O pré-candidato do PCB à Prefeitura de Salvador, Giovani Damico, explicou o porquê de, em sua opinião, os partidos de esquerda lançarem projetos distintos na eleição deste ano.
Além dele, que tem como vice a correligionária Cheyenne Ayalla, outros quatro postulantes da ala ideológica foram oficializados em convenções: Kléber Rosa (PSOL), Eslane Paixão (UP) e Victor Marinho (PSTU).
De acordo com o comunista, o principal motivo é a legislação eleitoral que, em sua avaliação, é "muito pouco democrática".
"Ela, inclusive, até na questão das federações, empurra os partidos para uma dinâmica que impede, no final das contas, que você trabalhe com nossa própria cara e com nossas próprias ideias. Porque, se você não tem tantos na bancada, você não tem fundo partidário, não tem direito a propaganda e aí a gente acaba tendo uma situação muito desigual. A gente tem muito menos tempo e muito menos recursos", declarou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
No entanto, segundo Damico, há "outros momentos" para ser construída a unidade. "A gente tem feito esses momentos em lutas diversas, seja pela educação, nas ruas, pelas vacinas e várias outras que vão aparecendo, e a gente vai se aglutinando. A gente tem diferenças de projetos, do que fazer da nossa cidade, de como tentar gerir e de como nos relacionarmos com a sociedade e com a imprensa. São muitas diferenças que a gente acha que precisam ser discutidas e, se a gente parte de uma situação tão desigual, do ponto de vista democrático, a gente acaba entendendo que é uma hora de falar com a população e mostrar essa diferença. A gente aproveita esse momento para mostrar a cara do PCB para todo mundo conhecer", afirmou.
No pleito de 2020, o PCB e a UP apoiaram a candidatura do deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) ao Palácio Thomé de Souza. O PCO teve Rodrigo Pereira como prefeiturável e o PSTU não entrou na disputa majoritária.
Confira a entrevista na íntegra: