"Foi na minha casa pedir apoio", diz Geddel sobre ACM Neto

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Luiz Felipe Fernandez

Eleições 2022

19 de setembro de 2022 às 10h38

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Uma das lideranças do MDB, o ex-ministro Geddel Vieira Lima desvalidou as críticas de oposicionistas ao PT pela aliança com o seu partido na disputa pelo Governo da Bahia, encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT). O MDB indicou o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Geraldo Júnior, para ser vice na chapa.

Segundo Geddel, nenhum dos principais adversários de Jerônimo podem colocá-lo na parede pela adesão do partido que tem os irmãos Vieira Lima como figuras representativas e de importância na articulação.

"Vamos rasgar a fantasia da hipocrisia. Temos três candidaturas postas, todas as três procuraram apoio o MDB", revelou Geddel, incluindo o ex-prefeito ACM Neto e o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL).

O ex-deputado com passagem pela vice-presidência da Caixa Econômica Federal lembrou que poucos queria contato com ele e que sua casa era vista como o 'vale dos leprosos'. A situação mudou quando o apoio do MDB passou a ser valorizado no tabuleiro político com o desenrolar das articulações para o governo.

Ele expõe que dois nomes do grupo de Neto o buscaram com a intenção de se filiar ao partido e conseguir uma vaga de vice na chapa.

"[ACM Neto] Foi em minha casa durante muito tempo [...] o candidato de oposição esteve em minha casa, que durante um tempo virou o 'vale dos leprosos', mas que interesses políticos a transformaram na 'Basília de Aparecida', com uma procissão todo dia. O ex-prefeito ACM Neto foi na minha casa pedir apoio até às vésperas do anúncio do MDB, lá também esteve o prefeito de Salvador, o ex-prefeito de Feira de Santana, pedindo para entrar no MDB e ser indicado a vice, assim como o ex-presidente da Alba, Marcelo Nilo, também querendo entrar no partido para ser vice", contou.

'TANTO FAZ'

Antigo aliado de ACM Neto, Geddel discordou do argumento defendido por sua campanha de que não importa quem será o próximo presidente, já que quando foi prefeito em Salvador governou com aqueles que fazia oposição.

O emedebista lembra que o tempo que governo paralelamente com Dilma Roussef, do PT, foi muito pouco, e que logo em seguida entrou Michel Temer (MDB) com quem o então DEM mantinha aliança.

Agora, Neto tenta se descolar da figura de Bolsonaro, mas segundo Geddel é impossível não associar visto que o seu partido tem cargos de relevância no atual governo.

"O ex-prefeito não nega, apoiou o candidato e mantém as mais próximas relações com Bolsonaro a ponto de vários aliados seus, deputados do União Brasil, terem cargo em órgãos federais, como a Codevasf, que é comandada pelo partido", afirmou.

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