familiar de cânceres e alterações genéticas), sendo que este grupo representa de 5% a 10% dos casos.

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