Mães atípicas protestam em Salvador contra planos de saúde: 'Nossos filhos não são mercadorias'

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Osvaldo Barreto e Vinícius Ribeiro

Salvador

19 de setembro de 2024 às 17h30

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Foto: Vagner Souza/Salvador FM

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Um grupo de mães atípicas promoveu um protesto, nesta quinta-feira (19), contra as dificuldades enfrentadas para atendimento de crianças com transtorno do espectro autista por meio de planos de saúde em Salvador. O ato foi realizado nas imediações do Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora, no bairro de Nazaré. 

"Estamos aqui mais uma vez contra a Unimed, que está descumprindo liminar judicial, não está cumprindo tratamento de crianças, porque eles estão trocando de clínica. As clínicas credenciadas da Unimed, hoje, não têm especialidade específica. As crianças estão simplesmente indo para lista de espera", reclamou a mãe atípica
Márcia Thaís Dantas Melo, em conversa com o PORTAL SALVADOR FM.

Com faixas, cartazes e palavras de ordem, as manifestantes também criticavam o Poder Judiciário. "A Justiça não pode ficar cega para as manobras cruéis dos planos de saúde", expressavam as manifestantes em uma grande faixa com letras vermelhas. 

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As mães denunciam ainda a retirada de crianças autistas do tratamento contínuo, ações judiciais e liminares sem efeito, o recorrente aumento dos valores dos planos de forma abusiva, além do constante descredenciamento de clínicas. 

"Nossos filhos não são barcos à deriva. Diga não às 'navegações' de rede credenciada", "Justiça, nossos filhos não são mercadorias" e "Nós não iremos nos calar. Ass: Mães atípicas", bradavam através de cartarzes.

UNIMED e TJ-BA 

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Unimed enviou o seguinte posicionamento sobre a reivindicação das mães:

"A Unimed Nacional informa que está em contato proativo com as famílias dos beneficiários envolvidos no processo de navegação, por meio de ligações, oferecendo esclarecimentos e suporte contínuo. Todas as clínicas credenciadas passam por uma análise criteriosa para garantir a qualidade do atendimento. Durante esse processo, também é avaliado a adequação das cargas horárias dos tratamentos, evitando excessos que possam comprometer a individualidade do paciente. Para os casos em navegação, foi definido um prazo de 30 dias para a conclusão, assegurando uma transição adequada. A Unimed reforça seu compromisso com o cuidado e respeito aos beneficiários e segue à disposição para auxiliar as famílias nesse processo".

"Em observância ao quanto estabelece o art. 36, inciso III, da Lei Orgânica da Magistratura – LOMAN e o Código de Ética da Magistratura, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) não emite qualquer opinião sobre processos em andamento, processos pendentes de julgamento. O pronunciamento ocorre nos autos", manifestou a assessoria de comunicação do Judiciário baiano, em relação à reclamação popular. 
  

[Matéria atualizada às 15h de 23/09 com posicionamento do TJ]

 

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