Em busca do quarto mandato consecutivo, o vereador Duda Sanches (União Brasil) acredita em uma baixa renovação na formação da Câmara Municipal de Salvador na próxima legislatura.
Conforme mostrou a enquete realizada pelo Blog do Vila com os próprios legisladores, a expectativa dos atuais mandatários é de uma manutenção de 84% das cadeiras.
"Essa enquete é a mais fidedigna, porque é justamente de quem está nas ruas, de quem está acompanhando o trabalho dos colegas e se digladiando nas suas áreas eleitorais. Eu acredito, sim, que essa renovação será no máximo de 16%. Mas até a última urna ser averiguada a gente não pode ter certeza", ponderou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Sobre quem serão os novos nomes, Duda preferiu não citar nenhum postulante especificamente, mas opinou que os estreantes também já são aguardados. "Vão ter muitas surpresas, mas surpresas que nós já estamos enxergando quem serão. Surpresas que já estão no jogo, já estão sendo vistas e o trabalho já está sendo julgado pela população", disse.
Conforme o levantamento, entre as sete "novidades", três já foram integrantes da Casa em anos anteriores – Alberto Braga (UB) e os emedebistas Allan Castro e David Rios (MDB). Os inéditos listados são João Cláudio Bacelar (Podemos), Pastor Kênio (PRD), Tia Jove (PSDB) e o ex-presidente da Limpurb Omar Gordilho (PDT).
Em relação à disputa majoritária, Sanches comungou com o comentário do seu correligionário, Paulo Magalhães Júnior, que não tem visto força da campanha do principal candidato da oposição, Geraldo Júnior (MDB), nas ruas, mas refuta o clima de "já ganhou" no time do prefeito Bruno Reis (UB). Ele ainda criticou o que chamou de "irresponsabilidade" na proposta de "tarifa zero" nos ônibus defendida por Kléber Rosa (PSOL), Victor Marinho (PSTU), Giovani Damico (PCB) e Eslane Paixão (UP).
"Objetivamente, é impossível uma prefeitura como a de Salvador, ou de qualquer capital do Brasil, proporcionar uma tarifa zero de ônibus à população. Não porque os prefeitos não têm interesse, mas porque não têm saúde financeira. Não tem cofre que aguente. Isso não é sustentável. É uma proposta eleitoreira, pois toca diretamente em 100% da população, porque, se você não pega ônibus, conhece alguém que pega ou paga o ônibus para alguém", considerou, ao defender a criação de um subsídio federal e a redução do ICMS estadual para amenizar os custos do segmento.
Confira a entrevista na íntegra: